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Blog cristão com histórias, cursos, estudos e sermões bíblicos

Responsabilidade e privilégio dos Pais

Criar filhos nunca foi fácil. Nestes tempos pós-modernos, então! Pais, educadores e psicólogos têm lá suas opiniões e conselhos. Alguns podem até ser úteis, mas muitos nada têm a ver com os ensinos da Palavra de Deus. Como cristãos, precisamos conhecer e praticar o que a Bíblia nos diz a respeito. Vamos recordar um pouco deste ensino.

Prejuízos da paternidade.

Antes do ensino positivo, menciono alguns obstáculos à boa paternidade:

  1. Desconhecimento. Todo pai, em algum momento, foi pai uma primeira vez e, com certeza, lembra-se de coisas que fez na educação de seu filho primogênito das quais se arrepende. Acredita que hoje faria diferente. O desconhecimento nos leva a cometer erros, sendo uma ameaça ao desempenho da nossa paternidade.
  2. Presunção. Por outro lado, pais iniciantes às vezes acham que sabem tudo sobre criação de filhos. Isto dificulta seu aprendizado, seja com os pais mais experimentados ou mesmo com os que pregam a Palavra de Deus.
  3. Maldade humana. Alguns pais, mesmo fazendo coisas boas por seus filhos, fazem também coisas muito más, perversas mesmo…

A pedra angular da paternidade.

Está em Dt 6.6ss:

“O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar…”

A base de toda educação, da verdadeira educação é:

  • a fé em Deus,
  • o amor a Deus e
  • a obediência a Deus!

Nunca se esquecer, nunca se afastar.

O texto de Deuteronômio continua:

“O Senhor… os conduzirá à terra que jurou aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó, dar a vocês, terra com grandes e boas cidades… Quando isso acontecer, e vocês comerem e ficarem satisfeitos, tenham cuidado! Não esqueçam o Senhor que os tirou do Egito, da terra da servidão. Temam o Senhor, o seu Deus, e só a ele prestem culto” (Dt 6.10-13).

É verdade que as promessas que Deus fez a Israel, no contexto da Velha Aliança, foram diferentes das que fez à Igreja do Novo Testamento. No entanto, a rigor, o que lemos é que crendo em Deus, amando a Deus e obedecendo a Deus, seremos abençoados, bem sucedidos e felizes. E quando isso acontecer, quando tudo estiver bem, não devemos nos esquecer de que foi Deus quem nos libertou da escravidão do pecado, nos fez parte do seu povo e nos deu tudo o que temos. É comum as pessoas se voltarem para Deus quando em aflição e necessidade, e, depois, passada a crise, quando tudo está bem, se esquecerem de Deus e se afastarem dele e de sua igreja.

A frase seguinte, “não sigam outros deuses, os deuses dos povos ao redor” aplica-se a nós no sentido que o mundo a nossa volta, ainda hoje, tem os seus muitos deuses, valores e costumes que assumem o lugar do verdadeiro Deus. Tudo isto está no contexto da exortação:

“Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos…”

Como ensinar?

Na versão revista e atualizada, em lugar da expressão “ensinar com persistência”, aparece a palavra inculcar, cujo sentido é meter na cabeça. Como? O texto nos diz:

“Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões…” (vs. 7-9).

Foi exatamente isto que eu vi os judeus fazendo no chamado Muro das Lamentações, em Jerusalém. Havia ali muitos pais com filhos pequenos ou adolescentes lendo a Torá e orando fervorosamente (pelo menos era o que parecia). Tanto os pais como os filhos tinham amarrada na testa, uma caixinha preta dentro da qual eles colocam um rolinho de papel com esse texto de Dt 6.

Não precisamos dos seus paramentos simbólicos, mas do que significa, em termos práticos, o texto de Deuteronômio: precisamos meter na cabeça dos nossos filhos, desde a tenra idade, e persistentemente, as histórias, a doutrina e os valores ensinados na Bíblia. Só será possível conversando sempre sobre isso, falando disto, como diz o texto:

“… andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”.

O texto sugere, inclusive, que se escreva versículos nos batentes das portas e dos portões, ou seja, que se coloquem lembretes nos lugares por onde as crianças transitam.

Felizes as crianças cujos pais lêem para elas, desde a sua mais tenra infância, as histórias bíblicas, e lhes ensinam persistentemente os valores cristãos. Foi o caso de Timóteo, a quem o Apostolo Paulo escreveu: “… permanece naquilo que aprendeste… desde a infância sabes as sagradas letras” (II Tm 3.14-15).

Recursos adicionais.

O que dissemos é o a base, o começo da educação, o mais importante. Todavia, dada a natureza pecaminosa, presente até mesmo no bebê mais lindo e fofinho, em muitos casos, os pais terão que corrigir seus filhos e discipliná-los. Palavra podem não ser suficientes. E esta é uma questão delicada, bastante polêmica em nossos dias.

O fato é que a Bíblia, nosso “manual de vida”, nos diz, em Pv 22.15:

“A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela”.

E em Pv 13.24:

“Quem se nega a castigar seu filho, não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo”.

A importância do exemplo.

Os pais conhecem perfeitamente a tendência dos filhos menores para imitá-los. As meninas calçam os sapatos da mãe, os vestidos da mãe… Acalentam as bonecas como as mães aos bebês, etc. Os meninos também, em algum momento, se vestem como o pai, e etc. Se a imitação se limitasse a essas brincadeirinhas, estaria tudo bem. Mas as crianças geralmente imitam as coisas erradas que os pais fazem. Se os pais mentem, os filhos aprendem a mentir; se os pais brigam, os filhos aprendem a gritar e a brigar uns com os outros; se o pai bate na esposa (absurdo!), o filho eventualmente baterá na irmãzinha; se os pais fumam, os filhos quase certamente o farão já na adolescência. E assim por diante. E não adianta proibir. Será uma hipocrisia e uma incoerência.

Pensando ainda no nosso texto de Deuteronômio, se os pais não amam e não obedecem a Deus, de coração e de verdade, se não amam e não respeitam a igreja de Cristo, muito dificilmente seus filhos o farão.

No Velho Testamento, há exemplos lamentáveis de lideres e reis que deram um péssimo exemplo aos seus filhos, e estes os seguiram direitinho. Por exemplo:

“Acazias, filho de Acabe… reinou dois anos sobre Israel. Fez o que era mau perante o Senhor; porque andou nos caminhos de seu pai; como também nos caminhos de sua mãe…” (I Re 22.52-53).

No Novo testamento, temos o exemplo positivo do jovem Timóteo. O apostolo Paulo lhe escreveu:

“Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você” (II Tm 1.4-5).

Pai, você ainda tem filhos pequenos? Você lhes está ensinando persistentemente o temor do Senhor, o amor ao Senhor e a obediência ao Senhor? Você o disciplina com amor, quando necessário? Você lhes dá um bom exemplo de vida cristã? Que, sendo jovens e adultos seus filhos ou quando o forem, você possa dizer como João:

“Não tenho alegria maior do que ouvir que meus filhos andam na verdade” (III Jo 4).

 

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