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Alegria, apesar de tudo. II. Mente cristocêntrica

Alegria, apesar de tudo. II. Mente cristocêntrica

Estamos estudando a carta de Paulo aos Filipenses, cuja ênfase é a alegria cristã. Vimos que, em cada capítulo, o apóstolo refere algumas dessas coisas que costumam roubar nossa alegria, a menos que o impeçamos:

 circunstâncias (cap.1)

pessoas (cap. 2)

coisas (cap. 3)

preocupação (cap 4)

Mas o apóstolo dá as dicas para que possamos combater ou prender estes ladrões de alegria. Têm a ver com a mente, atitudes mentais:

  • mente cristocêntrica para lidar com as circunstâncias (cap. 1)
  • mente submissa para lidar com as pessoas (cap. 2)
  • mente espiritual para lidar com as coisas (cap. 3)
  • mente segura para lidar com as preocupações (cap 4).

Neste e nos próximos estudos, vamos ver o que Paulo diz sobre estas atitudes mentais.

Mente cristocêntrica. Fp 1.

No capítulo 1 de sua carta, vemos que o apóstolo Paulo estava vivenciando circunstância extremamente adversas. Ele se referiu a:

  • “correntes que me prendem” (1.7)
  • “aquilo que me aconteceu” (1,12). Aconteceu anteriormente, inclusive em Filhos. At 14.19; 16.22-23; II Co 11.23-28, etc.
  • “minha prisão”, em Roma (1.14)

A despeito destas circunstâncias, Paulo estava alegre e em condições de encorajar os outros a se alegrarem também. O segredo da alegria de Paulo, a despeito das circunstâncias, é o que chamamos de mente cristocêntrica.

O apóstolo era um prisioneiro do Império Romano,  mas considerava-se um prisioneiro de Cristo (Ef 3.1; 2 Tm 1.8).  Roma prendia seu corpo; Cristo, sua mente e espírito! Neste primeiro capítulo de sua carta, o apóstolo refere-se a Cristo 18 vezes. E afirma:

Para mim o viver é Cristo…”  (1.21).

Sendo Cristo o seu interesse maior, ele podia ver bênçãos na adversidade, ou seja, que as mesmas, de algum modo contribuíam a favor da causa de Cristo ou para o progresso do evangelho: “Aquilo que me aconteceu tem servido para o progresso do evangelho” (1.12). Vamos ver como.

1. Circunstâncias difíceis aumentam a comunhão

Já reparou como muitas pessoas procuram a Deus ou os irmãos nos momentos difíceis? Um espírito de sobrevivência leva as pessoas a se unirem na hora da dificuldade, e isso é muito bom. Paulo experimentava esta união com os filipenses. Mas como era possível se estavam geograficamente distantes?

a) Paulo os tinha na mente.

No verso 3 ele diz: “Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês…”.  Em At 16, vemos que algumas circunstâncias difíceis aconteceram a Paulo em Filipos. Ele tinha sido difamado, ilegalmente preso, espancado e humilhado na frente das pessoas. Mas ele não se recordava disso, e sim da alegria que sentiu quando o carcereiro, por seu testemunho e pregação na prisão, entregou-se a Cristo. Ele se lembrava também de Lídia, uma rica comerciante que se converteu junto ao rio, e hospedou a igreja em sua casa. Paulo tinha boas recordações de Filipos e isso trazia alegria ao seu coração nos momentos difíceis.

b)  Paulo os tinha no coração.

No verso 7 ele diz “…os tenho em meu coração…” O apóstolo amava aquela gente, seus filhos na fé; e eles o amavam também, como vemos noutras passagens. Era amor “em Cristo”, um amor que não depende das circunstâncias. Nas horas difíceis é muito bom sabermos que amamos e somos amados. É um conforto e uma alegria!

c) Paulo os tinha nas suas orações.

Os versos 4 e 9 mostram o quanto Paulo orava pelos Filipenses. Dadas as circunstâncias, poderia orar por si mesmo apenas, e pedir que orassem por ele;  mas ele pensava na saúde  espiritual dos Filipenses e orava por eles.  Faz lembrar Jó 42.10.

2.  Circunstâncias difíceis contribuem para o progresso do evangelho 

Você já ouviu essa: “Carro apertado é que canta”? Parece que Paulo conhecia esse dito popular. Ele notou que as circunstâncias difíceis que estava enfrentando só estavam ajudando a espalhar o evangelho.  Nos versos 12 a 26 ele fala de três circunstâncias e diz como as interpretava:

a) A prisão.

