I Tssal – X. A vontade de Deus (5.16-18).

Estudo X. “Esta é a vontade de Deus…” ( I Ts 5.16-18).

Estes versículos contém três exortações breves seguidas de um pequeno comentário que aplica-se às tês:

• “Regozijai-vos sempre”
• “Orai sem cessar”
• “Em tudo dai graças”

E isto porque “ESTA É A VONTADE DE DEUS…”

No estudo anterior, comentamos a primeira destas exortações. Neste estudo, consideraremos as outras duas.

1. “Orai sem cessar”. v. 17.

Esta é uma injunção comum nos escritos de Paulo (Rm 12.12; Ef 6.18; Cl 4.2; II Ts 3.1). O apóstolo não somente recomendava aos crentes que orassem, mas orava ele próprio, com instância (Rm 1.9-10; Fp 1.34; Cl 1.9; I Ts 1.2-3). Orava “sempre”, “incessantemente”, “sem cessar”. Isto significa que ele não se confinava a um ou dois horários fixos de oração, mas orava a toda hora, em todas as oportunidades, muitas vezes por dia.

Podemos e devemos ter um horário definido de oração. Paulo não diz nada em contrário. Mas recomenda: ”Orai sem cessar”, em todas as oportunidades… Vivei em tal comunhão com Deus que a oração, quer falada, quer silenciosa, sempre seja fácil e natural.

Posto que, logo em seguida, o apóstolo recomendará a oração gratulatória, entendemos que aqui, no v. 17, ele está pensando na petição por ele mesmo e na intercessão pelos outros. A oração renova as nossas forças no meio das muitas dificuldades que enfrentamos cada dia. Ler SI 86.1•7.

2. “Em tudo dai graças”. v. 18a.

Essa exortação também é comum nas epístolas de Paulo (Ef 5.20; Cl 3.16; II Co 4.15; FP 4.6; etc.). E, nisto também, o apóstolo dava o exemplo (Rm 1.8; I Co 1.4; Ef 1.16; FP 1.2; Cl 1.3; I Ts 1.2; 2.13).

Paulo exorta: “Em tudo dai graças…” Isto quer dizer: “Dai graças em toda e qualquer circunstância”. 

Pollyana gostava de fazer o “jogo do contente”. Esforçava-se por estar contente em toda e qualquer situação, imaginando que algo pior poderia ter acontecido. Por exemplo: “Posso estar contente mesmo tendo uma pema quebrada, porque poderia ter tido duas pernas quebradas”. 

A atitude de Paulo, porém, é diferente. Ele encoraja o crente a crer que até mesmo as adversidades têm um propósito benéfico (Rm 8.28; Tg 1.2-4). Além disso, o crente em comunhão com Cristo, tem, nEle, uma fonte inesgotável de alegria (Is 12.2-3).

Não importa quais sejam as circunstâncias, o cristão deve poder dar graças a Deus, não pelas circunstâncias difíceis propriamente, mas pelo uso que Deus faz das mesmas para o nosso crescimento espiritual (Rm 8.28) e, sobretudo, pela salvação e ajuda que temos em Cristo.

3. “Esta é a vontade de Deus…” V. 18b.

Deus quer que seus filhos regozijem-se sempre, orem sem cessar e dêem graças por tudo. É possível, é bênção! 

Éber César (eberlenzcear@gmail.com)