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Talento não se enterra!

A Parábola dos Talentos, Mt 25.14-30

Esta é uma outra parábola sobre atitudes e comportamentos próprios dos que aguardam a segunda vinda do Senhor Jesus. Essa grande esperança, quando certeza, afeta a vida dos que a têm, a menos que não lhe dêem a devida importância e sejam descuidados. As parábolas de Mt 25 são um alerta para estes!

A parábola das Dez Virgens, como vimos noutra mensagem, contrasta a prudência de cinco virgens com a insensatez das outras cinco. As primeiras esperaram o “noivo” (que é Jesus) com reserva de azeite para as suas lamparinas… Vimos que o azeite ou óleo, na Parábola, representa a relação com o Espírito, com os meios de graça, as reservas espirituais, e consequente santidade de vida. As virgens prudentes, com suas lâmpadas bem acesas, honraram o Noivo e participaram de sua festa de casamento. As virgens insensatas, que tiveram que correr atrás de azeite, na última hora, perderam a festa!

A parábola dos Talentos contrasta a dedicação, o serviço ou ministério de servos fieis com a acomodação e nenhum serviço de um servo infiel. O tema é serviço, dedicação, fidelidade.

Os talentos.

Originalmente, o talento era uma unidade de peso; depois passou a ser uma unidade monetária, ou seja, o equivalente a seis mil denários. O denário valia o trabalho de um dia (Mt 29.2). O talento, portanto, valia o trabalho de um homem por seis mil dias, mais ou menos dezoito anos! Jesus usou esse enorme valor monetário para ilustrar as habilidades naturais, o grau de conhecimento, os dons espirituais e as oportunidades que Deus dá aos seus filhos, ou que o próprio Jesus distribui aos seus servos. É esse o valor que lhes damos?  Tais habilidades, conhecimento e oportunidades nos são dadas visando o serviço que devemos fazer, com empenho e zelo, para o nosso Senhor, durante a sua ausência. Aliás, o significado moderno da palavra talento deriva do sentido que Jesus lhe deu nesta parábola. “Fulano tem talento (ou dom) para a música, para as artes, para discursar ou pregar…”

O serviço de cada um.

Jesus disse que o reino dos céus

“será como um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem…” (vs.14-15 NVI).

A parábola inteira ilustra o que acontece no reino dos céus, isto é, no âmbito da relação Senhor/servos, e na igreja. O “homem” que sai de viagem e passa um bom tempo fora, evidentemente, é Jesus, em seguida à sua ascensão. Antes de partir, ele capacita seus servos e fica na expectativa de que o servirão com empenho e fidelidade. No restante da estória, o importante não é quantos talentos cada um recebe, mas o que faz com o que recebe; pois que um dia seu senhor vai voltar e todos terão que prestar contas do que fizeram com o que receberam (nem mais nem menos).

Bons relatórios… e promoção.

“Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles…” (v.19a).

Que coisa! Por que tantos cristãos, servos de Deus e do Senhor Jesus, pouco fazem ou mesmo nada fazem com seus talentos? Por que não pensam com mais seriedade, responsabilidade e santo temor naquele dia em que terão que relatar ao Senhor o que fizeram ou deixaram de fazer?

Na estória de Jesus, o servo que recebeu cinco talentos trouxe estes e outros cinco; o que tinha recebido dois talentos, também trouxe estes e outros dois. Foram fiéis, corajosos, atuantes e produtivos! Tanto melhor para eles também, uma vez que o uso fiel dos talentos que o Senhor confia aos seus servos traz alegria, a alegria de agradar ao Senhor e de servir a grandes causas. O Senhor disse a cada um destes servos:

“Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (vs.19-23).

Que maravilha, que bênção poder ouvir tais palavras do Senhor, naquele dia! É interessante observar que a recompensa do trabalho fiel e bem feito não é descanso; é mais trabalho! “Você foi fiel no pouco (e não era tão pouco…), eu o porei sobre o muito”. Isso é promoção, é mais responsabilidade para quem se mostrou responsável e confiável! Acontece nesta vida, na medida em que desenvolvemos nossas habilidades e dons, no ministério. Mas a parábola refere-se à promoção final, na volta de Jesus! E também da participação dos servos na alegria do seu Senhor! “… entra no gozo do teu Senhor”. O que poderá ser isto… no final dos tempos? É só lembrar o que escreveu o apóstolo Paulo:

“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (I Co 2.9).

Péssimo relatório… e demissão.

“Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: Eu sabia que o Senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou… Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence” (vs.24-25).

Esse sujeito talvez não fosse um crente verdadeiro. Que idéia ele tinha do seu senhor! Severo demais, perfeccionista, injusto? Ou o que disse foi somente uma desculpa, uma tentativa transferir para o senhor a culpa dos seus temores e consequente improdutividade? “Nada fiz por que o senhor…” Mais provavelmente foi preguiça, inação e falta de coragem. Alguém já disse que “sem risco não há religião”. Eu diria, neste contexto: “Sem risco não há serviço!” O ministério exige decisão e coragem, e é cheio de riscos. Há um outro raciocínio, complexado,  que ainda hoje faz cristãos de um talento, enterrarem o mesmo: “O que tenho é tão pouco! Eu não sei fazer nada! Minha contribuição seria tão pequena… Melhor deixar para os que têm dois ou cinco talentos!”

O Senhor não aceitou a desculpa, não aprovou a cautela excessiva, não justificou a auto-imagem negativa, não ficou com peninha. Ele disse:

“Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei… Então você devia ter…” (vs.26-27). Está demitido!

Como terminou?

“Tirem o talento dele e entreguem ao que tem dez. Pois a quem tem, mais será dado… Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado”.

Isto virou princípio universal e é fácil de entender: Se uma pessoa tem talento (não importa se um, dois ou cinco) e os usa, ela os desenvolve, progride, ganha confiança e tem melhores oportunidades; um ministério mais amplo. Se enterra o talento, não o exercita no serviço dedicado, suas oportunidades são passadas para outro, mais esforçado, mais dedicado, mais responsável, mais confiável! Dizemos que  talento que não é usado enferruja. É assim com todas as habilidades! Qual é a sua… na vida, na igreja, na sociedade? Lembre-se: Jesus Cristo vai voltar, e você terá que prestar contas!

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (I Co 15.58).

 

Pr. Éber  Lenz César
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