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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Que não seja nos pênaltis!

Brasil X Chile! Que sufoco! Mas no fim… A alegria da vitória! Eu diria, vitória às avessas, ao contrário. Comumente, é fazendo gol que um time alcança a vitória. Desta vez – e não foi a primeira vez – foi impedindo gols, segurando a bola. Júlio César fez milagre, virou herói…

Passados o entusiasmo, a alegria e a gritaria do momento, cristão e pastor que sou, logo transportei-me para o mundo espiritual e refleti: É assim mesmo no transcorrer da nossa vida. Em muitas circunstâncias, em momentos decisivos da vida, temos que ser proativos, temos que fazer gol, o que exige sabedoria, estratégia, vontade, confiança, decisão, garra e aquela ajuda indispensável que vem lá do alto… Noutras circunstâncias, momentos igualmente importantes e perigosos da vida, temos que dar uma de Júlio César: segurar a bola, impedir o gol. É assim  O jogo da vida, como escrevi noutra reflexão, há poucos dias.

Neste jogo, enfrentamos adversários de peso, como, por exemplo:

  • indivíduos egoístas, injustos ou mesmo maldosos que nos querem prejudicar tirando vantagem desta ou daquela situação.
  • o mundo, entendido como conceitos e valores corrompidos predominantes na sociedade em que vivemos.
  • nossa própria inclinação para o pecado, o que a Bíblia chama de “natureza terrena”, “velho homem” ou “carne”.
  • os chamados poderes das trevas, ou sejam, Satanás e seus demônios.

Estes adversários são mencionados na Bíblia, repetidas vezes. São “times” perigosos, adversários poderosos que só nos querem derrotar. Mesmo que tomemos alguns gols, importa vencer no final. Nos pênaltis será sempre mais difícil! Para vencer, precisamos:

  • atacar, driblar o adversário, chegar na sua zaga e fazer gols. Podemos fazer melhor que Neymar…
  • defender a própria zaga e impedir os gols adversários. Podemos fazer melhor que Júlio César…

É sem presunção que digo podemos fazer. Podemos, sim, se nos exercitarmos, se treinarmos bem, se obedecermos as regras, se seguirmos as ordens e orientações do nosso Técnico, Jesus Cristo! Aliás, vale lembrar o que disse o apóstolo Paulo certa vez: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13). Referia-se, claro, a Jesus!

Eu já disse na referida reflexão, O Jogo da Vida,   que esse mesmo apóstolo, no contexto dos Jogos Olímpicos greco-romanos, referiu-se aos mesmos para ilustrar os esforços do cristão para vencer seus adversários circunstanciais, morais e espirituais:

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível…” (I Co 9.24-27).

Ele escreveu também:

“Nenhum atleta é coroado como vencedor, se não competir de acordo com as regras…” (II Timóteo 2.5).

Temos motivação maior e mais duradoura que a popularidade, os salários altíssimos e taça da Fifa; temos as regras bíblicas, divinamente inspiradas; temos o Técnico perfeito! Temos tudo para vencer! Alguns da Seleção ajoelharam-se em campo antes do jogo ou mesmo durante o mesmo, ao que parece para orar e pedir aquela ajudazinha dos céus. Na vida cristã, a oração e a ajuda de Deus são absolutamente necessárias. Deus nos ajuda com suas intervenções sobrenaturais, sim, mas, comumente,  a ajuda está ali, nos conselhos, advertências e correções bíblicas, as tais normas do jogo. Cabe-nos jogar “de acordo com as regras”, ou seja, obedecer,  fazer o que é certo, justo e bom, mesmo quando o “time adversário” aconselha diferente e faz pressão contra.

Eu poderia citar inúmeras passagens bíblicas, mas vou limitar-me a duas ou três mais completas:

“Não vivam mais como os gentios, que vivem na inutilidade dos seus pensamentos… Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus… Tendo perdido a sensibilidade, eles se entregaram à depravação, cometendo com avidez toda espécie de impureza. Todavia, não foi assim que vocês aprenderam de Cristo… Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e santidade… Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade… Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apazíguem a sua ira antes que o sol se ponha, e não dêem lugar ao Diabo. O que furtava, não furte mais… Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para a edificação dos outros, conforme a necessidade… Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4. 17-32).

 

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12. 2).

 

“Amados, insisto em que… vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma…  O Diabo, o inimigo de vocês [“adversário” na versão Revista e Atualizada] anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé… O Deus de toda a graça… os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces. A ele seja o poder para todo o sempre. Amém” (I Pedro 2.11; 5.8-11)

Bom jogo! Deus o abençoe! Vitória!

A propósito, leia também:

O Jogo da Vida

Mais que vencedores

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Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

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