Que é avivamento?
De modo geral, as igrejas enfrentam um esfriamento da fé, do vigor, do entusiasmo. Não se nota facilmente “a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml 3.18). Nossa necessidade maior, e o que mais pedimos a Deus em oração, é um avivamento bíblico e duradouro.
O povo de Deus, no Velho Testamento, também passou por períodos de fraqueza espiritual, de abandono da fé, de distanciamento de Deus; razão porque o fogo da devoção queimou baixo, quase apagando. Não havia alegria. Foi num desses períodos que o salmista orou:
“Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo? Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia e concede-nos a tua salvação” (Sl 85.6).
Mas, o que é vivificação ou avivamento?
O Velho Testamento descreve esta ação divina com uma palavra hebraica que significa assoprar, dar alento, fazer viver. No Novo Testamento, a palavra grega correspondente significa reviver (Lc.15.32), reavivar (II Tm 1.6), renovar (Ef 4.10), reacender o fogo que está se apagando.
Curiosamente, esses termos hebraico e grego são usados, na Bíblia, para referir o Espírito de Deus (Gn 2.7-13; Ez 37.9, Jo 3.6). Daí o trocadilho que Jesus fez em sua conversa com Nicodemos, comparando a ação do vento com a do Espírito (Jo 3.6-8). Avivamento é o “sopro” ou ação de Deus, através do Espírito Santo, trazendo seu povo de volta ao zelo e fervor espiritual, à obediência à palavra, ao serviço cristão.
Há uma definição clássica, mais abrangente:
“É um sopro ou ação do Espírito Santo na vida das pessoas, na igreja, numa comunidade ou ainda num país despertando-os para as coisas de Deus; é aquela mudança de mente e de coração que fez o filho pródigo arrepender-se, levantar-se e voltar para o pai; é o despertamento da fé, do amor e do serviço a Cristo; é o reflorescimento da planta da nossa vida e da nossa igreja, quando sobre estas caem as chuvas de bênçãos de Deus”.
Deus, numa visão, mostrou um vale cheio de ossos secos ao profeta Ezequiel. O vale representava Israel. Deus disse ao profeta: “Profetiza a estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a Palavra do Senhor. Eis que farei entrar o Espírito em vós, e vivereis…” Então começou: os ossos se ajuntaram, recompondo esqueletos humanos; em seguida, cresceram os tendões, as carnes… Ali estavam os corpos, mas ainda sem o espírito e, portanto, sem vida. O profeta tornou a profetizar: “E o Espírito entrou neles e viveram e se puseram de pé…” Note como tudo começou: “Ouvi a Palavra do Senhor…” (Ez 37.1-14).
Na profecia de Oséias, a figura é a do reflorescimento de uma planta. Por boca desse profeta, Deus disse a Israel: “Volta, Israel, para o Senhor teu Deus… Tende convosco palavras de arrependimento, e convertei-vos ao Senhor…” Primeiro um convite para voltar, com arrependimento e mudanças. Depois, a promessa da bênção: “Curarei a sua infidelidade… os amarei… Serei para Israel como orvalho, ele florescerá como o lírio, e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano. Estender-se-ão os seus ramos… Os que se assentam à sua sombra… serão vivificados… e florescerão como a vide…” (Os 14.1-7). O reflorescimento e fortalecimento de Israel abençoaria ou vivificaria quantos dele se aproximassem. É o que acontece nas igrejas avivadas.
Além de nós próprios e de nossa amada igreja, quantas outras vidas poderão ser vivificadas, transformadas, abençoadas por nosso intermédio?
Façamos, persistentemente, a oração de Habacuque:
“Aviva a tua obra, ó Senhor…” (Hc 3.2).
Clique nos links abaixo para ver PDF desta mensagem e das demais mensagens desta série.
Pr. Éber Lenz Cesar eberlenzcesar@gmail.com01. Introdução. O que é avivamento?
2. Bases bíblicas: Setitas e Jacó.
3. Bases bíblicas: Moisés, líder de avivamento.
4. Bases bíblicas: Líderes firmes e avivamento.
5. Bases biblicas: Altos e baixos no tempo dos Juízes.
6. Condições que Deus impõe para o avivamento.
7. Avivamento da oração.
8. Avivamento da igreja.
9. Avivamento pessoal.
10. Avivamewnto dos outros.
11. Avivamento da cooperação.