Bendita presença
Alguma vez, por algum motivo, você teve vontade de desistir da vida? Já quis afastar-se da igreja ou mesmo fugir de Deus? Fugir de Deus? Impossível…
Deus ordenou ao profeta Jonas que fosse pregar a Palavra em Nínive. Jonas não quis e “embarcou para Tarsis, a fim de fugir do Senhor” (Jn 1.3-4). Que tolice! Acaso Deus não estaria em Tarsis?
O salmista orou:
“Senhor, tu me vês […] sabes tudo que faço […] não há como fugir da tua presença” (SI 139.3,7).
Deus é onipresente, está em todos os lugares, o todo o tempo. Ele mesmo disse:
“Acaso, sou Deus apenas de perto […]. Não sou Deus também de longe? Pode alguém se esconder de mim onde eu não veja? Não estou em toda parte, nos céus e na terra?” (Jr 23:23-24).
A onipresença de Deus requer de nós uma santa reverência, o chamado “temor do Senhor”. Ele ouve tudo o que dizemos e vê tudo o que fazemos. Assustador? Sim, pois ele é justo Juiz. Porém, é também um grande conforto, pois ele é Pai amoroso que corrige, perdoa e ajuda (Hb 12.6).
Deus está conosco no trabalho, nas adversidades e no perigo. Quando chamou Moisés e o mandou de volta ao Egito para libertar os Hebreus, ele lhe prometeu: “Eu estarei com você!” (Êx 3.12). Quando Moisés passou a liderança de Israel para Josué, ele o encorajou, e ao povo, dizendo: “Não tenham medo! O Senhor seu Deus irá adiante de vocês. Ele não os deixará nem os abandonará” (Dt 31.6). O autor da carta aos Hebreus citou parte deste versículo, quando advertiu. “Não amem o dinheiro […]. Porque Deus disse: ‘Não o deixarei; jamais o abandonarei’” (Hb 13.5, 6).
Deus está conosco até mesmo no leito de morte. Como Davi, podemos orar: “O Senhor é meu Pastor […]. Mesmo quando eu andar pelo vale escuro da morte, não terei medo, pois tu está ao meu lado” (SI 23.1,4).
A onipresença de Deus é real e inescapável, ao mesmo severa e graciosa. Não sejamos insensatos e tolos como Jonas, tentando fugir dessa bendita presença, com medo ou por termos pecado. Nem a ignoremos, distraídos com tantos outros interesses. Porque “em sua presença há plenitude de alegria” (Sl 16.11, RA).
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