Pages Navigation Menu

"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Vinde a mim, todos os que estais cansados…

Qual pode ter sido o convite mais importante que você já recebeu, em toda a sua vida? Você o aceitou? Curtiu?

Vou lhe falar de um convite que, sem dúvida alguma, é o mais importante de todos. Foi feito por Jesus aos seus contemporâneos e conterrâneos, é verdade.  Mas é extensivo a todas as gerações, em todos os lugares, posto que Jesus, como crêem os cristãos, morreu, sim, mas ressuscitou e está vivo! Ele nos fala e nos convida nas páginas dos Evangelhos, pelo Espírito Santo e até mesmo nas circunstâncias da vida. O convite a que me refiro está registrado no Evangelho de Mateus, capítulo 11, versículos 28-30. Inclui, além do convite em si, uma ordem. O convite com sua promessa, seria o privilégio; a ordem, que também tem uma promessa, seria a responsabilidade.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).

1. De quem é o convite?

Como disse, é de Jesus. Mas pense em Jesus não somente como o filho de Maria, o carpinteiro de Nazaré, o homem bom, o grande mestre.  Pense nele também como o Messias, o Cristo, o Filho de Deus, o Salvador, o Senhor, o Bom Pastor…

Ninguém mais teve ou tem autoridade e competência para fazer um convite como este… Nenhum Governante, nenhum Pastor, nenhum Sacerdote, nem mesmo o Papa Francisco…

Note  que o convite não é para uma igreja, uma religião! É para ir a Jesus, ou seja aproximar-se dele espiritualmente, crer ou confiar nele, relacionar-se pessoalmente com ele, segui-lo no dia a dia…  “Vinde a mim…”, ele disse.

2. A quem Jesus convida?

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados…”

Entendo que Jesus, quando fez este convite, originalmente, não estava pensando no cansaço de uma caminhada, de um dia de trabalho, mas num cansaço cumulativo, emocional e espiritual, resultante de problemas e mais problemas, lutas e mais lutas, tentações e mais tentações.  A sobrecarga referida também não é a do momento, uma lata d’água na cabeça, um embrulho ou mala pesada; é a sobrecarga da ansiedade, do estresse, da amargura, da culpa.  Este cansaço e esta sobrecarga sempre existiram, mas parecem mais intensos nestes dias particularmente difíceis que estamos vivendo.

3. O que Jesus promete?

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei!” Alívio é “diminuição de dor, de peso, de trabalho” (Aurélio) . Quem não precisa? Se não o tivermos, sucumbimos. Jesus o promete, e promete por que pode, tem poder para tanto; e é compassivo, amoroso, cuidador!

Os cansados e sobrecarregados que crêem, que aceitam o convite de Jesus e vão a ele em oração, experimentam este alívio! Acontece também quando lemos a Bíblia e participamos de um culto “em espírito e em verdade” (Jo 4.24). A leitura, assim como os atos de culto acalmam, orientam, confortam, aliviam!

Esta é a 1a parte desta importante passagem: Convite e promessa de alivio! Agora vem a 2a parte: um imperativo, que também traz uma promessa.

4. “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração…”

Tomar o jugo não é o mesmo que levar cada um a sua cruz (Lucas 9.23). A cruz é símbolo de sacrifício, de opróbrio,  de morte. O jugo, também chamado canga, é uma madeira torneada, com curvaturas na parte inferior, usada para emparelhar dois animais de carga e fazê-los trabalhar juntos, puxando um arado ou uma carroça.  Essas palavras de Jesus, portanto, significam que precisamos, voluntariamente:

  • emparelhar com Jesus (comunhão)
  • aprender com Jesus (no caso, principalmente, mansidão e humildade)
  • trabalhar com e para Jesus

Curiosamente, Jesus promete que, se assim o fizermos, acharemos descanso para a nossa alma. Fica mais fácil de entender se atentamos para o que Jesus disse em seguida: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. Os lavradores mais cuidadosos, a bem da própria produção, amaciavam com couro ou tecido a parte inferior do jugo, a que se encaixava no pescoço dos animas. O jugo ficava suave.  E não punham carga em demasia na carroça ou no arado. O jugo de Jesus é suavizado pelo prazer de sua companhia, pela beleza e utilidade dos seus ensinos (no caso, vale lembrar, principalmente mansidão e humildade – como isto torna as relações humanas mais suaves), e pela alegria e resultados do trabalho que com ele fazemos!

Pensando mais genericamente, o pescoço sob o jugo do Senhor Jesus, o ter que fazer as coisas do modo como ele nos mostra que devem ser feitas, assim como o serviço que nos cabe fazer, como cristãos, são suaves e leves quando comparados com a vida sob o jugo da nossa natureza pecaminosa, do mundo ímpio,  do Diabo.

  • Cansado? Aceite o convite de Jesus: “Vinde a mim… e eu vos aliviarei!”
  • Desocupado, sem propósito, oprimido? Troque de jugo. O do mundo (competitivo, consumista, pecaminoso), pelo de Jesus (manso, humilde, redentor, suave, leve).

 

Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)
Mensagem pregada na Igreja Presbiteriana de São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ, em 04/08/2013.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *