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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Membros uns dos outros. II. “Consideremo-nos…” (Hb 10.24)

Como não se intrometer? Como não se importar? Como fica a consideração?

O autor da carta aos Hebreus, no Novo Testamento, escreveu:

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb 10.24).

Esta recomendação, também relacionada com o fato de sermos “um só corpo em Cristo e MEMBROS UNS DOS OUTROS”,  pode ser vista como uma extensão da primeira que estudamos, “acolhei-vos uns aos outros”.  Vejamos o que significa e como se aplica à igreja e a nossa vida.

O significado.

Consideração é respeito, estima, atenção, importância que se dá a alguém. Se é importante na sociedade, muito mais na igreja, que é o Corpo de Cristo, onde todos os membros são importantes. Alguns, às vezes, ficam orgulhosos de sua aparência, posição ou função (Pode ser a tentação dos pastores, dos presbíteros, músicos…).  O orgulhoso tende a desprezar os outros! os outros, a não lhes dar o devido valor e atenção. Por causa disto o apóstolo Paulo escreveu:

“Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos, são necessários…” (I Co 12.21-22).

O apóstolo chegou mesmo a dizer:

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.”  (Fl 2.3-4).

A Bíblia A Mensagem traduz assim os vs. 1-4:

“Se vocês receberam algo bom por seguir a Cristo; se o amor dele fez alguma diferença na vida de vocês; se estar numa comunidade do Espírito significa algo para vocês; se vocês têm um coração; se vocês se importam uns com os outros – façam-me um favor: concordem um com o  outro, amem um ao outro, sejam amigos de verdade. Não joguem sujo; não bajulem ninguém só para conseguir o que desejam. Ponham o interesse próprio de lado e ajudem os outros em sua jornada. Não fiquem obcecados em tirar vantagem. Esqueçam-se de vocês o suficiente para estender a mão e ajudar.” Muito bom.

O propósito.

Hb 10.24 diz: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.  No estudo anterior, vimos que Jesus acolhia as pessoas que vinham a ele e as ajudava dando-lhes pão para comer, curando suas enfermidades, perdoando seus pecados ou ensinando-lhes a viver conforme a vontade de Deus. O propósito principal era salvá-las. Aqui, neste novo contexto onde se nos diz para considerarmos uns aos outros, na Igreja, acrescenta-se este outro propósito para ambas as atitudes, a de acolhimento e a de consideração:  “nos estimularmos ao amor e às boas obras”.

O que segue no texto é uma consequência, ou melhor, uma necessidade:  “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns…” (v.25). Se nos acolhermos uns aos outros, se tivermos consideração uns pelos outros, não deixando de congregar-nos, não nos faltarão oportunidades “para nos estimularmos ao amor e às boas obras”.  Os estudos seguintes mostrarão como isto pode ser feito. Mas podemos olhar algumas passagens e antecipar um exercício…

Exemplos.

Examine os textos indicados e observe algumas formas de consideração dispensadas por Jesus às pessoas que ele acolheu:

(a) Discípulos (Jo 15.15; 17.9,14,19).

(b) Multidões (Lc  9.11-17).

(c) Zaqueu (Lc 19.11-10).

(d) Samatitana (Jo 4.6-26).

Que outras formas de consideração são sugeridas em Lc 15.4,8,32; Hb 10.25; 14.21; I Co 8.8,9?

Como o apóstolo Paulo mostrou apreço aos membros das igrejas de Filipos e Tessalônica e os estimulou ao amor e às boas obras?  Fl 1.3-11; I Ts 1.2-4; 3.11-13; 4.9-12.

De que outras maneiras poderíamos mostrar apreço aos nossos irmãos na igreja, aos familiares e aos amigos, e estimulá-los à prática do amor e das boas obras?

Lamentavelmente, não é raro ouvirmos pessoas aqui e ali se queixando de falta de atenção, em casa, na igreja, no trabalho… Sentem-se, estranhas e desprezados, até em igrejas. Por que? Somente porque são tímidos, introvertidos, temperamentais? Não será também, e especialmente, por falta de consideração da nossa parte? E por que fazemos isso?

Pr. Éber César

Veja os outros estudos desta série:

3. Suportai-vos uns aos outros.
4. Instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente.
5. Exortai-vos mutuamente.
6. Exortai-vos uns aos outros.
7. Consolai-vos uns aos outros.
8. Confessai os vossos pecados uns aos outros.
9. Acima de tudo, amor.

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