6. Tempo de renovar com a família

Introdução:

Este estudo poderia ser uma descrição e análise das instruções bíblicas para os pais e filhos, maridos e esposas. Mas acredito que um exemplo pode falar mais alto do que uma instrução. Por isso, vamos falar sobre uma família tremendamente problemática. Uma família em pé de guerra.

Existem casos em que não conseguimos entender como Deus se mostra tão gracioso e abençoador. A família formada por Isaque e Rebeca é um bom exemplo disso. Será difícil encontrarmos uma família que viveu momentos tão dramáticos e conflitantes como essa. Só a soberania de Deus pode explicar a restauração dessa família.

A Origem do Conflito (Gn 25.21-26):

É normal vermos irmãos brigando, mas esses começaram ainda na barriga da mãe. A forma como Jacó nasceu (segurando Esaú pelo calcanhar) explica o significado do seu nome (o suplantador) e o profundo complexo de inferioridade que alimentou durante toda a vida.

Jacó nunca aceitou ser o mais novo. O primogênito tinha certas regalias, por causa do direito de primogenitura, que incluía:

• precedência sobre os irmãos (ver Gn 43.33);
• porção dobrada da herança (Dt 21.16-17);
• direito de exercer liderança e sacerdócio sobre a família.

No entanto, Deus havia escolhido Jacó para dar continuidade às alianças da promessa (ver Gn 25.26 e Rm 9.11-13).

Causas do Conflito (Gn 25.27-28):

É evidente que existem profundas causas teológicas (nos desígnios de Deus) para estes conflitos. A soberania de Deus, no entanto, explica, mas não justifica as ações de Isaque, Rebeca, Jacó e Esaú.

Por exemplo:

• Amor diferenciado dos pais

Rebeca gostava mais de Jacó e Isaque gostava mais de Esaú. A disputa entre os filhos se iniciou por causa da disputa entre os pais.

• A impaciência e insegurança de Jacó de que Deus iria cumprir a sua promessa.

O Desenvolvimento do conflito (Gn 25.29-34 e 27.1-46):

Jacó tinha a promessa de que seria o herdeiro aliança. No entanto, vendo que as circunstâncias não eram favoráveis, pois Isaque dava todas as indicações de preferir Esaú, resolveu dar uma “mãozinha” a Deus:

• A conquista do Direito de Primogenitura – material (Gn 25.29-34). Jacó se aproveitou de um momento de fraqueza do irmão para tomar algo que seria, de fato, dele mesmo.
• A conquista da bênção de Isaque – espiritual (Gn 27.1-46) Em parceria com a mãe, enganou o pai e o irmão.

Resumindo, um dia Isaque, cego e sentindo a proximidade da morte, mandou que Esaú fosse caçar. Se ele tinha de dar a bênção patriarcal, queria fazê-lo de barriga cheia. Mas Rebeca e Jacó enganaram Isaque. Ela preparou o tipo de prato que Isaque estava esperando, vestiu Jacó com peles de cabritos e o mandou a seu pai para receber a bênção que seria de Esaú.

O Clímax do Conflito – separação (Gn 27.41-44):

O conflito entre os irmãos atinge seu ponto máximo quando Esaú resolve matar o irmão. Mais uma vez os pais estão ausentes e não buscam a reconciliação dos irmãos. Jacó foge para uma terra distante e lá permanece por 20 anos. Até parece história de televisão (dois irmãos que se separam e ficam 20 anos sem contato) Ali ele se casa, tem muitos filhos, engana e é enganado pelo sogro, sofre, enriquece… e resolve voltar para sua terra.

O Início da Reconciliação:

A concluir