Até que poderia ser bom!
Ouço por aí opiniões diferentes acerca do Carnaval. Muitos dizem que não veem a hora de cair na folia. Outros não gostam. Alegam barulho excessivo, confusão no trânsito, criminalidade, cenas afrontosas em lugares públicos etc. Poucos alegam motivos morais. Entendo. Nestes tempos pós-modernos ou de “modernidade líquida”, tudo é relativo…
Eu também não gosto do Carnaval! Abomino! Pelos motivos mencionados e principalmente por razão de minha consciência cristã.
Dizem que o Carnaval é folclore, cultura. Certamente inclui isto. Uma fantasia ou carro alegórico representando tradições culturais ou facetas importantes da nossa história, sim. Entretanto, o que poderia ser uma festa sadia e alegre, tornou-se, em grande medida, um descalabro moral.
Abre-se a porteira. Liberam-se as piores tendências da natureza humana corrompida: Bebidas, drogas, exibicionismo, sexo descomprometido.
Carnaval é festa da carne. Os que dele participam entregam-se aos prazeres da “carne”, metáfora usada pelo apóstolo Paulo para referir a natureza pecaminosa do ser humano.
“O pendor da carne é inimizade contra Deus […]. Os que estão na carne não podem agradar a Deus […]” (Rm. 8.5-8).
“Irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne […]. Os que são de Cristo, crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5:13,24).
Na quarta-feira seguinte ao Carnaval, muitos põem cinzas na testa em sinal de arrependimento. Mesmo? Então, vem a Quaresma, o “adeus à carne” e, depois, a Semana Santa. Se o arrependimento fosse sincero, haveria perdão e transformação. O Carnaval até poderia ser bom!
Mas, do jeito que é, não gosto nem um pouquinho. Gosto mesmo é do meu Deus. Amo. Amo o meu Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amo sua Palavra escrita, a Bíblia, e sua igreja! Sou pecador como todos, em potencial, mas que diferença Jesus fez e faz na minha vida! Que alegrias me dá! Não preciso dessa alegria fajuta, cara, corrompida e transitória do Carnaval.
Pr. Eber Lenz César