Jesus no seu lar
“Houve um casamento em Caná da Galileia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado…” (Jo 2).
Ainda bem, pois aconteceu um imprevisto: o vinho acabou no meio da festa! Teria sido um fiasco… se Jesus não estivesse por ali. Você conhece a história. Ele interveio, transformou água em vinho, resolveu o problema. Em muitos casamentos e em muitas famílias, acontecem também imprevistos, a certa altura, acaba o vinho do amor, da compreensão, da harmonia, da alegria… Se Jesus não estiver por ali…
Mesmo quando não é convidado, Jesus, por seu amor e sabendo dos problemas que enfrentamos, bate à nossa porta, querendo entrar e ajudar. Foi ele quem disse:
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa…” (Ap 3.20).
Não tem cabimento deixá-lo do lado de fora, batendo, batendo… Até porque precisamos muito de sua bênção. Certo?
Os relacionamentos humanos são difíceis. O desgaste é grande. Criar filhos não é fácil. O país está em crise. Há muitas interferências externas e circunstâncias adversas. Por isso, não há casal que não tenha problemas, sejam estes pessoais ou circunstanciais. Mas se tivermos fé em Deus, se tivermos Jesus no coração e no lar, ele fará verdadeiros milagres. Ele transformará água em vinho, conforme a necessidade.
É preciso ouvir as batidas de Jesus à porta do seu coração e do seu lar, e então abrir a porta, convidá-lo para entrar. Pode ser que alguém pergunte: “Mas como é isso? Como é que Jesus, dois mil anos depois de sua morte, ressurreição e ascensão, ainda bate em nossas portas, ou seja, sinaliza que quer entrar em nossas vidas e em nossos lares?” Simples. Ele o faz pelo Espírito Santo, comunicando-se este com o nosso espírito. É o chamado “testemunho íntimo do Espírito Santo” (João 14.26; Romanos 8.16). Ele o faz também quando lemos a Palavra de Deus e de Cristo, e oramos. Em alguns casos, e não são poucos, ele “bate” à porta do nosso coração quando sofremos um acidente ou nos defrontamos com uma enfermidade ou mesmo com a perda de um ente querido. Tais adversidades costumam derrubar nosso orgulho, levando-nos ao reconhecimento da nossa fragilidade e necessidade de Deus e de Cristo.
E como é que as pessoas podem abrir a porta do seu coração, da sua vida e do seu lar para Jesus? Arrependendo-se do seus pecados e conscientemente convidando Jesus para entrar, limpar o que estiver sujo e arrumar o que estiver fora do lugar. Outra vez, é o Espírito Santo, o Espírito de Cristo, que o faz, usando a Bíblia, a oração, a igreja e a fraternidade cristã.
Neste ponto, precisamos lembrar que Jesus não é apenas o nosso Salvador, aquele que morreu na cruz fazendo expiação por nossos pecados e possibilitando o perdão dos mesmos, mediante nosso arrependimento e fé. Ele é também nosso Senhor, aquele que ressuscitou dentre os mortos, que está vivo e quer dirigir nossa vida, para o nosso bem! (Atos 2.32,36). Os que crêem nele e o recebem como Salvador, devem recebê-lo também como Senhor, submetendo-se de bom grado à sua vontade, à sua direção, obedecendo aos seus ensinos.
Voltando ao texto que fala de Jesus à porta, batendo e querendo entrar, vale observar que muitos lhe abrem a porta, sim, e o deixam entrar, mas somente na sala de visitas. Assim, ele não pode fazer muito, porque a bagunça costuma estar nos demais compartimentos da casa… É preciso deixar Jesus entrar em todos os cômodos, ou seja, em todos os compartimentos ou áreas da vida. O quarto do casal pode representar o relacionamento dos cônjuges, sua falta de dialogo, suas brigas, sua vida sexual, etc.; o quarto dos filhos pode representar o tipo de relacionamento que têm pais e filhos e o que estes vêem na televisão e na Internet; a despensa pode representar o consumismo e descontrole financeiro; e assim por diante… Jesus precisa ter acesso a todos os cômodos, a tudo na família, se queremos que ele a dirija, arrume, transforme, abençoe!
Neste mês do lar, reflita sobre isto!
Pr. Éber Lenz César
Se quiser ler a íntegra desta mensagem, está com o título