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Namore pra valer

Namore pra valer

Alguns, quem sabe, vão achar que o que vou dizer em seguida é antiquado, ultrapassado, caído, #fail… Mas eu encaro. Afinal, estou amparado na Palavra de Deus e na experiência!

Talvez porque eu só tive uma namorada, e  desde os meus 19 anos até hoje (estou com 82!), eu penso que todo namoro deve ser levado a sério. Geralmente começa com uma amizade especial, que evolui para um amor apaixonado e promessas… Se é amor verdadeiro, ainda que inicial e a confirmar, não começa com uns amassos e uma transa…

Não estou dizendo que os namorados têm que se casar, forçosamente. Namoro é como um ensaio, ensaio de um dueto que promete ser muito lindo. Não se ensaia por ensaiar, sem perspectiva de uma apresentação. No ensaio, os dois afinam ou não. Se não afinarem, se não conseguirem a desejada harmonia, de jeito nenhum, é melhor cancelar o concerto. Mas sem brigas, sem machucar, sem traumas… se possível! Todavia, começando bem – como eu disse, por amor e com oração, a tendência é afinar… Tendência, não garantia.

Quando eu digo ensaiar, refiro-me ao exercício do amor, do bom relacionamento, e às descobertas relativas à personalidade, aos valores, às prioridades, aos planos e à fé, um do outro. Mesmo contendo custosamente os desejos internos e remando contra a maré externa, é prudente e mais correto não incluir nesta fase o que todos mais querem: sexo. A união sexual é tão séria, tão envolvente, tão comprometedora, tão exclusiva, tão boa, que Deus a reservou para o casamento!  Então, e somente então, “deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24. Repetido por Jesus em Mt 19.5). Cada palavra é importante. No contexto pós-moderno, enfatizo homem e mulher. 

Não quero terminar sem dizer uma palavra aos casados, sejam recém-casados ou casados há muito tempo, como eu (57 anos de casamento; 63 de namoro): Namore sua esposa (seu marido). A familiaridade, o conhecimento crescente (muitas vezes decepcionante), a rotina e o desgaste conspiram contra o amor, o afeto, o romance, o sexo e o próprio casamento. Não deixe que isso aconteça!

Palavras mágicas e salvadoras:

  • paciência,
  • altruísmo,namorados adultos
  • compreensão,
  • afeto,
  • carinho,
  • humildade,
  • perdão,
  • abraço,
  • beijo,
  • sexo…

Que coisa! É preciso dizer aos jovens namorados, ainda solteiros: “Ei, não abracem tanto! Não…”  Mas, ao que parece, aos casados, muitas vezes, é preciso dizer o contrário: “Ei, conversem mais, abracem mais, beijem mais, façam mais sexo (com o cônjuge, bem entendido)!” E não interprete fora do contexto e erradamente as palavras do Eclesiastes: “Há tempo de abraçar e de afastar-se de abraçar…” (Ec 3.5). Nem cante fora de hora e contexto esse verso antigo: “… tu no teu cantinho, e eu no meu!”

Solteiros e casados, Deus abençoe seu namoro!

Pr. Éber Lenz Cesar, eberlenzcesar@gmail.com.

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