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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Por favor, me arranje uma imagem de Deus!

Por favor, me arranje uma imagem de Deus! 

Estávamos à porta, saindo para mais um culto dominical com os portugueses de Nelspruit, África do Sul. Então, correndo pelo jardim, esbaforido, um deles veio em nossa direção, quase gritando: 

Pastor, pastor, por favor, me arranje uma imagem de Deus… Preciso me confessar… Estou com uma ideia ruim na cabeça…  

Tentei acalmá-lo e explicar-lhe que não precisava de uma imagem para se confessar, para falar com Deus sobre o que o perturbava. Mas ele não se conformou: 

Então, eu vou mandar vir uma de Portugal… 

Eu lhe disse: Venha conosco para a igreja.  A gente conversa mais depois do culto. 

Providencialmente, eu havia preparado para aquela manhã uma palavra sobre os Dez Mandamentos. Falei sobre adoração sem imagens, oração em nome de Jesus etc.  Depois do culto, o homem voltou conosco para a nossa casa. Conversamos longamente. Que alma angustiada!

Ele era um refugiado da guerra de Moçambique. Nos dias anteriores à sua fuga, ele e alguns amigos foram encurralados por nativos moçambicanos…  Os nativos divertiam-se chutando a cabeça decepada de um português… (!!!).  O sangue ferveu e ele, que nunca tinha sequer batido numa pessoa, atirou para matar… Agora a culpa o consumia. Ele não me disse qual era a “ideia ruim que tinha na cabeça”, mas eu imaginei… 

Lembrei-lhe que Judas, cheio de remorso por ter traído a Jesus “retirou-se e foi enforcar-se” (Mt 27.3-5); mas Pedro, que negou a Jesus, arrependido,“chorou amargamente”, e foi perdoado (Lc 22.62). Eram as opções.

O homem começou a chorar… Convidei-o para se ajoelhar e orar. Ele achou que não conseguiria e pediu que eu orasse por ele. Quando nos levantamos, ele disse: “Eu vou em paz!”  Antes dele sair, dei-lhe um exemplar do folheto evangelístico “As 4 Leis Espirituais”. 

Dois dias depois, fui visitá-lo. Ele me disse que tinha lido o folheto com a esposa, e que ambos tinham orado entregando sua vida a Jesus. Estavam em paz, na certeza do perdão. Nas domingos seguintes, notamos que seu semblante era outro… 

Glória a Deus!

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