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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

SOLIDARIEDADE

SOLIDARIEDADE

Pessoas morrem todos os dias. Outras muitas estão nos hospitais, acidentadas ou muito doentes. Mormente, ocupados demais, distraídos demais, sofridos demais, nem nos apercebemos das perdas e sofrimentos alheios. Nem suportaríamos se nos envolvêssemos emocionalmente com todos… Mas, acontece ficarmos chocados e condoídos pelo sofrimento de parentes, amigos ou mesmo estranhos, de perto e de longe. Este pesar, às vezes, é coletivo, nacional, senão mundial.

No último dia 28 (11/2016), ficamos todos muito chocados e tristes com a queda do avião da Lamia Airlines, na Colômbia, matando quase toda a equipe campeã da Chapecoense, integrantes da tripulação e vários jornalistas. Tudo, por uma imprudência – de acordo com as evidências até agora coletadas. Como sequer imaginar o sofrimento dos seus familiares, principalmente esposas, filhos, irmãos? Os corpos de pelos menos 51 das vítimas serão velados amanhã, sábado, na Arena Condá, em Chapecó. Que consternação! Que tristeza!

A Bíblia diz: “Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram” (Rm 12.15).

Isso é empatia e solidariedade, tanto na alegria quanto na tristeza. Participamos espiritual e emocionalmente das alegrias e sofrimentos alheios.

Nos primeiros anos da igreja (e em épocas posteriores), os cristãos foram muito perseguidos. Eles só podiam reunir-se em lugares isolados ou escondidos, como as Catacumbas de Roma. Então, havia muita solidariedade entre eles. Quando um deles tinha motivos para se alegrar, todos se alegravam com ele; quando sofria e chorava, todos choravam com ele.

“Alegrai-vos com os que se alegram”.

Não é o meu maior interesse aqui, por razões obvias. Mas lembro o exemplo de Jesus e seus discípulos nas bodas de Caná da Galileia (Jo 2).. Eles se alegraram com os nubentes e seus familiares. Por que não? O motivo da alegria era justo, e o modo como todos se alegravam era condizente com a boa educação e com os princípios que Jesus vinha ensinando. Além disso, quando surgiu um imprevisto, uma necessidade, Maria se preocupou, Jesus socorreu, e como! Resultado: muitos creram em Jesus! As festas de casamento, de aniversário e outras são excelentes oportunidades para nos alegrarmos com os que se alegram e… servi-los. Esta solidariedade é um bom testemunho da fé cristã.

Nas parábolas da Ovelha Perdida, da Moeda Perdida e do Filho Pródigo, contadas por Jesus, em Lucas 15, temos outros exemplos de solidariedade fraternal. O pastor, quando encontrou a ovelha perdida; a mulher, quando achou a moeda perdida; e o pai, quando o filho voltou para casa, todos se alegraram muito, reuniram os amigos e vizinhos e lhes disseram: “Alegrai-vos comigo […]” ( (Lc 15.6, 9, 22-24). Explicando o sentido espiritual destas parábolas, Jesus disse: “…de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Há festas no céu! E Deus, o Pai, não se alegra sozinho!

“Chorai com os que choram.”

É o caso, agora. Estamos chorando com os próximos das vítimas de Chapecó! E outra vez nos inspiramos (se necessário) no exemplo de Jesus. Diante do túmulo de Lázaro, vendo Maria, Marta e seus amigos chorando, “Jesus chorou” (Jo 11.35). Os circunstantes comentaram: “Vede quanto o amava” (Jo 11.34-36). O apóstolo Paulo recomendou à igreja de Corinto: “… se um membro sofre, todos sofrem com ele […]” (I Co 12. 25-26). Devemos chorar com os que choram, porém não como as carpideiras, choradeiras profissionais que acompanhavam enterros com lágrimas ensaiadas, fingidas. Aliás, chorar com os que choram não significa necessariamente derramar lágrimas. Estamos falando de sentimento interior, de amor, de pesar, de intercessão e, se possível, presença amiga, e boas palavras de conforto e encorajamento… Boas palavras ou, se não, sábio silêncio! Ore por aquela gente em Chapecó… pelas famílias enlutadas dos policiais mortos no cumprimento do dever… dos cidadãos assassinados… das crianças violentadas… dos bandidos sem escrúpulos (e, quem sabe, sem melhores oportunidades na vida)… pelas vítimas da guerra na Síria…

Pr. Éber Lenz César

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