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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

O jogo da vida

No domingo passado, dia 15, à tarde, saí a pé com minha esposa para ver o movimento no entorno do Maracanã, a poucos metros da minha residência. Que multidão! O verde-amarelo cedeu espaço maior para o azul e branco argentino. Milhares e alegres hermanos! Por rivalidade histórica, muitos brasileiros, senão a maioria, torcia pela Bósnia… Não adiantou! Venceram os hermanos!

Não só no entorno do Maracanã, e neste domingo, mas em todo o país, há meses, as pessoas têm falado da Copa.  Até porque há boas razões  para lamentar e criticar os gastos exorbitantes do Governo com a reforma dos estádios e construção de novas arenas, tudo em prejuízo da Saúde, da Educação, dos Transportes etc..  Apesar disso, agora, em pleno campeonato, a maioria vai entrando mais e mais no clima, vestindo verde-amarelo e torcendo pelo hexa!

Refiro-me à Copa apenas metaforicamente, tendo em vista o entusiasmo do povo,  o esforço das seleções,  a ânsia pelo gol, pela vitória, pela taça… Todos a querem, naturalmente. E é por isso que se esforçam tanto, seleções e torcedores.

Entretanto, enquanto as seleções correm atrás da brazuca e a multidão grita, hora aplaudindo, hora vaiando ou mesmo xingando (até à Presidenta!),  um outro jogo acontece… Não acontece nas arenas, apenas; não termina quando o árbitro apita; não é um espetáculo que a maioria apenas assiste…  É o jogo de todos, o tempo todo, em todo lugar… É o jogo da vida!

1. Realização pessoal

Este jogo inclui a luta pela realização pessoal. Bem ou mal, somos educados na infância e na adolescência para, então, enfrentar a vida:  ENEM, vestibular, universidade, emprego, casamento, família… Quantos desafios! Quanta renúncia e quanto esforço tudo isto exige? A competição é tremenda, mais do que poderá ser uma final de Copa com Brasil X Argentina! (Não estou profetizando!).  Alguns até desistem já no primeiro tempo. Mas há os que perseveram e vencem!

2. Adversidades.

No jogo da vida temos que contar com as faltas e até com os acidentes.  No afã da vitória, mesmo às custas dos outros, alguns chutam, dão cotoveladas, caneladas e rasteiras… Nós mesmos tropeçamos, cometemos faltas e, claro, sofremos as penalidades. Há também a possibilidade de um jogador em campo, de repente, passar mal ou receber a urgente e triste notícia de uma perda pessoal, de uma enfermidade grave na família… Alguns sucumbem na adversidade. Perdem o jogo.

3. Fraquezas.

 

Aqui está a causa primeira das derrotas, dos gols contra, dos pênaltis, das goleadas sofridas.  Se o atleta não se alimentou bem, não se exercitou, não participou dos treinos, não se aplicou em aprender as regras, ele não tem chance alguma de vitória. Ora, falando do jogo da vida, não é diferente.  E não estou pensando apenas no físico: boa alimentação, exercício e abstinência de álcool, fumo, drogas.  Estou pensando principalmente na boa alimentação espiritual, no exercício da fé, da religião, do caráter, da moral, da relação com Deus e com o próximo!

4. Garantindo a vitória.

Num contexto greco-romano,  cultura que instituiu os Jogos Olímpicos, o apóstolo Paulo escreveu:

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível…” (I Co 9.24-27).

O apóstolo fez analogia semelhante à que estou fazendo. A corrida no estádio ilustra à corrida ou o jogo da vida; a ambição e o esforço do atleta na pista ou no campo ilustram nossos anelos e esforços na vida, seja na família, nos estudos, na profissão ou na chamada “batalha espiritual”, a luta contra as tendências pecaminosas que nos são latentes (Gl 5.17). Eles, os atletas, fazem o máximo por uma coroa ou taça corruptível, isto é, perecível, temporária; nós, os  cristãos, visamos a coroa incorruptível, uma recompensa divina, celestial e eterna.

O mesmo apóstolo escreveu noutra carta do Novo Testamento, endereçada ao jovem Timóteo:

“Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (I Tm 4.7-8).

O termo piedade refere-se à religião, ou melhor dizendo, à vida com Deus, a fé em Jesus Cristo como Salvador e Senhor, à vida espiritual. É exercitada com estudo bíblico, oração e práticas ou procedimentos cristãos, dia após dia. O texto garante que o exercício físico, por melhor e mais proveitoso que seja, não é tão compensador quanto o exercício da piedade, pois esta traz consigo promessas de bênçãos tanto para esta vida (o nosso dia a dia) como para a eternidade. Em outras palavras, o exercício da piedade garante vitória no jogo da vida!

Concluo com estas outras palavras de Paulo. Ele referiu uma série de graves adversidades que havia enfrentado e ainda estava enfrentado no jogo da vida, e acrescentou, sem lamentos, sem desânimo, sem esmorecer:

Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou [Jesus Cristo]” (Rm 8.37).

Deus o abençoe no jogo da vida! Estamos torcendo por você! Vença!

A propósito, leia também:  Mais que vencedores!

Éber Lenz Cesar  (eberlenzcesar@gmail.com)

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