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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

XI. O Espírito Santo e as profecias (I Ts 5.19-22)

ESTUDO  XI. O Espírito Santo e as profecias (I Ts 5.19-22)

Nestes versículos, Paulo dá um conjunto de mandamentos que têm a ver com o lugar do Espírito e Seus dons na igreja.

1. “Não apagueis o Espírito”.

Este mandamento retoma a metáfora do Espírito como fogo ou a associação do Espírito com o fogo (Mt 3.11; At 2.3-4). Em Rm 12.11 e II Tm 1.6 Paulo recomenda aos cristãos de Roma e a Timóteo que abanem o fogo do Espírito para avivar as chamas. Aqui em I Ts 5.19, ordena o mesmo proceder, porém numa forma negativa: “Não apagueis o Espírito”. Essas passagens sugerem que havia uma tendência na igreja para apagar o fogo Espírito. Ao que parece, essa tendência surgiu como uma reação ao que pode ter sido uma ênfase demasiadamente entusiasta dada ao Espírito e aos Seus dons. Em I Co 12 e 14 vemos que as reuniões dos cristãos Coríntios incluíam a manifestação de vários “charismata” (dons espirituais). Como se pode ver naqueles capítulos, Paulo achou necessário regulamentar o uso dos dons, e corrigir os abusos. Por outro lado, achou necessário também ordenar aos tessalonicenses: “Não apagueis o Espírito”. E mais…

2. “Não desprezeis profecias”

Desprezar profecias é uma forma de “apagar o Espírito*, posto que a profecia é dom do Espírito (Rm 2.6; I Co 12.8-10). Paulo poderia ter mencionado qualquer outro dom, mas mencionou o de profecia porque este, a seu ver, é um dos dons mais importantes, senão o mais importante. Ver I co 14.1-5.

Conquanto a profecia pudesse incluir revelações (l Co 14.26, 30), parece que Paulo estava muito mais interessado na edificação e encorajamento que provém da exposição da Palavra de Deus (Vs 3-4). O mandamento negativo de Paulo é, com efeito, uma exortação positiva no sentido de estimar e apreciar aquilo que os profetas dizem.

3. “Julgai todas as coisas…”

Isto porque os cristãos tessalonicenses estavam desprezando profecias. Mais provavelmente, eles descobriram que algumas delas eram falsas. Havia falsos profetas entre eles. Paulo sabia disso (At 13.6; II Co 11.13).  Por esta razão, depois de exortá-los a não desprezarem as profecias, exortou-os também: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal”.  Paulo queria que aqueles cristãos examinassem o conteúdo das profecias, conferissem a doutrina, retivesse tão somente o que fosse bom e verdadeiro.

O apóstolo não disse aos tessalonicenses como eles poderiam discernir entre o falso e o verdadeiro. Contudo, em I Co 12.10, ele inclui entre os dons do Espírito o “discernimento de espíritos”. Ele acreditava que o próprio Espírito, de um modo ou de outro, diria aos tessalonicenses se urna profecia era verdadeira ou falsa (ver I Co 2.13-16). Não sabemos exatamente como funcionava e como funciona o “discernimento de espírito”. Certamente o padrão era e é a “doutrina dos apóstolos” conforme ensinada à igreja, no princípio (At. 2.42; Gl 1.6-9). João tratou desse mesmo assunto em sua primeira epístola. Ele disse que qualquer heresia acerca da pessoa de Jesus é indício seguro de que o profeta é falso.

Aprendemos, nestes versículos, que não podemos, em hipótese alguma, apagar o Espírito, desprezando seus dons, especialmente o de profecia. Visto que há falsos profetas e falsas profecias, milagres falsos, e caricaturas de dons espirituais, precisamos “julgar todas as coisas” e reter somente o que tiver apoio nas Santas Escrituras.

Éber César (eberlenscesar@gmail.com)

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