A graça do Natal
Luzes, ornamentos, músicas, família, festas, presentes… Natal é só isso? Que palavra o descreveria melhor? Os anjos que anunciaram o nascimento Jesus aos pastores de Belém falaram de alegria e paz: “Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria… Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens…” (Lc 2.10,14).
Contudo, há uma outra palavra no vocabulário natalino, uma palavra muito importante e que raramente é usada no contexto do Natal. Essa palavra é GRAÇA. Referindo-se à encarnação ou nascimento de Jesus, o apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios: ”Vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza, vocês se tornassem ricos” (II Co 8.9). Todas as bênçãos relacionadas com o Natal são um subproduto dessa graça. À parte da mesma, não há alegria, paz, perdão, salvação.
1. A fonte da graça é Jesus.
”Vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo…” Não a graça de Moisés: “A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo” (Jo 1.17). Não a graça de João Batista: “Ele veio como testemunha, para testificar acerca da luz [Jesus]… Ele próprio não era a luz…” (Jo 1.7). Não a graça de Maria. Ela foi receptáculo da graça: “Alegra-te, agraciada! O Senhor está com você” (Lc 1.28). Jesus é a única fonte de graça!
2. A graça custou muito.
”Vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês …” O Natal e a vida de Jesus foram pobres, mas porque ele se fez pobre. Ele nasceu num contexto de extrema pobreza e viveu uma vida simples. Não tinha “onde reclinar a cabeça”. Limitou-se ao nosso espaço-tempo, percorreu nossos caminhos… Mais que tudo isso, assumiu a culpa dos nossos pecados e pagou por eles na cruz! Tudo por amor!
3. O propósito da graça.
”Vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza, vocês se tornassem ricos”. Muitos relutam em reconhecer a própria pobreza espiritual. Quando a admitem, tentam superá-la por si mesmos. Mas as verdadeiras riquezas não são adquiridas com dinheiro, cartões de crédito ou boas obras. Elas são graça, favor imerecido, bênçãos de Deus. Crentes e descrentes recebem muitas graças (graça comum). Sendo benigno, Deus “faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Todavia, há riquezas espirituais de inigualável valor que são dadas somente aos que creem em Cristo e o recebem como seu Salvador e Senhor. “Bendito seja o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais… Nele temos a redenção… o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus…” (Ef 2.3,7)
Então, graça é a palavra mais importante do Natal. E esse é um dos versículos que melhor explicam o significado do nascimento de Jesus. Já o decorou? ”Vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo …” (II Co 8.9). Reflita sobre isto neste Natal!
Pr. Éber Lenz César (19/12/19)