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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Ler a Bíblia para obedecer

Ler a Bíblia para obedecer

Neste Dia da Bíblia, vamos refletir sobre uma das razões por quê lemos e estudamos a Bíblia. O grande evangelista Dwight L. Moody  dizia:

“Não lemos a Bíblia para aumentar nossos conhecimentos mas para mudar nossas vidas”.

Não basta ler, conhecer… É preciso praticar, obedecer!

Os cristãos concordam que é seu dever honrar e glorificar a Deus. Mas, muitas vezes divergem sobre a maneira como melhor podemos fazê-lo. Pensam alguns que frequentar uma igreja, participar dos cultos, dar uma ou outra contribuição para causas da igreja é o bastante. Alguns acrescentam a participação nos ministérios (louvor, evangelizando, ação social etc.). Tudo isto é importante e tem seu lugar. Mas a Bíblia nos ensina que a melhor maneira de honrar e glorificar a Deus e a Cristo é obedecendo.

Através do profeta Samuel, Deus ordenou a Saul, rei de Israel:  “Fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, nada lhe poupes…” Saul e o povo de Israel feriram os Amalequitas, mas pouparam a Agague (rei dos Amalequitas) e às ovelhas e bois. Quando Samuel repreendeu a Saul por esta desobediência, o rei justificou-se:  “…o povo tomou do despojo ovelhas e bois… para oferecer ao Senhor…  Porém Samuel disse:

“Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua Palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar…” (I Sm 15.3,9,21,22).

Diríamos hoje: Obedecer é melhor do que belos cultos, liturgias elaboradas, louvor de primeira, eventos sociais caridosos, dízimos e ofertas generosas, templo bonito…  De fato, Jesus disse aos seus discípulos: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando” (Lc 6.46).  E João escreveu: “Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso…” (I Jo 2.4).

A leitura, o estudo e o ensino da Bíblia só têm proveito quando:

1. Aprendemos os mandamentos de Deus e de Cristo.

Deus não muda (Ml 3.6). Sua vontade para nós hoje é a mesma revelada ao seu povo no passado distante. Ele não atenuou suas exigências, não rebaixou seus padrões. Os Dez Mandamentos, dados no Sinai, e muitos outros (exceto os cerimoniais e específicos para Israel), assim como o Sermão do Monte e todos os demais ensinos de Cristo são também para nós, neste século XXI.

2. Reconhecemos que somos incapazes de obedecer.

Em seguida à dádiva dos Dez Mandamentos, no Sinai, Israel disse a Moisés: “Tudo o que o Senhor falou, faremos” (Êx 19.8). Não fizeram. Inúmeras vezes Israel prometeu obedecer ao Senhor, mas falhou sempre. Nós também falhamos. É muito difícil obedecer aos mandamentos de Deus e de Cristo. Na verdade, é impossível… sem a ajuda do próprio Deus. Paulo experimentou esta dificuldade ou impossibilidade no começo, provavelmente antes de se converter a Cristo: “Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço…” (Rm 7.19-23).

3. Descobrimos que Deus mesmo proveu a ajuda de que necessitamos.

Tendo reconhecido o seu conflito interior e sua dificuldade para obedecer à lei de Deus, Paulo acrescentou: “Desventurado homem que sou! quem me livrará…? Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor!” (Rm 7.24-25). Por que?  Porque, por um lado, Cristo obedeceu à Lei por nós. Sua justiça (completa obediência) nos é imputada, ou seja, é creditada em nossa conta (Rm 4.6-8). Somos justificados pela fé nele (Rm 3.22-24; 5.1). Por outro lado, Cristo, pelo Espírito Santo, capacita-nos para a obediência. “Não que por nós mesmos sejamos capazes…; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus“ (II Co 3.5). E mais: “…se alguém está em Cristo, é nova criatura…” (II  Co 5.17).  Se estamos “em Cristo”, somos “Filhos de Deus” (Jo 1.12), e “filhos da obediência” (I Pe 1.14).

4. Deus mesmo nos encoraja a obedecer.

Primeiro com uma promessa, depois com uma advertência:

“Se atentamente ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo o cuidado de guardar todos os seus mandamentos… virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos… Se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos… então virão todas estas maldições sobre ti, e te alcançarão…” (Dt 28.1ss, 15ss. Ver Êx 20.5-6).

O salmista sabia disto quando falou bem da Lei e dos mandamentos de Deus, e acrescentou:  “… em os guardar, há grande recompensa” (Sl 19.11).  A obediência purifica as nossas almas (I Jo 1.22); garante resposta às nossas orações (Jo 15.7; I Jo 3.22);  Cristo manifesta-se de modo especial àqueles que o amam e guardam os seus mandamentos (Jo 14.21). O crente que obedece a Deus e a Cristo vive uma vida abençoada e feliz, e pode contar com galardões na eternidade (I Tm 4.7-8).

5. Obedecendo, chegamos a amar profundamente os mandamentos de Deus.

Estas promessas, e, sobretudo, o caráter bondoso, misericordioso e amigo de Deus, nosso Pai, e de Cristo, nosso Salvador, levam-nos a amar profundamente os seus mandamentos. E por que não? “Os seus mandamentos não são penosos” (I Jo 5.3). Sua vontade para a nossa vida é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2).  Não há porque não confiar e obedecer!  (Sl 37.3-4). O homem que teme ao Senhor “se compraz nos seus mandamentos” (Sl 112.1).  E diz:  “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! (Sl 119.97). “Agrada-me fazer a tua vontade, ó meu Deus…” (Sl 40.8).

Apreciamos assim a vontade de Deus para a nossa vida? Amamos a Bíblia? Lemos a Bíblia regularmente? Ouvimos as pregações com interesse? Obedecemos?

 

Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

 

 

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