Pages Navigation Menu

"Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês." 1 Pedro 3:15

Crescimento garantido

Parabolas do Grão de Mostarda e do Fermento. Mt 13.31-33. Jesus contou essas duas parábolas para ilustrar o crescimento do Reino dos Céus, ou, podemos dizer, do Evangelho, instrumento do Reino, e da Igreja, objeto do Reino. A parábola do Grão e Mostarda ilustra o crescimento externo e visível, no mundo. A parábola do Fermento ilustra o crescimento interno, invisível, na alma de cada crente. As duas parábolas são um encorajamento para os que tendem a ficar desanimados ou pessimistas com pequenos começos, e tímidos frente aos grandes empreendimentos deste mundo.

A parábola do Grão de Mostarda.

No Oriente, na época de Jesus e mesmo antes, as pessoas viam a semente de mostarda como símbolo de coisas diminutas. Era proverbial (Mt 17.20). Hoje, comparamos coisas muito pequenas com a “formiguinha” ou com a “cabeça do alfinete”.

Acontece que, mesmo uma semente tão pequena como a da mostarda, quando posta na terra, germina e cresce, cresce muito. Torna-se “maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos”.

Possivelmente, em primeira instância, Jesus pensava no resultado da pregação de João Batista, seu antecessor, e nos frutos do seu próprio ministério. Era um pequeno começo…  João era uma voz no deserto… Jesus nascera num estábulo, em Belém, e fora criado na pequena e desprezada Nazaré, como filho de um pobre carpinteiro. Seus primeiros discípulos foram pescadores iletrados, publicanos e pecadores. E tudo o que Jesus fez, incluindo milagres extraordinários, aconteceu numa província insignificante do poderoso Império Romano, diríamos hoje, sem chamar a atenção da mídia. Parecia que não ia vingar, que não ia crescer, que não valia a pena comprometer-se com aquilo. Foi quando Jesus disse aos seus discípulos:

“O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore…”

Ele estava dizendo: “Vai crescer!  Preparem-se!”

Mas logo as coisas iriam piorar. Jesus, rejeitado, seria crucificado como um malfeitor, entre dois malfeitores! Os discípulos, decepcionados, tristes e amedrontados, se esconderiam. Aparentemente, não era nem um pequeno começo; era o fim. A semente não crescera. Ao contrario, a morte de Jesus mais parecia a morte da semente…

Ah, se alguém ali soubesse um mínimo de botânica ou arrumasse os pensamentos sombrios e encorajasse o grupo lembrando que uma semente, para germinar e crescer, precisa morrer! Anos mais tarde, de uma perspectiva histórica muito melhor, o apostolo Paulo, discorrendo sobre a morte e a ressurreição de Jesus, diria:

“Como ressuscitam os mortos? Em que corpo vêm? Insensatos! O que semeias não nasce, se primeiro não morrer…” (I Co 15.35-36).

A morte e a ressurreição de Jesus foram o mais poderoso adubo na raiz do grão de mostarda! E a árvore cresceu! E como!

Logo em seguida à ascensão do Senhor Jesus, Pedro, o humilde pescador, cheio do Espírito, pregou um sermão absolutamente simples e indigesto. A mostarda estremeceu na terra! Três mil se converteram!  (At 2). Logo seriam mais de cinco mil (At 4.4) e, então, multidões (At 4.32; 8.6). Primeiro judeus, depois samaritanos (At. 8.5-6) e gentios (At 17.4). Com as viagens missionárias de Paulo, Barnabé e seus auxiliares, novas igrejas de judeus e gentios foram plantadas por quase todo o Império Romano!

No começo, os discípulos de Jesus, que o ouviram dizer que o Reino dos céus é como o grão de mostarda, não podiam sequer imaginar que o Cristianismo se tornaria uma das principais religiões do mundo, com representantes  em todas as regiões da terra.

O profeta Zacarias, referindo-se à restauração do templo, por Zorobabel, apos o exílio dos Judeus na Babilônia, indiretamente censurou os que desprezavam os humildes começos:

“Quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo nas mãos de Zorobabel” (Zc 4.10).

A obra missionária sempre teve “humildes começos” e notável crescimento posterior.  Esta nossa amada igreja ainda está no “humilde começo”. Mas o Senhor no diz, hoje: “Vai crescer!”

2. A Parábola do fermento.

“O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (V.33).

O crescimento externo ilustrado pela parábola do Grão de Mostarda, é ilustrado também por esta outra parábola. Todavia, pela maneira como o fermento atua no interior da massa, podemos aplicá-la ao crescimento espiritual do indivíduo. O fermento do Evangelho tem poder intrínseco, e, posto na mente e no coração do indivíduo, mesmo que em pequenas quantidades, leveda toda a massa de informações e conceitos que já ali estão. Crescem a fé e as virtudes cristãs.  Os cidadãos do Reino submetem-se mais e mais à Soberania de Deus, ao Senhorio de Cristo!  Hão de chegar, um dia, “à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). E isto porque, como escreveu o apóstolo Paulo, “aquele que começou a boa obra… há de completá-la” (Fp 1.6).

Não fiquemos desanimados com os “humildes começos” do Reino, seja no mundo, na igreja ou  dentro de nós. Ele tem poder! Vai crescer, e muito!

Pr. Éber Lenz Cesar

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *