Nós confiamos em Deus
Neste domingo, estaremos elegendo nossos governantes. Os eleitores estão polarizados. Muitos confiam cegamente num dos presidenciáveis; muitos em algum outro. E há os que não confiam em nenhum deles. Qualquer que seja o resultado, quisera eu que todos nos apropriássemos desta declaração impressa na moeda americana: “In God we trust” (Nós confiamos em Deus).
Tem-se dito, à exaustão, que o Estado é laico, que religião e política não se misturam. Certo. Todavia, como cristãos que confiam em Deus, entendemos ser ideal, necessário mesmo, que os governantes, individualmente, sejam íntegros, e governem a nação “no temor do Senhor”, humildemente buscando a direção e a bênção de Deus. Ou Deus não tem nada a ver com isso?
O trato de Deus com seu povo Israel, no Velho Testamento, e com a Igreja no Novo Testamento foi e é diferenciado. Todavia, os reis de Israel eram bem ou mal sucedidos na medida em que obedeciam a Deus e buscavam sua bênção. Além disso, tinham que ser líderes fortes e competentes. Mas isso também é dádiva de Deus. Ou não?
Num outro contexto, pagão, o apóstolo Paulo escreveu: “Recomendo que sejam feitas orações […] em favor dos reis e de todos que exercem autoridade […]” (I Tm 2.1-2). Estado e Igreja são distintos, mas a igreja intercede pelos que governam o Estado. Cristãos, se assim Deus os vocaciona, podem somar competência, integridade e bons serviços na política do Estado.
No ano em que morreu o rei Uzias (de Judá, parte sul de Israel), e a nação ficou na expectativa do que poderia acontecer, o profeta Isaías relatou uma visão: “Eu vi o Senhor. Ele estava sentado em um trono […]” (Is 6.1). É onde o Senhor sempre esteve e ainda está! Aconteça o que acontecer por aqui, Deus reina soberano. Ou ele faz acontecer, ou ele permite que os homens façam. E nós confiamos. Ele tem seus propósitos, sempre sábios e bons.
eberlenzcesar@gmail.com