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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Compromisso

Compromisso

 Como é difícil, hoje em dia, as pessoas terem, de fato, compromisso. Haja vista a superficialidade e o descomprometimento nas relações amorosas, incluindo namoro, noivado e casamento. O namoro virou “ficar” com um(a) ou com  outros(as); muitos casamentos são desfeitos ainda nos primeiros anos. Muitos jovens e adultos nem se casam mais, formalmente, compromissadamente. Combinam viver juntos… até quando der.

E o que dizer das relações eclesiásticas? Entre os católicos, a maioria se diz não praticante (o mesmo que não comprometida). Algumas igrejas ditas evangélicas, ao que parece, reúnem multidões seduzidas com promessas de prosperidade e saúde, não necessariamente comprometidas com a doutrina, a ética e a missão cristã. Mesmo fazendo uma declaração pública de sua fé em Cristo (o que geralmente inclui promessa de frequência, cooperação e fidelidade), muitos crentes são meros espectadores em suas igrejas, sem compromisso algum com os ministérios e a missão da igreja no mundo. Tantos mudam de igreja por qualquer motivo.

No transcorrer do meu pastorado, em várias igrejas, sempre houve quem me procurasse, depois de algum tempo visitando a igreja, para me dizer algo assim: “Pastor, eu gostaria de me tornar membro de sua igreja, mas eu não quero assumir nenhum compromisso. Pode ser assim?” Não, não pode! É contraditório, senão impossível.

Muitos não chegam assim avisando, mas logo se percebe que essa é sua intenção. São, como se diz, crentes de banco de igreja. Resultado: rotatividade e/ou bancos vazios. 

É justo mencionar que algumas igrejas locais, por sua frieza ou, ao contrário, por seu fogo descontrolado, por sua teologia espúria e por sua incoerência, não encorajam seus membros a ali permanecerem, compromissadamente. Que estes, então, com oração, busquem uma igreja que os edifique e os motive ao serviço cristão.

Os descompromissados sem causa alegam ser de maior importância a “liberdade” ou o “direito” que as pessoas têm de seguir ou não com um relacionamento, permanecer ou não numa comunidade, participar ou não de um trabalho. Dizem até que eles são mais “fortes” assim. Será? Ao final de algum tempo, percebe-se que não.

Que força ou solidez pode ter um casamento quando marido e mulher sentem-se “livres” para romper os “sagrados laços” que os unem (se algum existe) porque se cansaram um do outro, porque descobriram que são muito diferentes um do outro, porque surgiram outros interesses, porque pintou uma nova paixão?

Que força existe numa igreja cujos membros não têm real interesse de frequentar os cultos de adoração, as reuniões de oração, os Grupos de Estudo Bíblico e Comunhão com os irmãos em  Cristo? Que triste quando os pastores e o remanescente fiel e comprometido têm que implorar a presença e colaboração dos descompromissados!

Na época de Jesus também houve muitos que se dispuseram a segui-lo… sem compromisso. Jesus precisou lembrar a alguns que segui-lo para “obter vantagens” seria decepcionante; a outros, lembrou que o compromisso com o Senhor é prioritário e os que “põem a mão no arado” não devem olhar para trás (Lc 9.57-62).

André Sanches, presbítero, líder de louvor e professor de Escola Bíblica Dominical de uma igreja presbiteriana em Ribeirão Preto, escreveu no site www.esboçandoideias.com:

“Um homem comprometido com sua esposa é capaz de honrá-la […] e resistir a todas as ofertas de quebra de compromisso que lhe são apresentadas […]. Um jovem podem manter a sua virgindade quando está comprometido com valores bíblicos e espirituais, mesmo quando chamado de alienado pela sociedade e esteja sendo pressionado pelos apelos hormonais fortíssimos da idade. Um cristão consegue ser feliz em meio à dor, pois seu compromisso com Deus lhe assegura que o Pai está ali com ele […].  

“Eu gostaria que você, leitor, pensasse sobre seus compromissos de vida. Quais são seus compromissos com Deus, com a pureza, com a sociedade, com seus semelhantes?

“Jesus Cristo é nosso maior exemplo do poder de um compromisso. O compromisso dele com a missão de ser nosso Salvador fez com que ele resistisse às tentações, olhasse os rejeitados com amor, cumprisse tarefas, não pecasse, resistisse à dor […].

“Não seja um descompromissado. Firme compromissos sérios e cumpra-os!  Fortaleça a sua vida com compromissos que valham a pena […]” 

Pr. Éber César, 2012. eberlenzcesar@gmail.com

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