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Pergunta constrangedora

Pergunta constrangedora

Jesus fez muitas perguntas aos seus ouvintes; e estes também lhe fizeram perguntas. Um certo escritor chegou a listar 307 perguntas feitas por Jesus e registradas nos evangelhos, e 183 perguntas que lhe fizeram. Curioso é que, destas, Jesus respondeu a apenas três. John Marshall, um Bispo Católico, listou 100 perguntas feitas por Jesus e recomendou que as lêssemos atentamente, meditando em cada uma; respondendo-as, se possível…

Qual pode ter sido a mais incômoda, embaraçosa ou constrangedora pergunta de Jesus? Bem pode ter sido esta que encontramos em Lc 6.46:

“Por que vocês me chamam ‘Senhor! Senhor!’, e não fazem o que eu digo?” (NVT). Em outras palavras: “Ou vocês começam a fazer o que eu lhes digo ou parem de me chamar ‘Senhor!’”. 

Quão facilmente dizemos “Senhor” quando oramos, cantamos ou aconselhamos, e, todavia, sem nos conscientizarmos do que realmente esse título significa. Cantamos “Tua vontade faze, ó Senhor…” (Hinário Evangélico 270) e continuamos a fazer a nossa própria vontade. Jesus quer que os nossos atos comprovem a sinceridade ou autenticidade da nossa confissão de fé.

O Senhor primeiro…

Jesus muitas vezes dizia a este ou aquele dentre seus ouvintes: “Vem! Siga-me!” Um deles lhe disse: “Senhor, deixe-me primeiro sepultar meu pai”. Um outro lhe respondeu: “Senhor, eu o seguirei, mas deixe que antes me despeça da minha família” (Lucas 9.59-61).  Você vê. Estes homens chamaram Jesus de “Senhor” e, todavia, colocaram seus interesses em primeiro lugar. E não se está dizendo que não eram legítimos). Mas é contraditório!  Se Jesus é SENHOR, ele tem de estar em primeiro lugar, até porque sob seu senhorio ou comando, com sua bênção, tudo o mais melhor será feito. 

Jesus Cristo é Salvador e Senhor!

Os evangelhos e o restante do Novo Testamento nos ensinam claramente que Jesus é o nosso SALVADOR e também o nosso SENHOR! Muitos confiam que estão salvos pela fé em Cristo, alegram-se com isso, mas não se submetem decidida e praticamente ao seu Senhorio. Não faz sentido. Pois Jesus nos salvou não somente para nos garantir o céu, depois da morte, mas também para transformar e conduzir nossa vida antes da morte. A primeira “bênção” não é maior que a segunda!  O apóstolo Paulo escreveu:

“Aquele que está em Cristo se tornou nova criação. A velha vida acabou, e uma nova vida teve início!” (II Coríntios 5.17). 

E tem mais: Não está realmente salvo aquele que diz crer em Jesus como seu Salvador e, todavia, não se submete ao seu Senhorio! E não basta dizer “Senhor!” formalmente, religiosamente. É preciso submeter-se de fato, praticamente; conhecer e praticar seus ensinos; fazer sua vontade!  Daí a pergunta de Jesus:

“Por que vocês me chamam ‘Senhor! Senhor!’, e não fazem o que eu digo?” 

Veja como isto é sério. Certa vez Jesus disse:

“Nem todos que me chamam: ‘Senhor! Senhor!’ entrarão no reino dos céus, mas apenas aqueles que, de fato, fazem a vontade de meu Pai [que é a de Jesus]. No dia do juízo, muitos me dirão: ‘Senhor! Senhor! Não profetizamos em teu nome e não realizamos muitos milagres em teu nome?’ Eu, porém, responderei: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que desobedecem à lei’.” (Mt 7.21-23). 

Lei escrita nas tábuas do coração.

Falando de obediência à lei e aos ensinos de Jesus, precisamos fazer uma distinção, ainda que muito superficialmente. Em Jeremias 31.33ss, lemos uma importante profecia sobre uma “nova aliança” que Deus faria com o seu povo. Na “velha aliança”, a  do Velho Testamento, a Lei de Deus era “escrita em tábuas de pedra”, as que foram entregues a Moisés, no Sinai. O trato ou aliança era: Deus manda, o povo obedece. A Lei lhes era imposta de fora, objetivamente.  Nanova aliança”, a do Novo Testamento, por razão da obra salvadora e santificadora de Jesus e, então, a do Espírito Santo, a lei seria escrita nas “tábuas” da mente e do coração. “Esta é a nova aliança que farei com o povo de Israel [igreja, no Novo Testamento]… Porei minhas leis em sua mente e as escreverei em seu coração…” (v.33). A Lei de Deus, assim como os ensinos e mandamentos de Jesus, não nos são impostos como obrigação e visando nossa salvação: Obedece ou está perdido! Não! A salvação nos é dada por amor e graça, quando cremos em Jesus, e isto ”independentemente das  obras da lei” (Romanos 3.28). Posteriormente à salvação, ou concomitantemente com a mesma, nos submetemos ao Senhorio de Jesus, o Senhor, e o obedecemos de bom grado, de coração e por gratidão. Para tanto, temos a inestimável ajuda do Espírito Santo! É outra coisa!

Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.cr)

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