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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Reconciliação 

Reconciliação 

Reconciliação 

Coisa linda é uma reconciliação! Cônjuges, amigos, irmãos se desentendem, brigam, se distanciam… Então, por iniciativa de um deles, reconciliam-se. Tanto melhor! Com Deus é assim também. Aliás, muito mais lindo e duradouro. 

O primeiro pecado, o de Adão e Eva, rompeu a perfeita relação do homem com Deus. Consequentemente, seus descendentes já nasceram inimizados com Deus. “Todos se desviaram […]. Todos pecaram […]” (Rm 3.10,12,23). Mas, que maravilha! Deus desejou e possibilitou nossa reconciliação com ele. Como? Por meio de seu Filho, Jesus Cristo. Mais exatamente, por meio da morte de Cristo na cruz! 

O apóstolo Paulo escreveu a respeito: “Tudo isto vem de Deus, aquele que nos trouxe de volta para si por meio de Cristo […]. Em Cristo, Deus estava reconciliando consigo o mundo […]. Deus fez de Cristo, aquele que nunca pecou, a oferta por nosso pecado […]” (lI Co 5.18,19,22). 

Oferta por nosso pecado? Isso mesmo! Como prefigurado no Velho Testamento. Então, os sacerdotes simbolicamente transferiam para cordeiros e outros animais os pecados próprios e do povo, e os ofereciam em sacrifício. O animal “pagava” por aqueles pecados. Daí a expressão “bode ou carneiro expiatório”, aquele que paga pelos pecados de outrem (Nm 5.8). Foi o que Jesus Cristo fez por nós! 

Pecado é coisa séria! A justiça divina exige que seja punido. E Deus, o Pai, os puniu na Pessoa de seu Filho! A cruz de Cristo, então, é a prova maior tanto do amor como da justiça de Deus. “Deus nos deu prova de seu grande amor ao enviar Cristo para morrer por nós [e isto] quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.8).

A iniciativa foi de Deus. Mas o pecador precisa reconhecer seus pecados, e, por assim dizer, olhar para a cruz, para o sacrifício de Cristo a seu favor. Deus mesmo sensibilizará o seu coração para que se arrependa e, com fé e gratidão, receba o perdão que lhe é oferecido. A reconciliação acontece! Tem início um novo padrão de vida, em paz com Deus! O apóstolo Paulo acrescentou: “Agora, podemos nos alegrar em Deus, com quem fomos reconciliados por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.11). 

Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

 

VERSÃO MAIS EXTENSA

RECONCILIAÇÃO

Se você não está mais brigado com Deus, e tem vivido em amizade ou comunhão com ele, deixando-o dirigir e abençoar sua vida, você precisa saber ou recordar sempre como isto pôde acontecer.

O apóstolo Paulo escreveu a respeito em II Co 5.18-21:

“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo… Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões… Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus… “

Esta passagem traz a essência do evangelho e ensina verdades muito importantes.

1. As pessoas precisam ser reconciliadas com Deus. “Todos pecaram…” (Rm 3.23) e tomaram-se “inimigos” de Deus. Por isso o apóstolo  escreveu: “Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus…” (Rm 5.10). 

2. A reconciliação é obra de Deus. “…tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo… “ (lI Co 5). “… se nós, quando inimigos, fomos reconciliados… “ (Rm 5). A palavra “tudo”, no primeiro texto, refere-se às coisas que Paulo mencionou nos vs.14-17: morte e ressurreição de Cristo, conversão e nova vida do pecador arrependido. O pecador tem condições de decidir se quer ou não reconciliar-se com Deus e, então fazê-lo, se o desejar; não têm como satisfazer às exigências da justiça de Deus. Ver Jr 13.23. Mas Deus, muito sabiamente e por amor, encontrou um modo de reconciliar os pecadores consigo mesmo, sem violar a sua justiça, sem deixar impunes os pecados dos homens.

3. A reconciliação dá-se por meio de Cristo, da morte de Cristo na cruz. “… Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo…” ou “… mediante a morte do seu Filho… “ (lI Co 5.18; Rm 5.10). Como? 

  • Deus deu seu Filho ao mundo (Jo 3.16); 
  • Deus atribuiu a Jesus, seu Filho, a culpa por nossos pecados e os castigou nele. “… ele o fez pecado por nós…”  (lI Co 5.21. Ver 1 Pe 2.24).

Isto é que é expiação! Foi anunciada e simbolizada no Velho Testamento de muitas maneiras, principalmente através dos sacrifícios animais. Carneiros e ovelhas eram sacrificados no lugar dos pecadores simbolizando aquilo que Cristo faria por nós. Dai a conhecida expressão: “Bode expiatório” (Nm 5.8): aquele que paga pelas faltas dos outros.

4. A reconciliação requer uma declaração de perdão e uma imputação ou atribuição de justiça. “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões… “, ou seja, perdoando-os. “Mundo” aqui não significa todas as pessoas do mundo, mas pessoas de todo o mundo, de todas as nações e classes sociais (Mt 28.19; At 15.14; 18.10).

“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (lI Co 5.21). Deus perdoa o pecador arrependido e o justifica, ou seja, lhe imputa ou atribui a justiça de Cristo. 

“Todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus…” (Rm 3.23-24).

O apóstolo Paulo escreveu sobre a “sublimidade do conhecimento de Cristo”, e acrescentou: “… por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, senão a que é mediante a fé em Jesus, a justiça que procede de Deus, baseada na fé…”  (Fp 3.8-9).

5. A reconciliação, que envolve perdão e imputação de justiça, torna-se real em nossa vida quando cremos em Cristo. Conquanto tenha dito “Tudo provém de Deus… “, o apóstolo faz um apelo: “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos re- concilieis com Deus!” (v.20). Noutra passagem, ele diz: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus” (Rm 5.1). A iniciativa é de Deus, mas os pecadores precisam aceitar ou corresponder com arrependimento e fé (Mc 1.15; At 16.31; Ef 2.8-9). Mas até isso Deus soberanamente e graciosamente faz acontecer. “Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). Portanto, é correto orar pedindo-lhe que atue no coração das pessoas, convertendo-as.

Essa justificação não garante perfeição nesta vida. Significa perdão garantido e ajuda para a santificação continua, até à morte e, então, na ressurreição, na glorificação eterna, quando, por fim, seremos perfeitos! Ver Fp 1.6; li Co 3.18; 1Jo 3.2).

6. A reconciliação responsabiliza-nos para a missão. “Deus… nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo… Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (lI Co 5.18-20).

  • Todos somos embaixadores, não somente os pastores (“Nos confiou…”)
  • Os embaixadores servem em terras estrangeiras, representando ali o seu rei e o seu país. Jesus disse aos seus discípulos: “Não sois do mundo…” (Jo 15.19). E orou por eles: “Pai, eles não são do mundo… Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17.16,18).
  • Os bons embaixadores são fiéis na transmissão da mensagem. “[Deus] nos confiou a Palavra da reconciliação…” É essa Palavra que temos que transmitir. É o Evangelho!

 

Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)

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