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"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Visões de Deus num tempo de crise

Visões de Deus num tempo de crise

De acordo com o historiador inglês Eric Hobsbawm, o século XX foi uma era de guerra total, ao passo que o século XXI já se apresenta como a era da insegurança e da eminência mundial de uma nova onda de guerras. Começo em 11 de Setembro de 2001, com o ataque terrorista de Osama Bin Laden às torres gêmeas do World Trade Center,  uma catástrofe sem precedentes.  Poucas semanas depois, os  Estados Unidos iniciaram a Guerra do Afeganistão, com o objetivo de capturar Bin Laden, o líder da Al-Qaeda. Presentemente, pasmos, estamos testemunhando os severos ataques russos à Ucrânia, a guerra civil no Sudão, a crise dos refugiados e muito mais, por toda parte.

Recentemente, o mundo inteiro sofreu com a pandemia do COVID-19, que matou cerca de 15 milhões de pessoas. Pior que isso, muito pior ocorreu em séculos passados. A  Peste Negra, também chamada  Peste Bubônica, matou 50 milhões na Europa e na Ásia de 1333-1351.  O Sarampo matou seis milhões de pessoas por ano, até 1963. A AIDS (HIV) já tirou a vida de milhões, desde 1981. 

Guerras, pandemias, depressão econômica, violência e o pecado humano de modo geral têm causado muito sofrimento e grandes crises nacionais e mundiais.  No Brasil, há uns trinta ou mais anos, só se falava em crise. E não tem sido fácil desde então… Corrupção generalizada, Saúde e Educação deficitárias, moralidade decadente, desigualdade social etc. etc. E o que dizer de muitas igrejas? 

Nesse contexto histórico lamentável, é mais que oportuno lembrar e comentar  um texto bíblico, entre outros, que nos renova a esperança, nos conforta e tranquiliza. Refiro-me ao capítulo seis do livro do profeta Isaías: 

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor, assentado sobre um alto e sublime trono…”.

Uzias, também chamado Azarias, rei de Judá de 829 a.C até 778 a.C., ao contrário da maioria dos reis de Judá e Israel, “fez o que era reto perante o Senhor…” e “Deus o ajudou…”. Fez um bom governo. “Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor…” (II Cr 26). E assim começou mais uma crise. Quando o rei morreu, pior ficou. O profeta Isaías, seu contemporâneo, não desesperou… Foi ao templo buscar respostas, consolo e forças… Numa visão magnífica, ele “viu o Senhor”! E onde estava o Senhor? “Num alto e sublime trono!” Reis ocupam tronos terrenos, baixos, nada sublimes; se ensoberbecem, enfiam os pés pelas mãos e morrem. Mas o nosso Deus é o verdadeiro, eterno, poderoso, amoroso e perfeito Soberano! Portanto, “no ano da morte do rei…”, melhor dizendo, num tempo de adversidades e crise, mesmo que não possamos ir ao templo, busquemos a presença do Senhor… Mais provavelmente, não teremos uma visão no sentido bíblico do termo, não veremos uma teofania (manifestação visível de Deus), mas, de algum modo, seremos confortados e fortalecidos com a consciência de que o Senhor é Soberano e está no controle de tudo. Vai dar certo!

O texto de Isaías segue dizendo que, em sua visão, o profeta viu e ouvi seres angelicais louvando a Deus e dizendo:

“Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (v.2).

De igual modo, devemos também nós louvar ao Senhor três vezes Santo, ou seja, Santíssimo. Louvar no meio da crise, confiando, submetendo-nos…

A visão do Senhor Soberano e Santo inevitavelmente faz-nos conscientes de nossa pequenez e pecaminosidade… Segue-se, então, a confissão, o perdão e o envio. Foi assim com o profeta. Ainda no templo, ante aquela visão gloriosas, ele confessou:

“Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei [o verdadeiro Rei],  o Senhor dos Exércitos” (v.5). Foi perdoado e purificado (v.6). “Depois disto [e somente depois disto], ouvi a voz do Senhor, que dizia: ‘A quem enviarei, e quem há de ir por nós?’ Disse eu: ‘Eis-me aqui, envia-me a mim'” (v.8).

É isso aí: em toda crise, sejam quais forem as adversidades, não precisamos sucumbir ao medo e à ansiedade… As crises geralmente  resultam em oportunidade. As pessoas ficam mais sensíveis, têm mais consciência da própria fragilidade. Se sabemos que o Todo Poderoso está no controle e tem um propósito, precisamos confiar, descansar, confessar nossos pecados, receber o perdão e … a missão. Reservemos um tempo, cada dia, para ler a Bíblia, orar e meditar, estar na presença do Senhor, côncios de que ele está e sempre estará ali,  no “alto e sublime trono”.

Pr. Éber Lenz César

eberlenzcesar@gmail.com

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