I Tssal – VI. Volta de Cristo (4.13-18)

VI. Aa segunda vinda de Cristo (I Ts 4.13-18)

No estudo anterior, vimos que a primeira parte deste capítulo contém exortações à prática da santidade e do amor fraternal (4.1-12). À frente, veremos que a parte final do capitulo 5 contém mais exortações. Entre estas duas seções exortativas, há instruções. Paulo instrui os cristãos tessalonicenses quanto a

(1) O que acontecerá aos crentes mortos quando Cristo voltar (4.13-18)

(2) O caráter repentino da volta de Cristo (5.1.11).

Neste estudo nos ocuparemos do primeiro ponto.

1. OS QUE “DORMEM”.

Os cristãos tessalonicenses, e todos os outros, nos primórdios do cristianismo, viviam na expectava da volta de Cristo (l Ts 1.10; I Co 4.5; Tt 2:13; etc.). Sua esperança era estarem ainda vivos para ver “o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória”, e, então, participarem da reunião dos Seus escolhidos (Mt 24.30-31). Todavia, alguns deles “dormiram”, isto é, morreram. Os demais ficaram muito tristes, confusos, cheios de dúvida. Novos na fé, não sabiam ainda o que estaria acontecendo com aqueles seus parentes, amigos e irmãos que tinham morrido. Os crentes vivos pensavam que os crentes mortos estariam em grande desvantagem no dia da volta de Cristo, pois não participariam do glorioso evento. A tristeza dos crentes tessalonicenses era tanto maior devido à sua ignorância doutrinária. Vero v. 13.

2. RESSUSCITARÃO!

Paulo, então, ensina:

a. Os mortos em Cristo ressuscitarão, do mesmo modo como Cristo ressuscitou. V. 14. Compare com Jo 5.25-26; 6.39; 1 co 15.20-23.

b. Os mortos em Cristo não estarão em desvantagem em relação aos crentes vivos no dia da volta de Cristo. Pelo contrário, eles ressuscitarão primeiro, isto é, antes mesmo dos crentes vivos serem transformados. Estes não precederão aqueles no encontro com o Senhor! Ver 4.15-16; I Co 15.51-53.

3. E TODOS SEREMOS ARREBATADOS!

Paulo acrescenta: todos nós, crentes em Cristo, os ressuscitados e os transformados, “seremos arrebatados… para o encontro do Senhor nos ares…” (4.17). O termo grego que Paulo usou e que aqui se traduz pela palavra portuguesa “encontro” é um termo técnico que se usava nos tempos do Novo Testamento para descrever as boas vindas que o povo de uma cidade dava aos dignatários que os visitavam. O povo saia ao encontro do visitante ilustre, dava-lhe as boas vindas, e voltava com ele para dentro da cidade. A mesma palavra aparece em At 28.14-15 e em Mt 25.6. A segunda passagem é especialmente significativa porque refere-se à segunda vinda de Cristo.

Tudo o que Paulo está dizendo em I Ts 4.16-17 é que, quando Cristo voltar, os crentes ressuscitados e os crentes transformados irão ao Seu encontro, nos ares, como que para dar-Lhe as boas vindas, e acompanhá-Lo na chegada. O mais importante, porém, é que, a partir desse encontro, “estaremos para sempre com o Senhor” (v. 17, final).

Embora a seção seja de instrução, ela termina com uma exortação, por sinal, muito significativa para os cristãos tessalonicenses e para quantos, em qualquer tempo, estejam tristes com a morte de um ente querido, irmão em Cristo. Paulo exorta: “Consolai-vos uns aos outros com estas palavras”. (v. 18).

 

Éber César (eberlenzcesar@gmail.com)