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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

II Parte II – Por que submeter-se ao Senhor? (A)

 II. Por causa do que ele foi e é, fez e faz.

Introdução.

Na primeira mensagem desta série, vimos como é importante ter um entendimento bíblico e prático do que seja submeter-se, sem reservas e de bom grado, ao Senhorio de Jesus Cristo. Os que creem em Jesus como seu Salvador, têm-no também como seu Senhor. Confiam nele não só para o perdão dos seus pecados e ingresso no céu, mas também para direção de sua vida, em todas as áreas. E mais, dedicam-se voluntária e alegremente ao seu serviço, à sua causa.

Nesta mensagem e na próxima, veremos porque devemos nos submeter ao Senhorio de Jesus. Começaremos lembrando algo decisivo nesta questão: Jesus Cristo é a segunda Pessoa da Santíssima trindade, o Emanuel ou Deus Conosco, tão SENHOR como o próprio Deus Pai, Criador.

Deus revela-se a Moisés. Êx 3.1-14; 6.23.

Durante um certo período de sua vida, Moisés foi pastor de ovelhas. Trabalhava para seu sogro Jetro, um rico possuidor de gado e sacerdote em Midiã. Moisés frequentemente apascentava o rebanho nas proximidades do monte Horebe. Certo dia, alguma coisa incomum aconteceu nas proximidades desse monte. Moisés viu um arbusto queimando, mas notou que o mesmo não era destruído pelo fogo. Aproximou-se para ver melhor.. Foi quando Deus lhe falou do meio do fogo… Ordenou-lhe que voltasse ao Egito, onde tinha sido criado, e libertasse os hebreus (Israel) da escravidão a que tinham sido submetidos há cerca de 400 anos. Antes de aceitar a difícil missão, Moisés, entre outras coisas, perguntou a Deus: “Quando eu for aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome?, que lhes direi?” Então, Deus disse a Moisés: “EU SOU O QUE SOU. Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”.

Este “EU SOU” (assim mesmo, com todas as letras maiúsculas) é tradução da palavra hebraica “JAHVEH”, que ocorre 6.800 vezes no Velho Testamento e comumente aparece em nossas bíblias traduzida pela palavra SENHOR. Significa que Deus é auto-existente, todo poderoso, não teve começo e não terá fim; basta-se a si mesmo, não depende de ninguém ou de qualquer força ou circunstância fora de si ( ver At 17.25).

Neste incidente, Deus não só revelou-se como o EU SOU, mas o demonstrou realizando ou garantindo alguns sinais ou milagres comprobatórios. Além da sarça ardente, queimando sem se consumir, ele transformou em serpente a vara que Moisés tinha em suas mãos e, em seguida, reverteu o milagre; depois fez que a mão de Moisés ficasse leprosa e a curou em seguida (Êx 4.3-7). Também garantiu a Moisés que, quando na presença do Faraó, no Egito, ele transformaria água em sangue e faria muitos outros milagres, tais como as pragas do Egito (Êx 3.19-20).

Quais as implicações disto para nós? Se Deus, JAHWEH, o EU SOU, é o SOBERANO SENHOR de toda a terra, haverá alguma coisa que não esteja sob o seu controle ou que ele não possa fazer? Haverá algum problema demasiadamente difícil que ele não possa reverter? Como o anjo Gabriel disse a Maria, quando lhe anunciou o nascimento de Jesus:

“Para Deus não haverá impossíveis…” (Lc 1.37).

O que isto significa para a minha vida, para a SUA VIDA?

a) Todas as leis, forças, reinos e povos estão sujeitos ao poder e à autoridade de Deus. At 17.24-25.

b) Deus usa a sua autoridade e o seu poder para cumprir propósitos justos. Gn 18.25.

c) Ser um seguidor de JAHWEW, por meio de Cristo, significa que toda a minha vida estará deliberadamente submetida à sua vontade. Rm 12.1-2.

d) JAHWEH como SENHOR de toda a terra pode e quer usar sua autoridade e poder para ajudar-me com os meus problemas e dificuldades. I Pe 5.10.

 

Jesus Cristo, o “EU SOU”.

