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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

VISÕES DE DEUS NUM TEMPO DE CRISE

VISÕES DE DEUS NUM TEMPO DE CRISE

Bactérias, vírus e outros microorganismos já causaram estragos tão grandes à humanidade quanto as mais terríveis guerras, terremotos e erupções vulcânicas. Cito algumas, não para assustar ou deprimir ninguém, mas, ao contrário, para sugerir que a pandemia e crise atuais não chegam perto do que já se enfrentou no passado distante e recente. Esperamos que não se agrave mais… E antecipo: O Soberano e Amoroso Pai está  no controle!

A chamada Peste Negra ou Peste Bubônica matou 50 milhões na Europa e na Ásia de 1333-1351. A Cólera, conhecida desde a antiguidade, matou centenas de milhares de 1817 a 1824. A Tuberculose, em um século (1850-1950) causou a morte 1 bilhão de pessoas. A Varíola, 300 milhões de 1896 a 1980. A chamada Gripe Espanhola (vírus Influenza) matou 20 milhões de pessoas de 1818 a 1919. No Brasil matou o Presidente Rodrigues Alves. O Sarampo matou seis milhões de pessoas por ano, até 1963. Por fim, a AIDS (HIV) já tirou a vida de 22 milhões, desde 1981.

Essas pandemias obviamente, causaram grandes crises. Mas outras têm ocorrido, em várias partes do mundo, por outros motivos. Uma das mais severas e recentes aconteceu na década de 30, nos Estados Unidos, por motivFoto tempo Gde Depressao-7x5os econômicos. Ficou conhecida como a Grande Depressão, e é considerada o mais longo período de recessão econômica do sistema capitalista no século XX, com altas taxas de desemprego, grandes perdas e até muitos suicídios.

Esta foto, Migrante Mother, de Dorothea Lange, considerada uma das mais famosas nos Estados Unidos, na década de 30, mostra Florence Thompson, 32 anos, mãe de 7 crianças, em busca de um emprego e ajuda social. O marido havia perdido o emprego e morrido em 1931.

Há uns trinta ou mais anos, só se falava em crise no Brasil. E não tem sido fácil nestes últimos anos… Corrupção generalizada, Saúde e Educação deficitárias, moralidade decadente, desigualdade social etc. etc. E o que dizer de muitas igrejas?

Tudo isto é história passada, recente e atual. Causou e causa muito sofrimento. O COVID 19 está matando muita gente, transtornando países, fechando fronteiras, preocupando. Todavia, há um texto bíblico, entre muitos outros, que nos renova a esperança, nos conforta e tranquiliza. Refiro-me ao capítulo seis do livro do profeta Isaías:

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor, assentado sobre um alto e sublime trono…”.

Uzias, também chamado Azarias, rei de Judá de 829 a.C até 778 a.C., ao contrário da maioria dos reis de Judá e Israel, “fez o que era reto perante o Senhor…” e “Deus o ajudou…”. Fez um bom governo. “Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor…” (II Cr 26). E assim começou mais uma crise. Quando o rei morreu, pior ficou. O profeta Isaías, seu contemporâneo, não desesperou… Foi ao templo buscar respostas, consolo e forças… Numa visão magnífica, ele “viu o Senhor”! E onde estava o Senhor? “Num alto e sublime trono!” Reis ocupam tronos terrenos, baixos, nada sublimes; se ensoberbecem, enfiam os pés pelas mãos e morrem. Mas o nosso Deus é o verdadeiro, eterno, poderoso, amoroso e perfeito Soberano!

Portanto, “no ano da morte do rei…”, melhor dizendo, no ano do coronavirus”, mesmo que não possamos ir ao templo, busquemos a presença do Senhor… Mais provavelmente, não teremos uma visão no sentido bíblico do termo, não veremos uma teofania (manifestação visível de Deus), mas, de algum modo, seremos confortados e fortalecidos com a consciência de que o Senhor é Soberano e está no controle de tudo. Vai dar certo!

O texto de Isaías segue dizendo que, em sua visão, o profeta viu e ouvi seres angelicais louvando a Deus e dizendo:

“Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (v.2).

De igual modo, devemos também nós louvar ao Senhor três vezes Santo, ou seja, Santíssimo. Louvar no meio da crise, confiando, submetendo-nos…

A visão do Senhor Soberano e Santo inevitavelmente faz-nos conscientes de nossa pequenez e pecaminosidade… Segue-se, então, a confissão, o perdão e o envio. Foi assim com o profeta. Ainda no templo, ante aquela visão gloriosas, ele confessou:

“Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei [o verdadeiro Rei],  o Senhor dos Exércitos” (v.5). Foi perdoado e purificado (v.6). “Depois disto [e somente depois disto], ouvi a voz do Senhor, que dizia: ‘A quem enviarei, e quem há de ir por nós?’ Disse eu: ‘Eis-me aqui, envia-me a mim'” (v.8).

É isso aí: em toda crise, como agora com o coronavirus, as pessoas sofrem, ficam ansiosas, amedrontadas, enfraquecidas… Mas a crise é uma oportunidade. As pessoas ficam mais sensíveis, têm mais consciência da própria fragilidade. Os que sabemos que o Todo Poderoso está no controle e tem um propósito precisamos confiar, descansar, confessar nossos pecados, receber o perdão e … a missão. Que na presente crise, mesmo não podendo estar no templo com os irmãos, tenhamos um tempo especial na presença do Senhor e, então, na presença de pessoas aflitas, carentes e desta mesma visão.

Pr. Éber Lenz César

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A PANDEMIA E AS PRAGAS DO EGITO

PASTORAIS DA PANDEMIA (SÉRIES DE BREVES REFLEXÕES)

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