Pages Navigation Menu

"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Solidariedade fraternal

Pessoas morrem todos os dias, muitas na nossa cidade ou mesmo vizinhança. Outras muitas, às centenas, senão aos milhares, estão nos hospitais, acidentadas ou muito doentes. Mormente, ocupados demais, distraídos demais, sofridos demais, nem nos apercebemos das perdas e sofrimentos alheios. Nem suportaríamos se nos envolvêssemos emocionalmente com todos… Talvez por isso, o segundo mandamento ordena o amor “ao próximo”. Pelo menos a este, eu entendo.
Obviamente, este é o que acontece estar por perto, cruzar o nosso caminho.

Acontece, às vezes, ficarmos chocados e condoídos pelo sofrimento dos distantes, estranhos. Eu, por exemplo, perco o sono quando ocorrem acidentes aéreos. Fico pensando no horror dos passageiros naqueles minutos fatais, e nos parentes que esperam seus queridos nos aeroportos ou em casa…

Nesta semana finda, fiquei chocado com a tragédia da passarela que caiu na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, esmagando dois carros, matando pelo menos cinco pessoas. Como se não bastasse, uma ex-ovelha da Igreja Presbiteriana Luz do Mundo pediu-me para visitar uma senhora no Hospital Badim, meu vizinho. Eu e minha esposa fomos visitá-la no mesmo dia. Ficamos muito condoídos… Juliana Perpétua está hospitalizada desde novembro, com um câncer muito agressivo, e está muito mal. Tem dois filhos, um menino de 5 anos, uma menina de 10 meses. Desde então, eu e Márcia estamos orando pelos parentes das vítimas da passarela e por esta jovem senhora e sua família. Dei a estes um exemplar do meu livrinho: “Passando pelo vale árido – Conforto e encorajamento para os que sofrem”.  Estes sentimentos de solidariedade lembram-me uma passagem bíblica muito conhecida:

“Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram” (Rm 12.15).

Solidariedade na alegria

“Alegrai-vos com os que se alegram…”.  Trata-se de uma participação espiritual e emocional nas alegrias e sofrimentos alheios, participação esta que faz as pessoas, principalmente os irmãos em Cristo, se alegrarem e se entristecem juntas.

Nos primeiros anos da igreja (e em épocas posteriores), os cristãos foram muito perseguidos. Eles só podiam reunir-se em lugares isolados ou escondidos, como as Catacumbas de Roma. Então, havia muita solidariedade entre eles. Quando um deles tinha motivos para se alegrar, todos se alegravam com ele; quando sofria e chorava, todos choravam com ele.

Em João 2, vemos que Jesus, seus discípulos e sua mãe foram a um casamento, em Caná da Galiléia, e se alegraram com os nubentes e seus familiares. Por que não? O motivo da alegria era justo, e o modo como todos se alegravam era condizente com a boa educação e com os princípios  que Jesus vinha ensinando. Então, por que não participar da festa? Além disso, quando surgiu um imprevisto, uma necessidade, Maria se preocupou, Jesus socorreu, e como! Resultado: muitos creram em Jesus como sendo o Messias e Salvador!

Neste exemplo, vemos que as festas de casamento, de aniversário e outras são excelentes oportunidades para os crentes se alegrarem com os que se alegram e, nas oportunidades, ajudar. Esta solidariedade fraternal é um bom testemunho da fé cristã. Como geralmente há convidados não cristãos nestas festas, pode ser que alguns, bem impressionados, queiram saber um pouco mais a respeito dessa nossa irmandade… e a respeito de Jesus!

Nas parábolas da Ovelha Perdida, da Moeda Perdida e do Filho Pródigo, contadas por Jesus, em Lucas 15, temos outros exemplos de solidariedade fraternal. O pastor da ovelha chamou seus amigos e lhes disse: “Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida”. O mesmo fizeram a mulher, quando achou a sua moeda, e o pai do pródigo, quando este, arrependido, voltou para casa (Lc 15.6, 9, 22-24). Explicando o sentido espiritual destas parábolas, Jesus disse: “…de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Há festas no céu! E Deus, o Pai, não se alegra sozinho!

É verdade que as pessoas, ás vezes, se alegram de forma inadequada e pecaminosa (com bebidas alcoólicas, drogas, farras, imoralidade). Jesus não se alegraria com os que se alegram desse modo. E nós também não devemos fazê-lo. Entretanto, quantas vezes é a inveja e o despeito que nos impedem de nos alegrarmos com os que se alegram… Este foi o problema do irmão do referido Filho Pródigo (Lc 15.25-32).

Solidariedade na tristeza

“… e chorai com os que choram.” Diante do túmulo de Lázaro, vendo Maria, Marta e seus amigos chorando, “Jesus chorou” (Jo 11.35). Os circunstantes comentaram: “Vede quanto o amava” (Jo 11.34-36). O apóstolo Paulo recomendou à igreja de Corinto:

“… se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam” (I Co 1225-26).

Devemos chorar com os que choram, porém não como as carpideiras, choradeiras profissionais que acompanhavam enterros com lágrimas ensaiadas, forçadas. Aliás, chorar com os que choram não significa necessariamente derramar lágrimas. Estamos falando de sentimento interior, de amor, de pesar, de presença amiga, de conforto e encorajamento, de boas palavras… ou de sábio silêncio!

 

Pr. Éber César (eber-lenzcesar@gmail.com)

Se desejar ler mais sobre solidariedade e como confortar os que sofrem, peça, por este e-mail, um exemplar do meu livro

“Passando pelo vale árido – Conforto e encorajamento para os que sofrem” (R$ 15,00).

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *