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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

A Providência de Deus (II)

Na primeira parte desta mensagem, vimos que, por sua providência, Deus ordena e dirige todas as coisas. Precisamos dizer mais algumas coisas sore este importante ,assunto.

Nada acontece acidentalmente.

Estes inúmeros incidentes que ocorrem cada dia na vida das pessoas e que nos parecem casuais e acidentais são todos ordenados e dirigidos por Deus. Veja este exemplo bíblico. Os reis Josafá, de Judá, e Acabe, de Israel, juntos, foram à guerra contra a Síria. O rei da Síria dera ordem aos seus capitães, dizendo: “Não pelejareis nem contra grande nem contra pequeno, mas somente contra o rei de Israel” (I Re 22.31). Acabe, então, disfarçou-se e tornou-se irreconhecível. Os capitães siros viram o rei Josafá, de Judá, e, pensando tratar-se de Acabe, de Israel, dirigiram-se a ele para o atacar. Quando perceberam que não era acabe, de Israel, deixaram de o perseguir. “Então, um homem entesou o arco e, atirando ao acaso, feriu o rei de Israel por entre as juntas da sua armadura… Seguraram-no de pé no carro defronte dos siros, mas à tarde morreu…” (vs. 34-35). Da perspectiva humana, o homem atirou “ao acaso”, mas a providência divina dirigiu a flecha. A propósito, antes da batalha, um profeta corajoso chamado Micaías, profetizara que o rei morreria nesta guerra, mas o rei não quis ouvir (vs. 13-28). Acabe foi um dois piores reis de Israel.

O providência é irresistível.

Não podemos obstar ou impedir a providência divina. Quando chegou a hora determinada por Deus para libertar José da prisão e constituí-lo governador de toda a terra do Egito,

“o rei mandou soltá-lo; o potentado dos povos o pôs em liberdade. Constituiu-o senhor de sua casa, e mordomo de tudo o que possuía…” (Sl 107.20-21).

De acordo com as profecias, Judá deveria permanecer no exílio da Babilônia setenta anos. Cumpridos exatos setenta anos, Ciro, rei da Pérsia (império que subjugou o da Babilônia) proclamou um decreto autorizando e encorajando os judeus a voltarem à sua terra e reconstruírem o templo de Jerusalém (E 1.2-3).

O providência é confiável.

Devemos confiar em Deus mesmo quando as suas providências parecem correr contrarias às suas promessas. Deus prometeu a Davi que ele seria o rei de Israel, depois de Saul. Mas a providência caminhou contraria a essa promessa por um Período de tempo  longo e difícil para o jovem Davi. Ele foi perseguido pelo despeitado Saul e esteve em perigo de vida várias vezes ( I Sm 12ss). Mas, por todo esse tempo Davi confiou em Deus.

Deus prometeu ao apostolo Paulo a vida de todos os que estavam com ele no navio em que, prisioneiro, era conduzido à presença do Imperador, em Roma. Houve uma tempestade, uma noite terrível, e, por fim, o naufrágio. Agarrados aos destroços do navio, todos chegaram sãos e salvos à ilha de Malta. Passados três meses, embarcaram todos num outro navio e continuaram a viagem para Roma.  Enquanto esteve em Malta, Paulo pregou e curou muitos enfermos (At 27-28). Foi tudo providencial!

Assim, devermos confiar em Deus, mesmo quando as circunstâncias, isto é, as providências de Deus tomam um rumo contrario àquilo que lhe parece ser a vontade e o plano de Deus para a sua vida.

O providência é difícil de entender, às vezes.

Se, por um lado, a doutrina da providência nos conforta, nos encoraja e faz-nos mais seguros, por outro lado ela suscita algumas questões difíceis de responder.  Vamos citar apenas duas das mais comuns. E ponderar a respeito.

1. “E estas coisa más e desordenadas que acontecem? Também devem ser atribuídas à providência divina?”

Sim. Estas são permitidas por Deus e servem aos seus bons e eternos propósitos. Imagine-se visitando a oficina de um ferreiro. Há ali ferramentas de todo tipo; algumas são retilíneas, redondas, uniformes e bonitas; outras, entretanto, são tortas, irregulares e feias. O ferreiro faz uso de todas elas para realizar o seu trabalho. A providência divina permite e usa coisas, pessoas, comportamentos e circunstâncias que nos parecem, “tortas” (como, de fato, muitas vezes são), e através delas faz sua obra, cumpre seus propósitos.

Pense outra vez na história de José. Quantas coisas difíceis e injustas lhe aconteceram.Deus não pode ser responsabilizado pela maldade dos irmãos de José, que o venderam; nem pela cobiça e mentira da mulher de Potifar. Mas, a verdade é que ele permitiu que agissem desse modo e providenciou para que estas e outras circunstâncias da vida de José servisse aos seus propósitos. José sofreu, sim, e, certamente fez essas perguntas que todos fazemos, quando sofremos: “Senhor, por que? Até quando?”  Mas, no fim, quando os propósito de Deus se tornaram mais claros, ele pôde dizer aos seus irmãos:

“Não fostes vós que me enviastes para cá, e, sim, Deus… para conservação da vida!”  (Gn45.5-8). Ver Salmo 119.67, 71.

Às vezes Deus usa indivíduos e nações e suas maldades para disciplinar e tornar melhores seus filhos e seu povo. Referindo-se ao cativeiro de Israel em Babilônia, o profeta Habacuque reconheceu, numa oração: “Ó Senhor, para executar juízo puseste aquele povo; tu… o fundaste para servir de disciplina”( HC 1.12. Ver Hb 12.6-8).

2.”Se a providência alcança todas as pessoas e acontecimentos, em todos os lugares, então Deus é responsável por tudo que acontece e tem parte nos pecados dos homens.”

Não. De modo algum! “Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta” (Tg 1.13). Deus jamais faria qualquer coisa contrária à sua natureza santa e perfeita. A providência divina somente permite que os homens ímpios e desobedientes sigam os seus próprios caminhos. Deus nos criou com o chamado livre arbítrio! O apostolo Paulo disse ao povo idólatra de Listra: 

“Deus… nas gerações passadas permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos…” (At 14.16).

A propósito, se Deus não tivesse permitido o pecado, não conheceríamos a justiça que pune o pecado e a misericórdia que perdoa o pecado. Aprouve a Deus permitir o pecado, mas ele não tem parte no pecado. Somos responsáveis por nossos pecados!

Não há porque negar o fato que Deus ordena e dirige todas as coisas, todas as pessoas e todos os eventos, em todos os lugares. É bom saver que ele dirigi nossa vida e as circunstâncias que nos cercam; e que ele somente permitiráaquilo que for útil aos seus propósitos. Está escrito que a sua vontade para a nossa vida é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2).

Se não entendermos o porquê de alguns eventos da história ou se algo “ruim” nos acotecer, isto será uma prova para a nossa fé. Em quaisquer circunstâncias, devemos nos curvar humildes e submissos, e confiar na providência de Deus, nosso Senhor e Pai!

Veja a mídia desta mensagem.

http://eberlenzcesar.blog.br/wp-content/uploads/2012/08/pp-providencia2.pdf

Éber Lenz Cesar – eberlenzcesar@gmail.com

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