Nós também vamos correr!
Os Jogos Olímpicos tiveram início na cidade de Olímpia, na Grécia Antiga, séculos antes de Cristo. Na era moderna, a primeira Olimpíada aconteceu em 1896, em Atenas, Grécia. As Olimpíadas acontecem de 4 em 4 anos com o objetivo de estimular o esporte e unir as nações. A bandeira olímpica proclama essa união, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores (Azul, para a Europa; amarelo para a Ásia; preto para a África; verde para a Oceania; vermelho para as Américas).
Dentre todas as modalidades esportivas, minha preferência é a ginástica artística. Porém, alguns atletas têm destacado as corridas. O campeão atual é o velocista Usan Bolt, jamaicano. Além de recordista mundial, Bolt tem roubado a cena, especialmente pela forma como comemora cada conquista – projetando-se como quem está sendo lançado como uma flecha.
O apóstolo Paulo referiu-se às competições nos estádios romanos para ilustrar verdades espirituais. Em I Co 9.4, p.ex., ele escreveu:
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porem, a incorruptível […]” (I Co 9.24-25).
O prêmio referido, obviamente, não é a salvação, pois esta não é dada, como recompensa, ao que “corre” mais, ao que se esforça mais, ao que mais pratica boas obras; é graça imerecida, dada mediante arrependimento e fé em Jesus (Rm 3.24,28). O “prêmio” é tudo que a vida cristã nos proporciona e, também e principalmente, o que Deus tem reservado nos céus para os que o amam e obedecem: a chamada “coroa da justiça” (II Tm 4.8a), ou “coroa da vida” (Tg 1.12), ou “galardões” (Mt 5.46; 10.41-42; I Co 3.8). Nessa mesma carta aos Coríntios, Paulo citou livremente uma bela passagem do profeta Isaías:
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (I Co 2.9 com Is 64.4).
Os atletas olímpicos renunciam muitas coisas, controlam seus apetites, treinam e esforçam-se ao máximo, tudo por uma “coroa corruptível”, uma recompensa muito limitada e passageira. Nós, os cristãos, diz o apóstolo, devemos nos esforçar com muito mais empenho, por amor e gratidão àquele que nos salvou e também pela recompensa, nesta vida e no por vir. Nossa “coroa” e “incorruptível”, gloriosa e eterna!
Comparado com o exercício espiritual, que nos capacita para as práticas cristãs e nos prepara para a eternidade, o exercício físico nem é tão importante. Paulo escreveu ao jovem Timóteo:
“Exercita-te pessoalmente na piedade [comunhão com Deus e com os irmãos em Cristo, estudo bíblico, oração, vida cristã]. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é [as bênçãos da vida cristã] e da que há de ser [na eternidade]” (I Tm 4.7b-8).
Portanto; “corramos de tal maneira que o alcancemos” e, ao final, possamos dizer como Paulo:
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o justo Juiz me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (II Tm 4.7-8).
Muitos estão desistindo no meio do caminho… Não seja o seu caso…
Pr. Éber Lenz César. Resumo da mensagem pregada na Igreja Presbiteriana de São Cristóvão neste último domingo, 31/07/16.