VI. A hora mais sombria
O mundo todo está vivenciando um tempo muito difícil, uma hora sombria. Milhões infectados com o coronavírus, milhares morrendo… Terrível! Contudo, hora infinitamente mais sombria foi a de Jesus no Getsêmani e no Calvário, numa semana de Páscoa. E por que? Para curar-nos de uma doença ainda mais terrível que a COVID-19, o pecado (Rm 3.23).
Celebrando aquela Páscoa com os seus discípulos, Jesus não se restringiu ao ritual tradicional; entre outras coisas, identificou o traidor, instituiu a Santa Ceia e disse palavras de conforto e encorajamento (Jo 13-17).
Desmascarado, Judas saiu da reunião… Tarde da noite, Jesus levou os outros para o Getsêmani. E foi ali que ele vivenciou um inimaginável conflito espiritual (Mt 26.36-46).
Ele disse a Pedro, Tiago e João: “A minha alma está profundamente triste até à morte. Ficai aqui e vigiai comigo”. Afastou-se e orou a sós: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”.
Ele tinha dito: “O Filho do homem… veio para dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). Porém, chegada a hora, angustiou-se… O Pai poderia salvar os pecadores de outro modo? O Filho sabia que não, mas a cruz… Pior seria assumir os pecados da humanidade…
Todavia, Jesus orou outras duas vezes: “Meu Pai, se não é possível… faça-se a tua vontade”. “Tornou-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8). Por mim, por você!
Nesta Páscoa, lembre-se: “[Jesus] a si mesmo se deu por nós a fim de remir-nos de toda iniquidade, e purificar, para si mesmo, um povo … zeloso de boas obras” (Tt 2.14). Páscoa é tempo de conversão, gratidão, santificação e entrega.
Pr. Éber Lenz César (eberlenzcesar@gmail.com)
Laia as outras mensagens desta série
- Introdução
- Primeiro a cruz, depois o céu
- E o povão não entendeu
- Quando a religião só atrapalha
- Por que, Judas?
- A hora mais sombria
- A crucificação de Jesus
- A ressurreição de Jesus