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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Adolescente, leia esta!

Adolescente, leia esta!

Costuma-se dizer que adolescência é a fase mais difícil da vida… Que fase!!! Não sei se para os próprios ou se para seus pais. 

O que tem de especial na adolescência são estas transformações físicas, emocionais, psicossociais e espirituais que acontecem todas ao mesmo tempo e tão depressa. Por isso, os pais destes jovenzinhos precisam ser sábios, compreensivos, pacientes e amorosos. E os adolescentes precisam de uma referência, um bom exemplo. Não tem exemplo melhor do que o do adolescente Jesus, ele mesmo, o filho de José e Maria, o Filho de Deus encarnado, pés no chão. A Bíblia conta apenas um episódio de sua adolescência. Leia Lucas 2.42-52, e veja o seguinte:

O adolescente Jesus frequentava a Sinagoga, que incluía adoração e estudo da Palavra de Deus.

Seus pais o levaram ao templo de Jerusalém quando ele ainda era bebê (Lc 2.22ss) e, depois, todos os anos, às celebrações da Páscoa (Lc 2.41). Criado em Nazaré, Jesus frequentava a Sinagoga, com os pais. Está escrito que este era seu costume (Lc 4.16). Pode-se dizer que ele foi criado na igreja. Que diferença isso fez em sua vida!

O adolescente tem que divertir-se, passear com os colegas, encher o celular e estudar, mas sua agenda deve ter como prioridade a adoração, o estudo da Palavra de Deus e a oração.

O adolescente Jesus ouvia os mais velhos.

Os adolescentes falam muito quando enturmados (e que algazarra gostosa!). Mas geralmente eles não têm papo com os pais, muito menos com os mais velhos. Seria porque pensam que estes não falam sua “língua”? Estão ultrapassados? São cringe?

Os pais do adolescente Jesus, pensando cada um que o mesmo estava com o outro, deixaram-no para trás. Aflitos, voltaram à sua procura. Onde o encontraram? “… assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os” (Lc 2.46). E olha que ele próprio, Jesus, sabia muito: “… todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas” (v. 47). Mas Jesus valorizava o conhecimento e a experiência dos mais velhos. O adolescente não pode esquecer que seus pais e outros mais velhos já foram adolescentes, alguns já tiveram filhos adolescentes e já vivenciaram duas vezes a problemática, melhor dizendo, a espontaneidade, alegria e questionamentos dessa idade. Certamente têm algo a dizer. Por que não lhes perguntar? Os pais de Jesus “o acharam… no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os”. Não será essa a melhor maneira de resolver estas dúvidas todas que vocês têm, queridos adolescentes? Perguntar não custa!

O adolescente Jesus amava a Deus.

Quando seus pais o encontraram e lhe falaram de sua aflição, enquanto o procuravam, Jesus lhes disse: “Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?” (v.49). Cara, você é filho de Deus, ele o ama, tem planos maravilhosos para você, quer vê-lo feliz! A melhor coisa que você pode fazer, a mais proveitosa, é tomar algum tempo cada dia para estar com Deus, ler sua Palavra e conversar com ele, em oração. Ele o entende melhor do que ninguém. Nos domingos, vá a uma boa igreja, frequente uma classe de adolescentes e ouça a pregação. Na escola, você acompanha (ainda que mais ou menos…) aulas de Matemática,  Física, Literatura… Por que não uma aula de Escola Bíblica Dominical e uma pregação bíblica? Certo divertir-se com os amigos, celulares, video-games, e outras muitas coisas, mas você concorda que isso não é exatamente isso que lhe vai lhe dar um bom direcionamento para a vida? “Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que…” (Ec 12.1ss).

O adolescente Jesus obedecia aos pais.

Os pais de Jesus certamente ficaram felizes quando o encontraram no templo, papeando com os doutores, mas precisavam seguir viagem para Nazaré. “Filho, a gente tem que ir!”Então foi com eles para Nazaré, e era-lhes obediente” (Lucas 2. 51). Não admira que o verso seguinte acrescente: “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens”. 

Como é difícil obedecer! Quantas desculpas para não fazer o que os pais ou os educadores mandam ou pedem! Quanta rebeldia nestes tempos difíceis em que vivemos! A rebeldia inclui negligência nos estudos, uso abusivo do celular e do computador, hora de chegar em casa, más companhias, namoro escondido, músicas que induzem à promiscuidade sexual (são mesmo músicas?) etc.

Hoje em dia, muitos adolescentes, senão a maioria, enfrentam seus pais em casa e os professores na escola e na igreja; são agressivos, desaforados. Há os que pintam o cabelo de vermelho, azul, verde ou com todas essas e outras cores ao mesmo tempo; fazem cada penteado! Usam roupas rasgadas, tatuam o corpo, colocam piercing… Tudo bem. Não é importante, a menos que seja para provocar, para exibir uma independência que não têm e que, no fundo, nem querem ter. Será que tudo isso é só uma questão de gosto, de imitação e modernidade? 

”Eu sou mais eu!” é mentira! Pode ser que essa aparência radical nem seja rebeldia, mas um pedido de socorro: “Por favor, olhem para mim, me dêem atenção, me amem, me ajudem!” 

Há adolescentes que não forçam a barra, que não chamam a atenção para si, mas que estão igualmente necessitados de atenção, amor e ajuda, talvez até mais. Os pais de adolescentes e jovens devem avaliar essas possibilidades, prestar atenção. Os adolescentes, por sua vez, precisam saber que seus pais ou responsáveis os amam e estão tentando protegê-los!

É certo que os pais não devem provocar seus filhos à ira, como recomendou o apóstolo Paulo (Efésios 6.4). Por outro lado, o primeiro mandamento com uma promessa especial de bênção e vida longa é: “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa…” (Êx 20.12). 

Já faz muito tempo… Mas eu já fui adolescente, sabia? Escrevo com algum conhecimento de causa e com carinho…

Pr. Éber César

Brasília, 07/07/2021

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