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Femen

O Femen é um movimento que nasceu na Ucrânia, em 2008, com o propósito declarado de combater práticas como turismo sexual, exploração sexual de adultos e crianças, sexismo, violência domestica e todo tipo de patriarcado. Elevado e nobre propósito. O problema, a meu ver, é que as ativistas usam o nu para protestar. Segundo elas,

 

“seus corpos são armas de combate e com eles, elas mostram aos responsáveis pela indústria do sexo que no mundo existem garotas que usam a nudez para lutar e que jamais serão exploradas.”

O movimento chegou ao Brasil mais recentemente trazido pela ativista Sara Winter. Mas ela recebe cerca de 100 e-mails por semana de mulheres dispostas a aderir ao movimento.

Na semana passada, minha esposa ligou a TV, ao acaso, num programa de entrevistas e variedades. Acontecia um debate da apresentadora e alguns convidados com três mulheres: Ana Saad, Vanessa de Oliveira e a referida Sara Winter.  Ana Saad afirmava ter posado nua para uma revista masculina somente pelo dinheiro; Vanessa  Oliveira justificava seu topless em frente do Palácio do Governo do Peru, em protesto contra a pirataria dos seus livros. (Fez o mesmo numa livraria em São Paulo, na semana passada, ao lançar seu novo livro). Sara Winter defendia energicamente o uso do nu como arma política, em protestos.  A que posou nua por dinheiro condenava as outras duas por usarem o nu em protestos públicos; as outras duas condenavam a que tirou a roupa por dinheiro… A produção colocou a pergunta: “Ensaio nu é mais aceitável que protesto nu?” Perguntou eu: Uma e outra coisa são aceitáveis?

Que coisa! Uma mulher ficar nua em frente das câmeras e à vista de toda uma equipe para ser fotografada e filmada em poses sensuais para todo mundo ver! Seja por dinheiro ou por qualquer outro motivo, a gente se pergunta: onde o pudor, a vergonha? Que pensam os pais, o namorado ou o marido, quando o têm? E os amigos? Surpreende que alguns pais encorajam, maridos se orgulham, amigos curtem…

Que coisa! Uma mulher ficar nua em lugares públicos, aos olhos dos que passam: homens, mulheres, casais, adolescentes e crianças, e isto para protestar contra homens que despem mulheres, que não têm respeito nem escrúpulos, que exploram sexualmente adolescentes e crianças… Que estranho: “Vocês não vão mais tirar nossas roupas… Nós mesmas o faremos!”

O único homem presente no referido debate afirmou o óbvio, mais ou menos assim: “Com certeza os homens na rua olharam mais para os seus corpos do que para as frases de protesto escritas nos mesmos.” A propósito, o que será que ocupou a mente desses homens nas horas ou dias seguintes? As nobres e justas causas referidas? Ou… É assim mesmo que essas mulheres querem ser pensadas? Ou devo dizer, usadas? Afirmar que o nu, no meio da rua, é natural, e nenhum mal faz, é recurso enganador, irreal…  Não vai mudar o que é.

As mulheres que se despem por dinheiro sabem que a maioria dos homens pagam para ver… (Hugh Hefner , fundador e editor-chefe da Playboy, está milionário!). As mulheres que se despem em protesto sabem que rapidinho reunirão uma multidão, e que chamarão a atenção e estarão na mídia. Mesmo que, no fim, suas justas reivindicações sejam conhecidas e atendidas, em parte ou no todo, será que o nu é seu único recurso, sua única arma?

Como cristão que sou, não posso deixar de avaliar a questão de um ponto de vista bíblico e moral. Alguns, certamente, logo dirão que sou um moralista, no sentido pejorativo do termo. Moralizador é um termo melhor. Eu prego e procuro vivenciar a moral ensinada na Bíblia.  E a Bíblia não encoraja (para dizer o mínimo) tais exposições, o exibicionismo, a lascívia, o desrespeito ao público e às leis governamentais. Cito apenas parte de um texto do Apostolo Paulo, em sua primeira carta aos cristãos de Tessalônica:

“Deus deseja que vocês vivam uma vida pura. Afastem-se da promiscuidade sexual. Aprendam a apreciar e dar dignidade ao corpo, não abusando dele, como é comum entre os que não conhecem nada de Deus” (I Ts 4.3-5, na versão da Bíblia A Mensagem, de E. Peterson).

Não condeno as mulheres referidas nem qualquer outro dos meus semelhantes. Apenas lamento seus equívocos e gostaria muito que alguém lhes dissesse o quanto Deus as ama tanto para perdoá-las quanto para suprir suas necessidades e ajudá-las na defesa de causas justas.

É do conhecimento público que algumas modelos a atrizes, que posaram nuas, que se expuseram de todas as maneiras, tiveram a felicidade de ouvir o Evangelho e aceitá-lo. Elas se converteram, e mudaram radicalmente seus conceitos e práticas. Arrependidas, gostariam muito que as revistas com suas fotos fossem queimadas e os vídeos retirados da Internet.

Pr. Éber Lenz Cesar

Eu gostaria muito de saber sua opinião sobre este assunto e esse texto. Comente.

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