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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

V. A obra dos anjos bons

Série: Anjos

V .  A obra dos anjos bons

Até aqui, estudamos a origem, a natureza, a queda e a classificação dos anjos. Agora, vamos ver quais são as obras dos anjos, começando com os anjos bons.

 1. A obra dos anjos bons em conexão com a vida e o ministério de Jesus. 

Longe de repudiar a crença nos anjos, Jesus serviu-se deles em alto grau.

  • O anjo Gabriel apareceu a Maria e lhe disse que ela seria mãe do Salvador (Lc 1.26-28)
  • Um anjo disse a José para se casar com Maria, e garantiu-lhe: “O que nela foi gerado do Espírito Santo” (Mt 1.20)
  • Anjos anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus em Belém (Lc 2.8-15).
  • Anjos vieram e ministraram a Jesus após a tentação no deserto (Mt 4.11)
  • Jesus disse a Natanael que ele e os outros discípulos veriam o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre ele (Jo 1.51)
  • Estando Jesus no jardim do Getsêmani, “apareceu-lhe um anjo do céu que o confortava” (Lc 22.43)
  • Ainda no Getsêmani, no momento em que foi traído e preso, Jesus disse a Pedro, quando este desembainhou a espada em sua defesa: “Embainha a tua espada … Acaso pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?”  (Mt 26.52-53).
  • Um anjo rolou a pedra que fechava o sepulcro de Jesus e falou às mulheres que foram ver o sepulcro (Mt 28.2-7).
  • Anjos apareceram aos discípulos que presenciaram a ascensão de Jesus (At 1.11).
  • Os anjos anelam perscrutar o plano da salvação arquitetado por Deus (I Pe 1.12).

2. A obra dos anjos bons de modo geral

  • Estão diante de Deus e o adoram (Mt 18.10; Hb 1.6).
  • Executam ordens de Deus livrando e protegendo os crentes (Sl 91.11; 103.20). São  “enviados para o serviço a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). Anjos livraram Ló dos homossexuais de Sodoma, e o tiraram da cidade com a mulher e as filhas (Gn 19); um anjo fechou a boca dos leões e salvou a vida de Daniel (Dn 6.22); um anjo tirou Pedro da prisão (At 12.1-11). Há muitos outros exemplos. Vale lembrar aqui que Miguel é o anjo patrono de Israel (Dn 10.13,21; 12.1).
  • Guiam e encorajam os servos de Deus (Mt 28.5-7; At 8.26; 27.23-24)
  • Interpretam a vontade de Deus para os homens (Jó 33.23; Dn 7.16; 10.5,11). No livro de Zacarias, há referências freqüentes a um anjo interpretador (1.9,13,19; 2.3; 4.1, 4,5; 5.5,10; 6.4,5).
  • São espectadores e testemunhas das coisas que acontecem na terra. Alegram-se quando um pecador se arrepende (Lc 15.7,10). Os sofrimentos dos apóstolos foram como que um espetáculo para anjos e homens (I Co 4.9). Nos tempos apostólicos, as mulheres deviam usar véu na cabeça, “por causa dos anjos”; se não o fizessem, não dariam um bom testemunho, naquele contexto cultural, e entristeceriam os anjos bons. (Compare com I Tm 2.9-10 e Ef 4.30). Paulo escreveu a Timóteo: “Conjuro-te perante Deus e Cristo e os anjos eleitos que guardes estes conselhos…” (I Tm 5.21).
  • Executam o juízo de Deus contra indivíduos e nações (Gn 19.12-13; II Sm 24.16; Ez 9.1,5,7; At 12.23).
  • Aparentemente, levam as almas dos salvos para o “seio de Abraão” ou “Paraíso” quando eles dormem em Cristo (Lc 16.22).

Algumas destas funções são hoje desempenhadas pelo Espírito Santo que habita em nós (Jo 14.25-26; 16.13).

 3. A obra dos anjos bons no fim dos tempos.

  • Todos eles acompanharão o senhor Jesus na sua segunda vinda (Mt 25.31). O Arcanjo anunciará aquele evento glorioso (I Ts 4.16).
  • Reunirão os escolhidos dentre todas as nações quando Cristo voltar (Mt 24.31).
  • Serão os “ceifeiros” de Deus no fim dos tempos; separarão o “joio” do “trigo”, e, sob as ordens de Cristo, “os lançarão [o joio] na fornalha acesa” (Mt 13.39,49,50).
  • Na eternidade, habitarão a Jerusalém celestial (Hb 12.22-23; Ap 5.11,12). Doze deles estarão diante das portas da cidade de Deus, como que para impedir a entrada dos impuros (Ap 21.12).

Essas referências à obra dos anjos bons, presentes em toda a Bíblia, são essenciais à nossa compreensão da direção providencial e soberana de Deus sobre a sua criação através da história.

Éber Lenz César  (eberlenzcesar@gmail.com)

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