Dia de Corpus Christi
Corpus Christi – O que pensam Católicos e Protestantes
Corpus Christi é uma festa que a Igreja Católica celebra na segunda quinta-feira após o Pentecostes. Eles confeccionam, nas ruas, longos tapetes com serragem e flores, e fazem alegres procissões. Qual é a origem e significado dessa celebração? E por que nós, evangélicos, não participamos da mesma?
Cerca de 300 anos antes da Reforma Protestante (XVI), havia na Igreja uma crescente preocupação com os aspectos formais e litúrgicos do culto, principalmente com a reverência na Eucaristia ou Santa Ceia. Então, uma abadessa agostiniana da Bélgica, alegando ter tido visões, pediu às autoridades que instituíssem uma festa em honra ao chamado “Santíssimo Sacramento”. Em 11 de outubro de 1264, o papa Urbano IV instituiu a festa do Corpus Christi. Essa celebração veio a ser uma espécie de adoração ao sacramento.
Corpus Christi é uma expressão latina que significa “Corpo de Cristo”. Jesus, quando instituiu a Santa Ceia, partiu o pão, e disse: “Isto é o meu corpo…” (Mt 26.26 etc.). A questão envolvida nessa expressão e no próprio sacramento é a seguinte: Trata-se de uma metáfora, símbolo do sacrifício de Jesus na cruz, ou o pão usado na Santa Ceia transforma-se em carne ou corpo de Cristo?
A Igreja Católica crê na transubstanciação: pão e vinho transformam-se em corpo e sangue de Cristo e, por isso são venerados ou mesmo adorados. Os evangélicos, entendem que a declaração de Jesus, “isto é o meu corpo”, é uma metáfora. Ensina três fatos a respeito da Santa Ceia:
- É celebrada em memória do sacrifício de Cristo.”Fazei isto em memória de mim” (I Co 11.24).
- Alimenta nossa alma: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna…” (Jo 6.54). O pão material alimenta nossos corpos, o “pão da vida” (Jesus), alimenta nossa alma.
- Fortalece nossa certeza de que Jesus voltará. “…todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (I Co 11.26).
A Eucaristia lembra o passado (morte de Cristo); enriquece o presente (comunhão com Cristo); fortalece nossa esperança num futuro glorioso (volta de Cristo).
Respeitamos quem o faz, mas não celebramos o Corpus Christi. Celebramos a Santa Ceia com sincera gratidão e santa reverência.