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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Principais Líderes da Reforma

Em 31 de Outubro as igrejas Reformadas celebram o Dia da Reforma. Sejamos gratos a Deus pelos Reformadores que, no século XVI, arriscaram suas vidas na defesa da sã doutrina. Veja estas breves notas biográficas dos principais líderes da Reforma.

Ulrich Zuilgli.

Nasceu em Wildhaus, Suíça, em 1484 e morreu em Kappel Albis, Suíça, em 1531. Foi o principal reformador Suíço; denunciou a corrupção na hierarquia eclesiástica; defendeu o casamento de sacerdotes; condenou o uso de imagens nos templos; introduziu uma forma de culto que substituiu a missa; ministrou em língua alemã (não em latim); pregou a Bíblia capítulo por capítulo, interpretando os originais hebraico e grego, ao contrário dos demais padres que usavam a Vulgata Latina e a interpretação dos Pais da Igreja.

Este início de Reforma espalhou-se pela chamada Confederação Suíça, mas alguns Cantões preferiram permanecer Católicos. Formou-se uma aliança de Cantões Reformados, que dividiu a Confederação Suíça.

A idéias de Zuingli chamaram a atenção de Lutero e outros reformadores, que se reuniram com ele em Hesse, na Alemanha. Concordaram em muitos pontos, mas não na questão da presença real de Cristo na Eucaristia.

Em 1531, houve um confronto armado entre os Cantões Reformados e os Cantões Católicos. Zuingli morreu nesta batalha. Seu trabalho foi quase todo em Zurich, Suíça.

João Calvino.

Nasceu em Noyon, França, em 1509, morreu em Genebra, na Suíça, em 1564. Dedicou-se aos estudos jurídicos e à interpretação das leis dos homens, chegando por essa via ao estudo das leis de Deus. Em 1534, renunciou aos benefícios eclesiásticos, sua principal fonte de renda, iniciando longa peregrinação espiritual. Em Basiléia, Suíça, escreveu suas Institutas, que enfocam temas fundamentais do Cristianismo. Escreveu muitas outras obras teológicas e comentários bíblicos.

Em 1536, Calvino tentou fixar-se em Strasburg, na fronteira da França com a Alemanha, mas, devido a uma situação de guerra, foi para Genebra, Suíça. Nesta cidade, ele conheceu Guillaume Farel, que havia iniciado igrejas reformadas em Neuchatel, Berne e Genebra. Farel convenceu Calvino a permanecer em Genebra.

Calvino e Farel influenciaram de tal maneira o Governo de Genebra que a cidade tornou-se um Estado Teocrático,  uma “Roma Protestante”.  Posteriormente, muitos protestantes perseguidos refugiaram-se ali.  Calvino e Farel treinaram missionários que espalharam o Protestantismo por outros países da Europa.

OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO

  1. Depravação total
  2. Eleição incondicional
  3. Expiação limitada
  4. Vocação eficaz (graça irresistível)
  5. Perseverança dos santos (segurança eterna)

Martinho Lutero.

Nasceu em Esleben, na Alemanha, em 1483, morreu na mesma cidade,  em 1546. Em 1505, abandonou o curso de Direito, na Universidade de Erfurt, Alemanha, e entrou para o Convento de Erfurt. Foi ordenado Sacerdote Agostiniano em 1507. Experimentou grande angústia espiritual, julgando-se indigno da Salvação. Dedicou-se a jejuns, vigílias e orações num esforço para merecer a salvação. Em 1508 transferiu-se para o Convento de Wittenberg, Alemanha, onde passou a ensinar Filosofia.  J. Staupitz, vigário geral, estimulou-o a estudar Teologia e a Bíblia.

Lutero impressionou-se principalmente com o ensino paulino sobre a justificação pela fé (Rm 1.17; 3.23,24,28; 5.1, etc). Entendeu que as obras não são a causa, mas sim, o efeito da Salvação. Começou a ensinar isto em suas aulas em Wittenberg. Em 1516, questionou a eficácia das “indulgencias” e declarou ousadamente que o  Papa não tinha poder algum para livrar as almas do Purgatório.

Em 1517, um certo Tetzel estava vendendo indulgências, alegando que o dinheiro seria usado na construção da Basílica de São Pedro, em Roma. Lutero revoltou-se e, em 31 de outubro de 1517 fixou as suas famosas 95 Teses na porta da Igreja de Wittenberg. Era um procedimento comum e um modo de suscitar discussão sobre determinado assunto. Todavia, o conteúdo das teses de Lutero foram como uma bomba, e precipitaram a Reforma. Lutero sofreu oposição, lutas e, por fim, excomunhão. As reações levaram-no a fazer outras afirmações ainda mais ousadas: negou que o Papa tivesse poderes sobrenaturais; ensinou o sacerdócio de todos os crentes; defendeu o livre exame das Escrituras; denunciou a corrupção do clero.

O Papa publicou uma bula (decreto) de excomunhão. Lutero e seus simpatizantes teriam 70 dias para se retratarem. Lutero queimou a bula em público…  Em 1520 o Papa publicou a sentença final excomungando Lutero e condenando-o à morte. Entretanto, para ter efeito, a bula papal dependia do poder civil, e o caso foi à Dieta de Worms (assembleia política). Lutero dirigiu-se à mesma certo de que marchava para a morte. No tribunal, foi colocado diante dos livros que havia escrito e solicitado a retratar-se. Lutero respondeu:

“É-me impossível retratar-me, a menos que se me prove pelo testemunho das Escrituras e por meio do raciocínio que eu estou enganado. Não posso confiar nem nas decisões dos Concílios nem nos papas, pois está bem claro que eles não  somente têm se equivocado, como também têm se contradito entre si. Minha consciência está sujeita à Palavra de Deus, e não é justo nem seguro agir contra a própria consciência. Que Deus me ajude.”

Por interferência de amigos, Lutero foi salvo da morte e refugiado. No exílio, escreveu livros e traduziu a Bíblia para o alemão.

PONTOS CENTRAIS DA REFORMA

  1. Supremacia da fé sobre as obras (sola fide)
  2. Salvação só pela graça (sola gratia)
  3. Supremacia das Escrituras sobre a tradição (sola Scritura)
  4. Sacerdócio universal dos crentes (acesso a Deus)

Veja neste link do meu Facebook, fotos das igrejas dos Reformadores.

 

Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

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