A providência divina (2 mensagens)
Quando alguma coisa boa acontece, costumamos dizer, impensadamente: “Que sorte!” Quando as coisas se parecem ou se encaixam, dizemos: “Que coincidência!” Será que é mesmo assim? Será que as coisas acontecem por sorte, azar ou coincidência? Qual é o ensino da Bíblia a respeito?
Há uma providência.
As coisas não acontecem por sorte, por azar ou por mera coincidência.. A história da Humanidade e as histórias particulares de cada indivíduo não obedecem a um destino impessoal e inexorável. Não! As Escrituras nos ensinam que tudo se deve à providência divina.
O rei Davi reconheceu:
“Nos Céus estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo” (Sl 103.19).
Deus decretou e predestinou todas as coisas (Predestinação). Agora, ele rege e ordena a execução de tudo (Providência).
O alcance da providência.
A providência de Deus não tem limites: alcança todos os lugares, todas as pessoas e todas as ocorrências. Vamos ver isto na Bíblia.
“Acaso sou Deus apenas de perto, diz o Senhor; e não sou também de longe?” (Jr.23.23).
O salmista orou dizendo:
“Senhor… tu me cercas por trás e por diante… Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua faca? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho no confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá…” (Sl 139.1-10).
O profeta Jonas tentou fugir da presença de Deus em um navio que ia para Tarsis. A providência armou uma tremenda tempestade, e o navio quase naufragou; os marinheiros, pagãos e supersticiosos, acharam que os deuses estavam contra eles, por culpa de um deles; lançaram sortes para descobrir o culpado. A despeito de suas crenças e superstições, a providência divina fez cair a sorte sobre Jonas, que foi lançado ao mar.
“Deparou o Senhor um grande peixe que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe” (Jn 1.7,15,17).
O profeta fujão se arrependeu, clamou a Deus no ventre do peixe, nas profundezas do mar, e Deus o ouviu. O peixe teve uma indigestão e vomitou o profeta… na praia, providencialmente! (Jn 2.10).
Especialmente as que temem a Deus. Com estas, ele tem um cuidado especial.
“Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida” (Sl 33.18-19).
Houve grande seca em Israel e Deus disse a Elias, seu profeta:
“Retira-te daqui… e esconde-te junto à corrente de Querite, fronteira do Jordão. Beberás da torrente; e ordenei aos corvos que te sustente. Foi, pois… e habitou junto à torrente de Querite… Os corvos lhe traziam… pão e carne… e bebia da torrente” (I Re 2-7). Onde já se viu?
O apostolo Pedro recomendou:
“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus… lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (I Pe 5.7). A providência não falha!
Todo sucesso que alcançamos nesta vida deve-se à providência de Deus, que é misericordiosa. José foi vendido pelos irmãos e levado para o Egito como escravo: “… e Potifar, oficial do Faraó, comandante da guarda, egípcio, comprou-o… O Senhor era com José que veio a ser homem próspero…” (Gn 39.1-2). Um dia, a mulher de Potifar levantou uma calúnia contra José e ele foi parar na prisão. “O Senhor, porém, era com José e lhe foi benigno, e lhe deu mercê perante o carcereiro…” (Gn 39.21). Deus tinha os seus planos, e o seu tempo. Providência! Anos mais tarde, circunstâncias especiais impostas e dirigidas por Deus fizeram de José o segundo homem mais importante do país, e ele governou sobre toda a terra do Egito (Gn 41.39-41). Nesta função e com a autoridade que lhe foi dada pelo Faraó, José salvou da fome a nação egípcia e principalmente o seu próprio povo, os hebreus, futura nação de Israel. Quando, mais tarde, reencontrou seus irmãos, disse-lhes:
“Não vos irriteis contra vós mesmos por me haveres vendido para aqui; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós… Não fostes vós que me enviastes para cá, e, sim, Deus….” (Gn 45.5-8)
Foi também pela providência divina que Ester caiu nas graças do rei Assuero, da Média-Pérsia, e se tornou rainha. Deus a usou para salvar os judeus do extermínio (Et 2).
A natureza também é conduzida pela providência divina:
“Deus cobre de nuvens os Céus, prepara a chuva para a terra, faz brotar nos montes a erva, e dá o alimento aos animais… Ele envia suas ordens à terra… dá a neve como lã, e espalha a geada como a cinza. Ele arroja o seu gelo em migalhas… Manda a sua Palavra e o derrete; faz soprar o vento, e as águas correm” (Sl 147.7-9, 15-18).
Jesus disse que os pardais não caem na terra “sem o consentimento do Pai” e que “os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mt 10.29-30). Pardais! Cabelos! Que dizer dos interesses maiores da nossa vida e da nossa alma? O Rei Davi orou, dizendo:
“Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis… Os teus olhos me viram a sustância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda…” Sl 139.13-18).
Veja a apresentação em mídia:
http://eberlenzcesar.blog.br/wp-content/uploads/2012/08/providencia1.pdf
Veja aqui a conclusão desta mensagem
Pr. Éber Lenz Cesar
Se desejar, deixe um comentário.