III. Santidade com esforço e mudança
Séie “SEDE SANTOS”
III. SANTIDADE COM ESFORÇO E MUDANÇA
Nesta mensagem, faremos duas importantes observações sobre a santidade.
l. A VERDADEIRA SANTIDADE EXIGE ESFORÇO.
Ao contrário da JUSTIFICAÇÃO, que é alcançada pela fé somente, a SANTIFICAÇÃO, além da fé, exige um grande esforço. A JUSTIFICAÇÃO, que é um ato soberano de Deus através do qual a justiça de Cristo nos é imputada, graciosamente, independe das obras, de qualquer esforço da parte do homem (Rm 3.28; Ef 2.8-9).
A SANTIFICAÇÃO, porém, começa com a fé, mas avança e cresce com as obras, com muito esforço. Na JUSTIFICAÇÃO, a palavra de ordem é: “crê somente!”. Na SANTIFICAÇÃO, a palavra de ordem é: “vigia, ora, luta!”
O mesmo apóstolo que escreveu aos gálatas: “Vivo pela fé …” (2.20), escreveu também aos coríntios: “Corro, luto, esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão…” (I,9.24-27). E aos Efésios: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus… porque a nossa luta… é contra as forças espirituais do mal…” (6.11,12).
Ele exortou a Timóteo: “Exercita-te pessoalmente na piedade…” (I Tm 4.7). O autor da epístola aos Hebreus escreveu: “Desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta…” Noutro versículo, ele exorta: “Esforcemo-nos…” (12.1; 4.11).
A luta ou esforço em prol da santidade deve incluir:
- disciplina corporal, mental e espiritual;
- perseverança no estudo bíblico, na oração, e na adoração;
- resistência diante das tentações;
- confissão e abandono dos pecados conhecidos;
- prática das boas obras;
- plena submissão ao Espírito Santo de Deus (vida cheia do Espírito).
2. A VERDADEIRA SANTIDADE EXIGE MUDANÇA.
A verdadeira santidade tem sido confundida, muitas vezes, com
- religiosidade formal
- experiências extáticas
- dons espirituais chamativos
- excitação, histeria e barulho.
Contudo, a verdadeira santidade evidencia-se através do chamado FRUTO DO ESPÍRITO (Gl 5.22-23):
- amor
- alegria
- paz
- longanimidade
- benignidade
- bondade
- fidelidade
- mansidão
- domínio próprio
Do livro “SANTIDADE”, de J.Ryle, resumimos o seguinte:
“A verdadeira santidade não consiste apenas em crer e sentir, mas também em realizar e suportar… Nosso linguajar, nosso temperamento, nossas paixões e inclinações naturais, nossa conduta como esposos e esposas, como pais e filhos, como patrões e empregados, como governantes e cidadãos, nossa maneira de vestir, nosso comportamento na saúde e na enfermidade, na riqueza e na pobreza, o uso que fazemos do tempo e do dinheiro, tudo faz parte daquilo que os escritores inspirados pelo Espírito abordaram… Eles cavaram fundo, especificaram minuciosamente o que o homem santo deve fazer no lar, na igreja, na escola, no trabalho… Quando um crente afirma ter recebido “a grande bênção” e diz ter encontrado “a vida superior”, após ouvir algum advogado da “santidade pela fé “, e, contudo, não mostra qualquer mudança mais significativa no seu modo de ser, de agir e reagir, há um grande prejuízo para a causa de Cristo. A verdadeira santidade envolve muito mais que lágrimas, suspiros, pulso acelerado, e apego apaixonado a pregadores favoritos… Será verdadeira somente quando as pessoas puderem ver a “imagem de Cristo” em nós…” (p.10-11).