Dia de São João, Festa Junina
Fé e cultura
A Festa Junina, também chamada “São João”, surgiu na Europa, há centenas de anos. Antes mesmo da Idade Média, camponeses pagãos reuniam-se no solstício de verão no hemisfério norte (junho) para festejar o início da colheita e pedir proteção aos deuses.
Por que São João?
No começo, a Festa Junina não tinha relação com o Cristianismo. Posteriormente, a Igreja Católica assimilou a tradição, fazendo-lhe as devidas adaptações: as petições não seriam feitas aos deuses pagãos, mas, sim, aos santos da igreja, sendo João Batista o principal deles. De acordo com a Bíblia, João nasceu seis meses antes de Jesus (Lc 1.36 e contexto). Convencionou-se celebrar o nascimento de Jesus em 25 de dezembro; o de João, seis meses antes, em 24 de junho, na Festa Joanina ou Junina.
“São João” brasileiro
Essa festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses durante a colonização. Os indígenas brasileiros já realizavam rituais agrícolas em junho. Com a vinda dos Jesuítas, as festas se fundiram e os pratos passaram a utilizar alimentos nativos, como mandioca e milho.
João Batista
João pregou mensagens fortes e batizou os que se arrependeram de seus pecados. Batizou Jesus, não por isso, claro, mas porque Jesus assim o quis, por outros motivos. João preparou o caminho para Jesus. Por sua devoção, caráter, e pregação, ele foi “o maior dentre os nascidos de mulher”, nas palavras de Jesus (Lc 7.28). Porém, o próprio João disse a respeito de Jesus: “Não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias… Ele é o Filho de Deus” (Jo 1.27,34)
Respeitamos a cultura e a fé dos que celebram o “São João” e fazem petições a este e a outros santos. Todavia, embasados na Bíblia, cremos que Jesus é o “único mediador entre Deus e os homens” (I Tm 2.5), razão porque oramos unicamente a Deus, o Pai, e em nome de Jesus ( Jo 16.23).
Ah, se é tempo de milho e seus derivados, e você gosta, coma à vontade, pois “Deus os criou para serem recebidos com ações de graças…” (I Tm 4.1-3)