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Creio na ressurreição de Jesus!

Creio na ressurreição de Jesus!

Por mais de dois mil anos, os cristãos de todo o mundo celebram a ressurreição de Jesus Cristo na chamada Semana Santa ou Páscoa.

Acreditamos mesmo que Jesus voltou do mundo dos mortos três dias após sua crucificação? Ou apenas recitamos o Credo Apostólico, formalmente, por tradição? Sobre Jesus, sua vida, morte, ressurreição e ascensão, o Credo diz:

“… Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à mão direita de Deus Pai Todo-poderoroso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos… ”

A ressurreição de Jesus foi, sem dúvida alguma, o maior de todos os milagres. Conquanto haja boas evidências de sua historicidade, nem todos os argumentos do mundo convencerão o cético. Será sempre uma questão de fé.

Todavia, para fortalecer a fé dos que a têm, os estudiosos da Bíblia costumam lembrar que:

a) O sepulcro onde o corpo de Jesus foi colocado por José de Arimatéia foi encontrado vazio quando Maria Madalena e outras mulheres foram embalsamá-lo “no findar do sábado, ao entrar o primeiro dia  da semana”.

Um anjo lhes disse: “Não temais; porque sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como havia dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mt 281-6). Hoje, os turistas que visitam o Santo Sepulcro podem ver uma placa na porta do mesmo, com estas significativas palavras, em inglês: “He is not here, for he is risem” (“Ele não está aqui; ressuscitou”).

b) Os judeus que rejeitaram a Jesus e o entregaram para ser morto,  temendo que os discípulos de Jesus roubassem seu corpo e depois dissessem que ele tinha ressuscitado, pediram às autoridades romanas que colocassem guardas à entrada do sepulcro, o que foi feito (Mt 27.62-66).

Em algum momento daquela noite de sábado para domingo, houve um tremor de terra, um anjo desceu do céu, removeu a pedra que fechava o sepulcro e assentou-se sobre ela. “O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve. Os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivesse mortos” (Mt 28. 2-4). Quando o dia amanheceu, esses mesmos guardas contaram aos sacerdotes judeus o que tinha acontecido. Mas os sacerdotes os subornaram “recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos (Mt 28.11-13). Não tinha o menor cabimento, primeiro porque os discípulos, depois da morte de Jesus, trancaram-se em casa com medo dos judeus (Jo 20.19); e depois, com essa mentira, os guardas romanos estariam confessando negligência no cumprimento do seu dever, e estariam em sérios apuros… Acrescente-se que o corpo de Jesus nunca foi encontrado, nem no filme “O Corpo”, estrelado por Antônio Bandeiras, 2001. Seria o fim do Cristianismo, como bem sugere o referido filme.

c) Por fim, devemos lembrar que os discípulos de Jesus, cheios de medo, como dissemos, ficaram também profundamente frustrados, decepcionados e tristes com a morte de Jesus,  e com o que lhes pareceu ser o fim de suas esperanças messiânicas.

Todavia, depois da ressurreição, depois que Jesus lhes apareceu vivo, repetidas vezes, e até lhes mostrou as cicatrizes da cruz, eles se tornaram ousados pregadores do evangelho, dando ênfase ao significado da morte expiatória de Cristo na cruz e à gloriosa notícia de sua ressurreição. Logo em seguida ao Pentecostes, cheio do Espírito Santo, Pedro, por exemplo, disse aos judeus:

“Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais… sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela… A este Jesus Deus o ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas… Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2.22-14, 32, 36).

Todos os 12 apóstolos e muitos outros cristãos, daquela época e séculos posteriores foram martirizados por essa fé e pregação. Alguns ainda o são, em certos países. Cremos na Ressurreição? Temos a mesma disposição e coragem para proclamá-la e explicar o que significa?

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Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

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