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Poucos e maus anos

Poucos e maus anos

 

Quando José, então Governador do Egito, trouxe seus familiares para aquela terra, o Faraó perguntou ao seu velho pai: “Quantos anos o senhor tem?” Jacó respondeu: “… cento e trinta anos; poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida” (Gn 47.7-9). Muito pessimista… e injusto.

Estaria se lembrando dos 20 anos de exílio, fugido de Esaú? Dos 14 anos de trabalho para se casar com Raquel? Da morte dessa esposa amada? Da suposta morte de José? Sim, seus 130 anos tinham sido marcados por esses reveses. Contudo, o Deus de seu avô Abraão e de seu pai Isaque tinha estado com ele e o tinha abençoado de muitas maneiras. Ele bem poderia cantar o hino:

“Se da vida as vagas procelosas são,

Se com desalento julgas tudo vão,

Lembra as muitas bênçãos

E verás surpreso quanto Deus ja fez.”

Não, seus anos não tinham sido nem poucos nem maus. Ele foi um dos “heróis da fé” citados pelo autor da carta aos Hebreus, no Novo Testamento (Hb 11.21).

Mais importante que o número de anos que vivemos, é o que fazemos com a nossa vida! Alguns vivem 80 ou mesmo 100 anos, mas como? Que legado deixam para seus descendentes ou para a humanidade? Jesus viveu apenas 33 anos…

Nossos anos serão “maus” ou “bons” dependendo das escolhas que fizermos. Poderão ser de sofrimento, decepções, frustrações, mágoas, ódio, poucas ou nenhuma realização de valor. Ou poderão ser de amor, alegria, paz, boa vontade, bons relacionamentos, solidariedade, protagonismo, grandes realizações. A escolha entre “maus” e “bons” depende principalmente de nossa relação com Deus e com seu Filho Jesus Cristo! Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).

O poeta brasileiro Emílio Braga, confessou:  “Cinquenta anos já fiz, e não fiz nada”.  Diferente foi o testemunho de um velho de 60 anos: “Eu só tenho 3 anos!” Contava somente os últimos anos, desde sua conversão a Cristo.

Somente Cristo pode dar significado a vida. “Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co5.15). Vida abundante!

 

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