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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Dia do Trabalho

Dia do Trabalho

Próximo domingo, 1 de maio, será o Dia do Trabalho, boa ocasião para repensarmos alguns princípios bíblicos relacionados com trabalho e descanso. O assunto tem a ver com a chamada Doutrina da Mordomia. O princípio básico da mordomia cristã é que Deus é dono ou Senhor de tudo e nós somos apenas seus mordomos ou servos (Dt 10.14). Assim, vamos falar da mordomia do trabalho e do descanso.

A Bíblia nos diz que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo (Gn 2.2; Êx 20.11). Não preciso contrapor Bíblia e ciência. Aqueles “dias” podem ter sido longos períodos de tempo, como diz a ciência. Os fatos essenciais nessa história é que Deus criou e que houve um período maior de trabalho e um período menor de descanso. Deus nem precisava descansar (Is 40.28), mas, desse modo, estabeleceu a pauta para as atividades humanas. Trabalho e descanso se intercalam e ambos são extremamente importantes em nossa vida.

Podemos imaginar o quanto Jesus trabalhou, primeiro na carpintaria de Nazaré; depois, pregando, ensinando e curando. Por vezes, tinha que dar um jeito de sair do meio das multidões com seus discípulos e encontrar um canto para descansar (Mt 14/13).

A importância do trabalho

O salmista escreveu:

“Os Céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl 19.1).

O trabalho perfeito e lindo de Deus revela o seu caráter e o seu poder. Enfim, sua glória. Deus pôs o homem no Éden “para o cultivar e guardar” (Gn 2.15). Deu-lhe poder para “sujeitar” e “dominar” sobre as demais criaturas (Gn 1.28; Sl 8.6). O homem faria isso como servo ou mordomo de Deus, o Criador. Deveria sujeitar e dominar a natureza com responsabilidade e sabedoria, dando contas ao Criador… Desse modo, serviria a Deus, teria o seu pão e seria feliz (Sl 128.2).

O pecado complicou tudo

O homem tem devastado e poluído a natureza a níveis extremos, quase irreparáveis. De um modo geral, as pessoas não têm mais consciência de sua mordomia. Por um lado, não reconhecem o privilégio de estar a serviço do Criador, cooperando com ele, sob sua orientação e com sua bênção (Sl 127.2; I Co 3.9); por outro lado, não têm responsabilidade, não estão nem aí para a prestação de contas (Lc 16.2; Mt 25.19).

Alguns gananciosos e vazios de alma trabalham demais; outros, preguiçosos e vazios também, trabalham de menos; não equilibram trabalho e descanso. Em nossa sociedade, predominam o egoísmo, o estresse, a exploração, a corrupção, a má distribuição da renda… Para alguns, o trabalho é quase uma maldição; para outros, a maldição é a falta de trabalho. Esse é justamente o quadro no Brasil nestes tempos  difíceis…

O trabalho para a glória de Deus

Nos tempos bíblicos, eram poucas as ocupações. Hoje, há milhares. Os jovens têm dificuldade para escolher um curso, uma profissão, um trabalho. É preciso levar em conta, antes de tudo, a vocação, o propósito e a direção de Deus. As habilidades natas, os gostos pessoais, os testes vocacionais, as circunstâncias e as oportunidades são alguns dos instrumentos que Deus usa para revelar sua vontade ou plano para a vida de cada um.

Deu tem um plano e um propósito para a vida de cada pessoa (Sl 139.16).

Mais uma coisa para lembrar: biblicamente falando, não há “trabalho secular” e “trabalho sagrado”, sendo este “de Deus” e aquele não. Todo trabalho é ou deve ser sagrado, ou seja, delegado por Deus, feito para sua honra e glória, com sua bênção. Como escreveu o apóstolo Paulo:

“Tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus […] de todo o coração, como para o Senhor e nõo para homens” (Cl 3.17,23).

E mais:

“[…] fazei tudo para a glória de Deus” (I Co 10.31).

O importante não é o trabalho em si, mas a atitude para com o trabalho, e a maneira de fazê-lo. O cristão glorifica a Deus em e com o seu trabalho fazendo-o bem feito, no espírito de servo, com responsabilidade, com honestidade, orando e pedindo a Deus que o ajude não somente a ser bem sucedido, mas também a ser “sal da terra” e “luz do mundo”, o mundo onde o Senhor o colocou. Bem disse um certo cristão quando alguém lhe perguntou sobre sua profissão: “Eu sou servo de Deus; nas horas vagas exerço a medicina”.

Éber Lenz Cesar (eberlenzcesar@gmail.com)

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Provisão e bênção de Deus no trabalho

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