A pergunta titulo desta mensagem é: Por que submeter-se ao Senhor? Primeiramente, precisamos observar que, no Novo Testamento, ambos os termos, SENHOR e Senhor aplicam-se a Jesus, mas na forma única de Senhor. Isto significa que tudo o que se diz no Velho Testamento sobre JAHWEH, o SENHOR, aplica-se a Jesus, no Novo Testamento.

Jesus Cristo é a mais clara e plena revelação de JAHWEH, pois ele é JAHWEH encarnado. Cl 1.15,17. Como Deus Pai, no Velho Testamento, Jesus não somente afirmou ser Senhor, mas também o demonstrou realizando muitos e portentosos milagres e ensinando com uma autoridade reconhecida até mesmo por seus inimigos.

Quando dizia “Eu sou o pão da vida…” (Jo 6.35), “Eu sou a luz do mundo…” (Jo 9.5), “Eu sou o bom pastor…” (Jo 10.11), “Eu sou a ressurreição e a vida…” (Jo 11.35), “Eu sou Mestre e Senhor…” (Jo 13.13), “Eu sou a videira verdadeira…” (Jo 15.1), por exemplo, este seu “Eu sou…”, até pelo restante destas declarações, era mais que uma conjugação de verbo. Era uma identificação própria com o “EU SOU”, ou seja, JAHWEH, o Deus Eterno, Criador, Todo poderoso. Haja vista o que Jesus declarou às autoridades judaicas que não criam nele e se gabavam de ser “filhos de Abraão”:

“Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU…” (Jo 8.58).

Ora, se Jesus Cristo é Deus Eterno, Senhor, Todo Poderoso, tanto quanto o Deus Pai, por que não nos submetermos, de bom grado, ao seu Senhorio?

Como podemos nos submeter ao Senhorio de Jesus?

Antes de tudo, tenhamos em mente que “Jesus Cristo é Senhor!” (Fp 2.11), independentemente do nosso reconhecimento e submissão. Com e como o Pai, ele está acima de todas as coisas; nada acontece sem a sua intervenção ou permissão. Alem disso, como dissemos na primeira mensagem desta série, ele é o verdadeiro dono de todas as coisas; nós somos apenas seus mordomos ou servos. Entretanto, faz grande diferença em nossa vida reconhecermos isto e nos submetermos a ele, voluntariamente.

Como fazemos isto? Espera-se que o façamos quando cremos nele e o recebemos como nosso Salvador. Não faz sentido confiar nele para o perdão dos nossos pecados e para a nossa Salvação eterna, e não confiar nele como Senhor que é, submetendo-nos inteiramente à sua direção, à sua vontade.

Já que mencionamos a experiência de Moisés na sarça ardente, e a maneira como submeteu-se a JAHWEH, o SENHOR, podemos traçar o paralelo e, do mesmo modo, nos submetermos ao Senhorio de Jesus.

  • Moisés aceitou a nova revelação de Deus como o grande “EU SOU O QUE SOU”; nós aceitamos a Cristo, a nova e mais plena revelação de Deus. Como escreveu o autor da carta aos Hebreus: “Ele é o resplendor da glória e a expressão exata do seu ser…” (Hb 1.3).
  • Moisés viu os milagres de Deus e creu que todas as coisas estão sob o seu poder; nós lemos acerca dos milagres de Jesus, nos evangelhos, e temos consciência dos que faz ainda hoje…
  • Moisés aceitou a missão que Deus lhe confiou, a de libertar Israel da escravidão no Egito; nós aceitamos a missão evangelizadora (e outras missões secundárias e individuais) que o Senhor Jesus nos confia: “Ide e pregai o evangelho…” (Mc 16.15).
  • Moisés agiu na fé de que Deus cumpriria as promessas que lhe fez, no sentido de estar com ele e capacitá-lo para o cumprimento de sua missão.

 

Veja as outras mensagens desta série e seus respectivos slides de apresentação:

 

 

Texto em PDF Mensagem I – Quem é o Senhor?

 

 

Slides da mensagem I – Quem é o Senhor da sua Vida?

 

 

Texto em PDF Mensagem II – Por que submeter-se ao Senhor Jesus (A)

 

 

Slides da Mensagem II- Por que submeter-se ao Senhor?

 

 

 

Pr. Éber Lenz César

Igreja Presbiteriana de São Cristovão, 25/06/2016

 

 

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