O Bar Mitzvah e o Shemá
O Bar Mitzvah e o Shemá
Há alguns anos, eu e minha esposa estivemos em Jerusalém. No Muro das Lamentações, presenciamos uma cerimônia judaica muito especial. Os judeus a chamam de Bar Mitzvah, expressão que significa filho do mandamento ou filho da lei. É a cerimônia que introduz o adolescente na maioridade religiosa e nas obrigações da Lei de Deus.
Como você pode ver na foto que fiz, um adolescente estava ali para o seu Bar Mitzvah. Paramentado a rigor, trazia na testa e no braço esquerdo os tefilin ou filactérios: duas caixinhas com pequenos pergaminhos com os textos da Torah (Escrituras Judaicas) que os judeus consideram mais importantes, principalmente Dt 6.4-9. No momento em que me aproximei, o adolescente lia esta passagem, claro, em hebraico. À sua volta, igualmente vestidos, vários mestres da Lei. O mais próximo parecia ser o pai do rapaz.
Eu não podia entender o que o jovem estava lendo, mas, vendo as caixinhas, deduzi que estava lendo o texto de Dt 6.4-9. Os judeus o chamam de Shemá Israel (Ouve, Israel): “Ouve, ó Israel O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor… de todo o seu coração… Que todas estas palavras que hoje te ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa…”
Ora, sabemos que as Escrituras Judaicas (Velho Testamento) e mais o Novo Testamento, são as Escrituras Cristãs. O Shemá pode ser “Ouve, ó cristãos; ouve, você que lê a Bíblia, que ouve sermões… Ame o Senhor de todo o coração! Que a Palavra esteja em seu coração, diante dos seus olhos (na testa e nos braços).
Já tivemos o nosso “Bar Mitzvah”, o nosso batismo; já fomos apresentados às Escrituras… Ou não? Agora é amar o Senhor e à sua Palavra!
(Resumido do meu livro NINGUÉM VIVEU COMO JESUS)