O apóstolo estava preso a um soldado romano 24 horas por dia. Mas ele encarava as algemas com alegria, por dois motivos:  (1) Sua prisão o pôs em contato com pessoas que precisavam ouvir o evangelho, os soldados que faziam a guarda de César (v. 13. Ver 4.22).  Paulo estava mais preocupado com aquilo que Deus estava fazendo do que com o que ele não estava fazendo.  Muitas vezes Deus nos impõe “algemas” (circunstâncias difíceis e impedimentos) para que o evangelho seja conhecido por um número maior de pessoas…

b) A motivação.

A prisão de Paulo motivou outros cristãos a deixarem o medo e testemunharem com mais coragem (1.14). Eles viram o sofrimento de Paulo e se sentiram coagidos a pregar ainda mais. Isso alegrou o coração de Paulo.

c)  A oposição.

Nos versos 15 a 17 vemos um outro problema que o apóstolo enfrentou: a oposição de alguns irmãos, talvez da liderança. Alguns começaram a pregar, mas “por discórdia, insinceramente”, ao que parece, querendo tomar a liderança de Paulo e se destacarem mais do que ele (v. 17). Isto poderia ser um motivo de tristeza para o apóstolo, mas sua mente cristocêntrica via isto de outro modo: “Que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo…”. 

3) A incerteza do futuro.

Paulo estava preso aguardando o seu julgamento. Seu futuro era altamente incerto! Ele poderia ser absolvido ou condenado à morte!   A incerteza, principalmente algo assim, pode causar grande aflição. Mas, porque tinha uma mente cristocêntrica, Paulo pôde dizer: “Cristo será engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte” (1.20. Veja outra vez o verso 21). Os que têm mente cristocêntrica confiam o seu futuro ao Senhor, e não perdem a alegria na incerteza do presente.

É com mente cristocêntrica que encaramos as circunstâncias adversas e encontramos motivos sobejos para nos alegrarmos.

Portanto, tenhamos na memória estes dois preciosos versículos:

“Para mim o viver é Cristo…” (Fp 1.21)

“O amor de Cristo nos constrange… Ele morreu por todos para que os que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5.14-15)

 

Pr. Éber Lenz César. 

As idéias básicas foram extraídas do livro “Seja Alegre”, de W. Warrem Wiersbe.

Sugestão de Perguntas para discussão no Pequeno Grupo

  1. Que circunstâncias adversas Deus tem permitido em sua vida? (Para refletir e, se desejar e puder, compartilhar).
  2. Estas circunstâncias lhe têm roubado a alegria cristã?
  3. Seriam pecado as tristezas ocasionais? Será que Jesus, Paulo e outros santos personagens bíblicos nunca se entristeceram?
  4. Nas circunstâncias de sua vida, como você aplicaria o princípio da mente cristocêntrica e se alegraria no Senhor?

 

Veja todas as  mensagens desta série.

     

         1. Introdução.

            Slides desta mensagem

 

          2.  Mente cristocêntrica (Fp 1).

               Slides desta mensagem.

 

 

        Aguarde as próximas (cada semana uma)

       

            3. Mente submissa (Fp 2).

            Slides desta mensagem

 

        4. Mente espiritual (Fp 3).

            Slides desta mensagem

 

        5. Mente segura (Fp 4)

           Slides desta mensagem

 

Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com).

As ideias básicas deste estudo foram extraídas do livro Seja Alegre, de Warrem Wiersbe, Ed. Núcleo, Portugal.

2 Comments

  1. Caro Rev. Eber Cezar

    Extraordinario estudo.

    Eu ja recuperei ate este ponto:

    Alegria no Ano Novo. III. Mente integral

    Dai para diante nao tenho os boletins.
    Desculpe-me, mas nao posso perder tamanha bencao deste esudo completo.

    Estou levando ao ar um programa na WEB RADIO RAMA, que trata dos varias faces do relacionamento humano.

    O senhor me autoriza a usar algumas instrucoes contidas no seu comentario, danto logicamente credito ao seu material e ao seu nome, como autor do estudo?

    Abraco

    Paulo de Tarso Ribeiro

    • Caro irmão Paulo de Tarso

      Perdoe-me, mas somente hoje vi este seu comentario e pedido. Ainda não me acostumei a procurar pelos comentários aos meus postes, que ficam ocultos na administração do blog. Claro que pode utilizar estes e outros estudos do meu blog, referindo a origem. Ainda está em tempo?

      Abraços

      Éber César

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