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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Autoimagem. II. Positiva

O que os outros pensam a nosso respeito é importante, principalmente quando sabemos que são amigos e querem nos ajudar. Eles farão elogios, darão valor às coisas boas que fazemos, dirão palavras de encorajamento, e farão, também, alguma observação negativa necessária. Neste caso, elogios e críticas são bem-vindos e precisam ser ouvidos com humildade.

Entretanto, o que pensamos a nosso próprio respeito pode ser ainda mais importante e proveitoso, desde que pensemos “com moderação”, como recomendou  o apóstolo Paulo em Rm 12.3. Como frisamos na mensagem anterior, se pensarmos demais em nossos defeitos, exagerando-os, teremos uma autoimagem negativa, um complexo de inferioridade; Se pensarmos demais em nas nossas virtudes, exagerando-as, teremos uma autoimagem positiva, sim, além do que convém, algo como um complexo de superioridade. Comentamos as causas e prejuízos da autoimagem negativa. Nesta mensagem, vamos refletir sobre a autoimagem positiva.

Autoimagem positiva.

Se a auto-imagem negativa resulta de críticas maldosas, palavras duras e pejorativas que muitos ouvem na infância e na adolescência, e de frustrações profissionais, familiares e eclesiásticas que temos na juventude e na fase adulta, o oposto de tudo isto certamente há de contribuir para a formação de uma autoimagem positiva. Reconhecimento e elogio fazem milagres!

Todavia, o indivíduo que chegou à juventude e à idade adulta com uma autoimagem negativa pode, certamente, mudar isso. Claro que com esforço e com a graça de Deus.
Como? Amando a si mesmo, como ama a Deus e ao próximo.

Um intérprete da Lei perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento da Lei”. Jesus respondeu:

“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é grande e primeiro mandamento.  O segundo, semelhante a este,  é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.36-39).

Note a sequência:

Ame o Senhor,  o seu Deus; ame os outros como a si mesmo. Subentendido: Ame a si mesmo e, depois, ame os outros da mesma maneira.

É preciso lembrar que o amor bíblico não é apenas uma questão de sentimento, mas de decisão pessoal em obediência a Deus. É algo que fazemos porque Deus manda. O sentimento vem depois, naturalmente. Então, nesta passagem,

Jesus nos ensina a exercitarmos o amor a nós mesmos tanto como exercitamos ou devemos exercitar o amor a Deus e ao próximo.

Precisamos aprender a gostar de nós mesmos. Certamente, há algumas coisas na nossa aparência, no nosso temperamento e no nosso caráter que não gostamos muito… Mas, comecemos por aquilo que temos de bonito, de maravilhoso e de bom. Todos temos. Depois, quem sabe podemos melhorar o que não está muito bom! Tudo com “moderação”, sem “complexo de superioridade”.

Além disso, no contexto mesmo de Rm 12.3, Paulo nos lembra que estas coisas boas que somos e temos são dádivas de Deus, obra da sua graça. “Por causa da bondade de Deus para comigo, me chamando para ser apóstolo…” Ele tinha sido um perseguidor da igreja… Agora era um apóstolo, um pastor, um líder da igreja, uma pessoa importante na igreja, que Deus estava usando poderosamente! Ele sabia que era por causa da bondade e da graça de Deus. Assim é tudo em nossa vida! Ver I Tm 1.12-14.

Seguindo este raciocínio, chegamos a conclusão de que uma autoimagem negativa é uma forma de ingratidão, pois não reconhece e não agradece as coisas boas que Deus tem feito:

  • nosso corpo, nossa inteligência, nossos dons e talentos;
  • nossa redenção, incluindo nossa adoção como filhos de Deus (Ef 1.3-4), nossa formação cristã, sempre em processo de aperfeiçoamento (Fp 1.6), a habitação do Espírito em nós, o fruto do Espírito em nossa vida e em nossos relacionamentos (Gl 5.22-23). Como cantamos: “Você tem valor, o Espírito Santo habita em você…” (I Co 3.16);
  • nossas realizações, impossíveis sem a bênção de Deus (II Co 3.5);
  • nosso destino eterno: no céu com Cristo… (Jo 14.3).

Pensando assim, não teremos uma auto-imagem negativa… nem presunçosa ou vaidosa! E seremos bem mais felizes!

Leia também a mensagem Autoimagem 1 (Sobre autoimagem negativa).

Pr Éber César   (eberlenzcesar@gmail.com)

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