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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Fiquem atentos!

Assentado no tapete da sala, um menino brincava, enquanto eperava pelo almoço. Ao meio dia, o velho relógio de parede começou a tocar. Como sempre gostava de fazer, o menino foi contando as batidas… Desta vez, porém, alguma coisa estava errada com o relógio. Ele não parou na décima segunda batida. Continuou: 13,14,15, 16… Intrigado, o garoto correu à cozinha, gritando: “Vovó, vovó, está mais tarde hoje do que em qualquer outro dia!” Obviamente, aquela criança não podia entender o que estava acontecendo, mas expressou uma verdade que requer nossa atenção.

Está mais tarde hoje do que em qualquer outro dia – na história, no calendário da Providência Divina. Com o passar das horas, dias, semanas, meses e anos, as palavras do apóstolo Tiago tornam-se mais e mais significativas:

“A vinda do Senhor está próxima!” (Tg 5.8).

Isto é ao mesmo tempo confortador e muito grave.  A segunda vinda de Jesus é a grande esperança dos cristãos, e será a consumação de sua salvação, o encontro eterno com o seu amado Salvador; será um dia de glória! Todavia, essa maravilhosa promessa e expectativa é, também, uma chamada ao arrependimento, à fé, à mudança de vida, à santificação, à preparação.

Ernst Krupka relata:

“Certa vez, lendo o Novo Testamento, eu assinalei de verde todas as passagens que referem a volta do Senhor. No fim,  o meu Novo Testamento estava praticamente todo pintado de verde. E eu pude constatar pessoalmente que quase todas aquelas passagens estavam ligadas a exortações para a santificação diária…”

Nos 260 capítulos do Novo Testamento, há cerca de 300 referências à volta do Senhor. Percebe-se que essa expectativa foi a grande motivação dos cristãos do primeiro século para ficarem firmes na fé e viverem vidas santas. De fato, como observou Krupka, muitas destas passagens que referem a volta de Cristo claramente exortam os crentes a uma vida de santidade.

“Que o Senhor faça crescer e transbordar o amor que vocês têm uns para com os outros… Que ele fortaleça o coração de vocês para que sejam irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos” (I Ts 3.12-13, NVI, Nova Versão Internacional).

A parábola das Dez Virgens.

Jesus contou várias parábolas para ilustrar seus ensinos e advertências sobre a sua segunda vinda. A parábola das Dez Virgens, por exemplo, enfatiza a necessidade de vigilância, de atenção, de prontidão (Mt 25.1-13).

O cenário da parábola é um casamento oriental, na época de Cristo. A noiva, com suas amigas ou damas de companhia, esperava pelo noivo na casa de seus pais. Vindo o noivo, todas o acompanhavam até à casa dele, numa alegre procissão; ali acontecia o casamento e uma grande festa. Lógico, para esta caminhada noturna, e também para homenagear o noivo, as moças preparavam e levavam lamparinas pequenas, próprias para as circunstâncias. Tinham que levar também uma reserva extra de azeite combustível, um tipo de refill.

Na história de Jesus, cinco das dez amigas da noiva (as virgens) prudentemente levaram o refill cheio de azeite. As outras cinco, nem pensaram nisso. Jesus chamou-as de néscias ou insensatas. O noivo demorou a chegar e todas acabaram dormindo. Até aí, nenhum problema. Porém, como Eugene Peterson traduz:

“No meio da noite, alguém gritou: Ele está aqui! O noivo está aqui! Saiam para recebê-lo!”   (Mt 25. 6).

Foi aquela correria. As cinco moças prudentes reabasteceram suas lamparinas e sairam com a noiva para se encontrarem com o noivo e seguirem com ele para a festa. Foi quando as moças insensatas perceberam que não tinham reserva de azeite. Não estavam preparadas, prontas para o evento! Pediram às amigas que lhes dessem do seu azeite, mas estas, prudentes que eram, responderam: “Não há o bastante para todas. Se querem óleo, vão comprar” (v. 9, E. Peterson). E elas foram, mas quando, por fim, chegaram à casa do noivo, a porta já estava fechada. Bateram, gritaram, mas alguém, talvez o próprio noivo, pôs a cabeça de fora e lhes disse: “Eu conheço vocês! Acho que não” (vs.10-12, E.P.). Jesus concluiu a história, dizendo:

“Portanto, fiquem atentos. Vocês não sabem quando o noivo vai chegar” (v. 13, E.P.).

Não devemos inferir que as moças prudentes eram “crentes” e as insenatas eram “descrentes”; ou que aquelas foram salvas, e estas não; ou ainda que a porta que se fechou para as insensatas é a do céu. Esse não é o tema da pa’rabola. A distinção que a parábola faz é entre gente que vigia, que fica atenta, que dá importância e se prepara, e gente que não o faz (no âmbito espiritual do Reino de Deus). Ora, vigilância, preparo, prontidão na vida cristã equivale a estudo bíblico, oração, obediência, santidade, participação na igreja, compromisso. Aliás, Azeite, na Bíblia, é, em muitas passagens, um símbolo do Espírito Santo.  Essa reserva de “azeite” não se pede aos outros na hora do sufoco, nem se dá; também não se adquire na correria, na última hora! É cuidado pessoal prévio e demorado! Se não tem, perde a festa! Aliás, esta é para os que o Noivo conhece!

Pr. Éber Lenz César
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