Novos Começos

Novos Começos  (Proclamação da República)

Guerra do Paraguai, enfraquecimento da Monarquia, insatisfação dos militares, Proclamação da República (15/11/1889)… Não demorou, e mais insatisfação…

Crises, conspirações, novos começos, novas esperanças, novas insatisfações. O ciclo se repete… Falando em ciclo, lembro-me dos ciclos ocorridos em Israel, no tempo dos chamados Juízes. O governo ainda era Teocrático.

Josué, o líder que conduziu a conquista da Terra Prometida, no fim da vida, reuniu o povo e os desafiou:

“Temam o Senhor e sirvam-no de todo coração… Eu e minha família serviremos ao Senhor” (Js 25.14-15).

“Servir” aqui significa adorar e obedecer. O povo entendeu, e disse: “Serviremos ao Senhor nosso Deus, e obedeceremos somente a ele!” (v 24).

Não foi o que aconteceu. “O povo de Israel serviu ao Senhor durante toda a vida de Josué  e das autoridades  que morreram depois dele e que sabiam pessoalmente tudo que o Senhor tinha feito por Israel” (Js 24.31). Mas, “depois que aquela geração morreu… surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor nem tinha visto as grandes coisas que ele havia feito por Israel. Os Israelitas fizeram o que era mal aos olhos do Senhor…” (Jz 2.10-13). Resultado:  crise, ausência da bênção do Senhor! Então, o povo se arrependia, voltava-se para o Senhor e clamava.  O Senhor os ouvia, levantava um líder ou Juiz, e este, como instrumento de Deus, os libertava e os governava. Mas, morrendo o Juiz, o ciclo se repetia: pecado, crise, arrependimento, bênção… Sucessivamente. Que coisa!

Em que fase estamos como nação, desde a Proclamação da República? É tudo muito diferente. Nosso Governo não é Teocrático. É Democrático – do povo, através de seus representantes eleitos. Teocracia (religião) e Democracia foram oficialmente distinguidas e separadas desde a constituição de 1891. Isto, entretanto, não significa que os que creem em Deus e em Cristo, e escolheram “servir ao Senhor”, não possam influenciar o Governo e todas as áreas da sociedade. Sim,  se autênticos e prudentes, como indivíduos e igreja, podemos fazer diferença, evitar ciclos intermináveis de bênção e maldição! É o que estamos fazendo como cristãos e evangélicos?

 

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