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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

7 Palavras de Cristo na Cruz (I)

I. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”

 

Jesus teve morte lenta. Seu sacrifício durou seis horas, tempo bastante para ele dizer não apenas sete palavras, mas sete frases que a Cristandade tem guardado como a  um  tesouro. Agostinho, no século IV, dizia:

“A cruz onde Cristo foi crucificado e morto foi a cadeira do Mestre na sua aula final.”

Ao que parece, foi justamente quando os pregos lhe atravessavam os pés e as mãos que Jesus pronunciou esta palavra. E o que foi que ele disse? Uma expressão de dor, medo ou angústia? Não. Uma oração por si mesmo? Não. Uma oração por seus amigos? Também não. Ele orou por seus inimigos:

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).

“Pai…”

A primeira e a última das sete frases pronunciadas por Cristo na cruz começam com esta palavra Pai. O sofrimento de Jesus no Getsêmani, no Sinédrio, a caminho do Calvário e, sobretudo, na  cruz, foi algo indescritível. Ele tinha orado no Getsêmani: “Meu Pai: Se possível, passe de mim este cálice…” (Mt 26.39). O Pai não removeu o cálice. Jesus o bebeu até a última gota, como homem, sem se revoltar, sem ficar amargurado, sem perder a confiança. Confiou no Pai, fez a vontade do Pai!

Uma  viúva chorava à cabeceira do filho único, gravemente enfermo. Quando pareceu que o jovem ia morrer, a mãe desabafou: “Se ele morrer, nunca mais confiarei em Deus”. Que Deus nos dê a todos a graça de confiar no Pai Celestial mesmo quando bebemos o cálice amargo do sofrimento. Davi confiava, razão porque escreveu:

“O Senhor é o meu Pastor: nada me faltará… Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo…” (Sl 23.1,4).

Isto nos lembra este provérbio de Salomão: “Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena” (Pv 24.10).

“… perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”

Jesus veio ao mundo “para salvar os pecadores” (I Tm 3.15). Sua morte na cruz teria este propósito (Rm 5.6-11). Assim, ao ser crucificado, intercedeu pelos pecadores, dizendo: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. O Salvador compassivamente entendeu que os que o rejeitaram, prenderam e condenaram, e os que agora o crucificavam, não sabiam o que estavam fazendo, não alcançavam o significado daquelas coisas.

Parece que essa palavra de Cristo ficou fortemente gravada na consciência dos seus discípulos. Estêvão, pouco antes de expirar, orou pelos que o apedrejavam: “Senhor, não lhes imputes este pecado”. Significa: “Senhor, não leves em conta, eles não sabem o que fazem, não entendem. Tenha misericórdia…” Pedro, pregando no templo de Jerusalém, disse aos Israelitas: “Vós negastes o Santo e o Justo… Matastes o Autor da vida… (Mas) eu sei que o fizestes por ignorância…” (At 3.15-17). Paulo referiu-se ao tempo em que ele foi “blasfemo e perseguidor”, e acrescentou: “Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (I Tm 1.13).

Esta palavra de Cristo na cruz, uma intercessão, foi primeiramente a favor daqueles que o rejeitaram, condenaram e crucificaram. Mas aplica-se também aos pecadores de todos os tempos. Os braços de Cristo abriram-se na cruz para todos esses, porque, como aqueles, “não sabem o que fazem”. Os pecadores nunca ou quase nunca sabem realmente o que fazem, não percebem a malignidade e a gravidade dos seus pecados. O coração de Jesus e a graça do Pai levam em conta esta ignorância… Todavia, se qualquer pecador consciente e contumaz disto quiser se aproveitar para o mal, devemos lembrar-lhe estas palavras proferidas pelo apóstolo Paulo:

Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos… se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça…” (At 17.30-3l).

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As sete palavras de Cristo na cruz.

2. “Hoje estarás comigo no paraíso.”
3. “Mulher, eis aí teu filho…”
4. “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
5. “Tenho sede!”
6. “Está consumado!”
7. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”

 

 

Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

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