Ataque ao Congresso, Brasília
A pequena igreja que pastoreio em Brasília é unida, amorosa, apegada à Palavra, e está crescendo espiritual e numericamente. Nossa gente é instruída. Vários deles trabalham em repartições do Governo. Eu e outros que pregamos não usamos o “púlpito” para externar opiniões políticas. Em particular, às vezes, trocamos ideias. Percebo poucas opiniões diferentes, mas priorizamos a paz, o amor, a unidade.
Falando por mim, discordo fortemente dessa reação de uma parte significativa da população ao resultado da eleição recente. Ontem, então, foi o clímax. Esse 8 de janeiro de 2023 será sempre uma página sombria, estarrecedora e vergonhosa da nossa história! Por motivo algum se justifica!
O que mais me entristece e estarrece é saber que tantos cristãos, e cristãos ditos evangélicos, e até pastores, se polarizaram a ponto de romperem relações com os que pensam diferente. E divulgam certas coisas!
Tenho minhas opiniões a respeito do ex-Presidente e do atual Presidente. Nesse clima acirrado somente as expresso em família ou com amigos bem chegados… e calmos.
Como cristãos, oramos pela eleição. Se oramos, é porque cremos em Deus, cuja vontade é “boa, perfeita e agradável” (Rm 12.2), Ou não? Devemos seguir o exemplo de Jesus, que orava assim: “Não seja como eu quero, e sim como tu queres… Faça-se a tua vontade” (Mt 26.39,42). Urnas, candidatos, fake news, ideologias… Será que Deus deixou pra lá, não deu conta, perdeu essa eleição?
Humanos e participantes que somos, podemos gostar ou não. Podemos nos preocupar, e, então, orar ainda mais. Como Paulo recomendou:
“Exorto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa… Isto é bom e aceitável diante de Deus…” (I Tm 2.1-3).
Não estou dizendo que este Governo será bom ou ruim, mas que Deus é Soberano, Poderoso, Sábio, Amoroso. Se confiamos, não tomamos as rédeas em nossas mãos, não acreditamos em tudo que ouvimos, não divulgamos fake news, não “crucificamos” autoridades e, sobretudo, não defendemos, não participamos de ações como as de ontem.
Espero que Romanos 13 ainda esteja na sua Bíblia:“… não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas… A autoridade é ministro de Deus para teu bem…” (Rm 13. Leia o capítulo).
Podemos ser usados por Deus para induzir, pressionar, conter, abrir os olhos de autoridades. Há meios legítimos, constitucionais e cristãos. Não conheço outro mais poderoso que a oração, o “sal da terra”, a boa cidadania!