Família abençoada
Família abençoada
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam… “(SI 127.1)
Este versículo, muito citado em cerimônias de casamento, tem sido aplicado ao lar, à família, para indicar que a mesma é criação de Deus e necessita da bênção e direção de Deus. Bênção é graça, favor, ajuda, providência, proteção. A orientação nos é dada na chamada Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Para este e outros propósitos, esse livro é um Manual de Vida, o melhor que existe.
Toda família tem problemas. Lamentavelmente, muitas têm problemas demais… Quem melhor pode aconselhar, ajudar, abençoar? O Idealizador da família, o mesmo que nos deu o referido Manual. É só falar com ele sobre o que está acontecendo, ler e seguir o Manual. Veja um pouco do muito que se pode aprender ali.
1 . Amor verdadeiro
Não pode ser paixão de momento, sexo, dinheiro, posição social, interesses egoístas. Tem de ser o amor sincero, altruísta, comprometido, fiel. Esse é o amor que “jamais acaba” (I Co 13.8), mesmo porque é mais que um sentimento; é decisão, ação, coisas que fazemos pela pessoa amada em obediência a Deus. “Maridos, amai vossas mulheres…” (Ef 5.25). Evidentemente, as esposas também devem amar seus maridos (Tt 2.3-4), os pais devem amar seus filhos, os filhos aos pais e os irmãos uns aos outros. Esse amor “não procura os seus interesses” (l Co 13.5). Aprende a renunciar, vezes sem conta, a bem do outro.
O amor dos cônjuges certamente inclui sexo (l Co 7.3-5). Todavia, é importante não confundir essa relação íntima com paixão carnal. “Fazer sexo” não é o mesmo que “fazer amor”, se a segunda expressão significa o que deve significar. E os pais devem dar educação sexual aos filhos, a seu tempo; devem fazê-los saber que, no Manual de Deus, o sexo é bênção e está restrito ao casamento (heterossexual e monogâmico).
2. Delicadeza.
O Manual ensina como falar uns com os outros, principalmente no contexto familiar. “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1). Há homens machistas, prepotentes e… inseguros. Pensam que mansidão, delicadeza, cortesia são sinais de fraqueza. Bem o contrário. As mulheres nem sempre falam mais que os homens, mas, às vezes, reclamam e murmuram muito, cobram muito e são mandonas. Os pais gritam com os filhos, quando têm que corrigi-los (Ef 6.4); os filhos quando crescem um pouco, já se acham mais sabidos que os pais: respondem, desafiam, desobedecem, desprezam… (Pv 6.20-23; Ef 6.1-3). Em muitos lares, cristãos inclusive, além das palavras ásperas, as pessoas dizem palavrões (Veja Ef 4.29-30).
O que me estranha é que muitos homens são gentis e cavalheiros com outras mulheres (ou com os patrões); e muitas mulheres, lá fora, sabem ser atraentes (às vezes até demais), elogiosas, encorajadoras; os filhos são mais educados… Por que não em casa, com os próprios “queridos”?
3. Finanças.
Nestes tempos de consumismo desenfreado, de cartões de crédito, de “compre já”, muitas famílias têm enfrentado sérias dificuldades financeiras e, consequentemente, relacionais. Temos que resistir a toda essa pressão consumista, optar por uma vida mais simples, não comprar por comprar, ou porque o outro comprou ou ainda porque os olhos são maiores do que o salário. Jesus disse: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lc 12.15).
4. Perdão.
A família que quer ser feliz e abençoada precisa praticar o perdão. É consequência do amor. Porém, como é difícil pedir perdão ou perdoar! Todavia, é absolutamente necessário quando ocorrerem palavras ásperas ou injustas, indelicadezas, omissões ou faltas mais graves. Ressentimentos, mágoas e desencorajamento têm destruído corações e famílias. O Manual diz: ”Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria… Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros como Deus em Cristo nos perdoou” (Ef 4.31-32).
Sejam felizes, com a bênção de Deus!
Éber Lenz César
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